Capítulo 28 ou "A toda prova"

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Aproveitem o capítulo!

Com amor, B

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– Você está atrasada. – David disse com algum humor, checando o horário na tela do celular.

– Você também estaria, se estivesse cumprindo meses de serviço comunitário por crimes não cometidos. – ironizei sem amargura. Eu já estava mais do que conformada com a minha situação e não tinha muito que eu pudesse fazer para mudá-la de qualquer forma, então, dificilmente essa seria a causa do meu mau humor.

Não enquanto pessoas indesejadas não só tivessem retornado à minha cidade, como também moravam temporariamente dentro da minha casa.

– Não há descanso para os inocentes. – ele concordou, e eu soltei uma risada nasal enquanto jogava o avental sujo de tinta na cadeira do café em que eu vira Alan e David conversando pela primeira vez. Foi justamente quando meus questionamentos a respeito de David tinham começado, porque ele, como Alan, misteriosamente acreditava em mim.

Bom, não tão misteriosamente agora que eu me lembrava de tudo com riqueza de detalhes.

– Então. – fiz a chamada, apertando os olhos na direção dele; não tínhamos tempo a perder, já que eu não sabia por quanto tempo o café estaria livre de ouvidos indesejados – Exatamente quando você pretendia me contar como você sabe que eu sou inocente?

– Oh. Ela se lembrou. – fez ele, endireitando a postura e arregalando os olhos em educada curiosidade. Quase como se não estivéssemos falando do assunto. Mais. Importante. Da minha vida.

– De fato.

– Quando?

– Ontem.

– Por isso você invadiu meu ateliê e eu te encontrei babando nos meus portfólios essa manhã? – ele fazia graça mais uma vez, ignorando a seriedade da conversa que deveríamos ter.

Mas em vez de combatê-lo, decidi que devia uma explicação para o fato de que eu arrombara a porta de sua propriedade às três da manhã, procurando um lugar para dormir já que Carlos Henrique usava o meu esconderijo como esconderijo também.

Quer dizer, David e eu tínhamos uma boa relação, mas ninguém tem uma relação tão boa para aparecer sem notificação prévia na propriedade alheia e acordar na manhã seguinte parecendo um indigente. Para piorar, eu, em vez de dar alguma satisfação a David, eu apenas correra para jogar uma água no rosto e comparecer à aula e ao trabalho depois dela.

Passou pela minha cabeça que meu pai devia estar preocupado, sem saber onde eu dormira. Mas minha preocupação com as preocupações dele sumiu no mesmo instante em que eu lembrei que ele decidira abrigar o inimigo debaixo do nosso teto contra a minha vontade.

A minha intenção era passar a noite na Fundação e ir direto para a aula assim que amanhecesse, torcendo para que ninguém percebesse o meu estado, mas saí correndo de lá no segundo em que as ameaças de Carlinhos contra Lucas começaram, mais para não dar a Carlinhos a dimensão exata da minha preocupação com Lucas do que por medo do que ele realmente pudesse fazer. Eu respondi a David, cansada:

Quem Brinca Com FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora