Kidnapped

Capítulo 8

Ele agarrou-me no braço.

Tiago: Tu ouve bem o que vou dizer. Eu não sabia de assassinato nenhum! - olhei nos olhos dele - Nem sequer duvides de mim. - largou-me - Sai daqui. - saí do seu quarto, batendo a porta com força. Fui até à cozinha e enchi um copo com água e dei um gole no mesmo. Estava a sair da cozinha e vi o Tiago saindo do seu quarto, subindo logo de seguida, para o andar de cima. Ele sempre proibiu-me de subir, mas hoje vai ser diferente. Subi as escadas e havia várias máquinas de exercício. Tiago estava a treinar boxe e ainda não tinha notado a minha presença. Aproximei-me um pouco dele. Não sei porque vou dizer isto, mas o Tiago fica muito sexy a treinar - O que estás aqui a fazer?

Eu: Eu já ia embora... - virei-me para ir embora.

Tiago: Podes ficar. - virei-me outra vez - Queres experimentar?

Eu: Eu nunca fiz isso...

Tiago: Vem. - aproximei-me dele e o mesmo ficou atrás de mim, colocando a cabeça no meu ombro e falando perto do meu ouvido - Basta estares concentrada no que estás a fazer. - sussurrou - Imagina que o saco é alguém que tu odeias. - ele pôs as suas mãos na minha cintura, virando-me - Consegues fazer? - olhei para a sua boca.

Eu: Claro. - ataquei os seus lábios.

Tiago: Não sei porque fizes-te isso, mas gostei. - sussurrou e logo depositou um beijo no meu pescoço.

Eu: Desculpa, eu não queria fazer isto...

Tiago: Mas fizes-te.

Eu: Tenho de ir, amanhã tenho aulas... - saí dali o mais rápido possível, indo logo para o meu quarto. Vesti o meu pijama e deitei-me logo na minha cama.

Acordo com alguém mexendo no meu cabelo. Abro os olhos e Tiago estava ao meu lado, assustando-me.

Eu: O que estás aqui a fazer...?

Tiago: Vim acordar-te. Já estás atrasada. - levantei-me.

Eu: Desculpa, é que ontem não conseguia dormir. - entrei na casa de banho, tomando um duche rápido.

Tiago: E posso saber a razão? - perguntou do outro lado da porta.

Eu: Tu sabes... Aquilo da minha irmã... - sequei-me e logo de seguida vesti-me. Saí da casa de banho.

Tiago: Daqui a 5 minutos, no meu carro. - saiu do meu quarto e fui atrás. Entrei na cozinha e comi um pouco das panquecas com mel. Fui até à garagem, entrando no carro do Tiago e o mesmo arrancou - Não te quero perto do Duarte. E não deixes ele tocar-te.

Eu: Não estás lá para ver.

Tiago: Não me desafies. Eu sei tudo o que fazes naquela escola.

Eu: Isso foi um pouco sinistro. - o telemóvel do Tiago começa a tocar e ele pára o carro, atendendo a chamada.

Tiago: O que queres?... Demoras-te muito para perceber isso... Vingança? Quando quiseres. Ah, e tenho aqui uma pessoa que não está muito contente.

Eu: É o Cristiano? - ele afirmou com a cabeça e tirei o telemóvel da sua mão.

Ligação On

Eu: OUVE BEM SEU FILHO DA PUTA! TU VAIS ARREPENDER-TE DE TERES NASCIDO! EU VOU MATAR-TE TAL COMO FIZES-TE COM A ISABEL!

Cristiano: Uhuu, tou cheio de medo. Nem numa arma consegues pegar quanto mais matar-me.

Eu: ESPERA E VAIS VER!

Cristiano: Gosto das tuas ameaças.

Eu: HOJE À MEIA NOITE NO MESMO LOCAL EM QUE ENCONTREI A MINHA IRMÃ MORTA, SÓ TU E EU!

Cristiano: Se é isso que queres. Hoje vais juntar-te à tua irmã e aos teus pais.

Eu: VAI! COMER! MERDA!

Ligação Off

Devolvi o telemóvel ao Tiago.

Tiago: Gostei da discussão. Mas de certeza que queres mesmo ir?

Eu: Nunca tive tanta certeza na minha vida! - estacionou perto da escola - Até logo. - dei-lhe um selinho e saí do carro, entrando na escola.

#Depois das aulas#

Finalmente Tiago apareceu e entrei no seu carro, depositando o beijo nos seus lábios logo de seguida. Ele arrancou.

Tiago: O Duarte não foi à escola?

Eu: Tenho a certeza que sabes a resposta.

Tiago: Pois sei.

Estacionou o carro na garagem da mansão. Saímos do carro e fui para o meu quarto. Ouvi alguém bater à porta e dei permissão para entrar.

Empregada: O jantar já está pronto e o patrão está a chamá-la.

Eu: Eu já vou. - saí do quarto indo até à sala de jantar, sentando-me à frente do Tiago - Chamaste-me?

Tiago: Queria saber se tu... - a empregada põe o jantar na mesa, serve-nos e foi embora - Se queres mesmo ir?

Eu: Eu tenho que vingar-me.

Tiago: Mas tu nunca matas-te ninguém.

Eu: Há sempre uma primeira vez para tudo.

Tiago: Pelo menos sabes usar uma arma?

Eu: Eu desenrrasco-me com isso.

Tiago: Queres que eu vá contigo?

Eu: Não confias em mim?

Tiago: Confio, mas ele tem mais experiência com armas do que tu.

Eu: Eu sei o que faço! - levantei-me, indo para o meu quarto. Entrei na casa de banho e tomei um banho demorado para tirar este nervosismo de cima de mim. Sequei-me e vesti uma roupa preta. Saí do meu quarto e Tiago estava a entrar no seu quarto - Tiago, emprestas-me uma arma?

Tiago: Vem. - segui-o até ao seu escritório. Abriu uma das gavetas da sua secretária e tirou uma arma, dando-me a mesma - Cuidado.

Eu: Eu sei o que faço. - guardei a arma na beira das minhas calças, tapando com o casaco. Saí da mansão e caminhei até ao lugar marcado.

Como sempre, estava tudo silencioso. Entrei na casa abandonada e encontrei o Cristiano.

Cristiano: Sempre quero ver o que vais fazer. - aproximei-me dele.

Eu: Porquê? Porque fizes-te aquilo? - senti os meus olhos arderem.

Cristiano: Ela brincou comigo. Eu gostava dela e ela só brincou comigo.

Eu: Não tinhas o direito de a matar!

Cristiano: Tinha todo o direito tal como fiz com os teus pais!

Eu: O quê...?

Cristiano: Quem é que achas que cortou os travões do carro deles?

Eu: Eu odeio-te!

Cristiano: A próxima eras tu. Mas o Tiago descobriu e sequestrou-te.

Eu: Cala-te! Estamos a falar de ti! Não vaias buscar os outros! És mesmo um sacana...

Cristiano: Queria pôr um ponto final na família Castro. Só falta tu. - dei-lhe um soco no rosto - Não fizes-te isso. - tirei a arma e apontei para ele - Uma das armas do Tiago. Não sei como ele conseguiu emprestar-te, como ele gosta tanto de ti, ele teria medo de te perder.

Eu: CALA-TE! - já tinha começado a chorar e as minhas mãos estavam a tremer.

Cristiano: Vai, força, mata-me.

Eu: Cala-te! Eu não queria fazer isto, mas tu obrigaste-me! - ele agarrou a arma, tentando tirá-la das minhas mãos e logo fez-se ouvir um disparo. Olhei para a minha mão e a mesma estava coberta de sangue...