Capítulo 27

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Tiago: Hoje eu vou sair com a Valéria.

Eu: Ok, parabéns... - estava quase a dormir ali. Fechei os olhos por um bocadinho e assusto-me logo de seguida com água caindo para cima do meu peito. Porra, eu tinha mesmo que derrubar o copo agora?

Tiago: Alguém não dormiu.

Eu: Deixa-me em paz... - levanto-me e Tiago tentava desviar os olhos de mim - Que foi? - olhei para mim e reparei que a blusa estava a ficar transparente por causa da água, podendo ver os meus seios. E ainda por cima não estava a usar sutiã. Tapei - Podias ter avisado.

Tiago: Vai trocar-te. - fui para o meu quarto, entrando logo na casa de banho. Liguei o chuveiro, colocando-me debaixo do mesmo logo de seguida.

Saí de baixo do chuveiro, enrolada numa toalha. Saí da casa de banho e ouvi alguém bater à porta.

Eu: Quem é?

Tiago: Sou eu. É só para avisar que eu e a Valéria já vamos.

Eu: Ok. - ouvi alguns passos, provavelmente ele está indo embora. Abri a gaveta pegando no meu creme. Abri o mesmo e passei os dedos, tirando um pouco. Esfreguei numa perna. De seguida, passei creme na outra. Ouvi alguém bater à porta - Queres alguma coisa, Tiago?

Duarte: Não é o Tiago, sou eu.

Eu: Ah, o que fazes aqui?

Duarte: Posso entrar?

Eu: É que ainda estou de toalha.

Duarte: Não faz mal, não sou nenhum tarado que veio aqui para te comer. - riu.

Eu: Ok, entra. - ri e logo ele entrou. Duarte sentou-se ao meu lado - Então, o que estás aqui a fazer?

Duarte: Só queria saber como estavas, depois do que aconteceu ontem e desculpa.

Eu: Não faz mal... Aconteceu...

Duarte: Estás sozinha?

Eu: E os empregados também.

Duarte: Ainda bem.

Eu: Porquê? - ele não me respondeu, selando logo os nossos lábios. Ele deitou-me lentamente na cama, passando logo de seguida, a sua mão pelo meu corpo. Duarte desceu os beijos até ao meu pescoço. Pôs as suas mãos na beira da minha toalha - Duarte, pára... - ele continuou - Duarte, eu não quero isto! - ele arrancou a toalha do meu corpo, deixando-me completamente nua. Tentei tapar-me, mas Duarte agarrou nos meus pulsos.

Duarte: Tu não vais arrepender-te disto. - ele soltou os meus pulsos, prendendo as minhas pernas com as suas. Ele tirou rapidamente a sua roupa, tirando um preservativo do bolso das suas calças.

Eu: Duarte, por favor, não faças isto... - senti os meus olhos arderem. Por favor... Alguém me ajude... Ele abriu a embalagem, colocando o preservativo no seu membro. Abriu as minhas pernas, enfiando todo o seu membro dentro de mim - Aii... - várias lágrimas já começam a cair.

Duarte: Não gastes as tuas lágrimas, gostosa. - tentei bater-lhe, mas ele agarrou nos meus pulsos, fazendo com que não conseguisse mexer-me.

Ele deu estocadas mais profundas.

Duarte: Ahh... Gostosa... - eu já chorava rios e não gozei uma única vez. Ele saiu de dentro de mim. Duarte tirou o preservativo, jogando o mesmo no lixo. Coloquei a minha toalha e Duarte estava a vestir-se - Não contes nada disto a ninguém, princesinha. Isto será um segredo só nosso. - saiu do meu quarto. Não acredito que ele foi capaz disto... Ele é um monstro... Eu o odeio! Voltei para a casa de banho, tomando novamente um duche... Aquele nojento...

Sequei-me, vestindo logo de seguida uma roupa confortável. Sentei-me na cama, abraçando as minhas pernas e deixando o resto das lágrimas caírem...

Duas horas se passaram e eu continuava aqui, lembrando-me do que aquele nojento foi capaz de me fazer... Ouvi alguém bater à porta, será ele...?

Tiago: Laura, estás aí? - nem vale a pena responder... E nem consigo... Ele entrou, olhando para mim preocupado. Sentou-se à minha frente - Laura, estás a chorar? - não, estou só a suar pelos olhos - O que aconteceu? - não respondi - É por causa do que te disse ontem? - deves pensar que eu não tenho mais nada que faça - Desculpa, mas tinha de ser... A Valéria está grávida e eu não posso deixá-la sozinha e andar com outra... - neguei com a cabeça - Não...? Não foi por causa de ontem? Então qual é motivo de estares assim? - não respondi. Sentir-me-ia humilhada pelo que aconteceu... Então preferi nem contar... - Não queres falar? - neguei novamente com a cabeça - Se quiseres falar... O almoço já está pronto... Se quiseres vir... - levantei-me e saímos do meu quarto. A Valéria já estava sentada e nos sentamos. O almoço foi servido.

Valéria: O que essa tem?

Tiago: Não sei, ela não quer falar.

Valéria: Então vou aproveitar este momento para falar. Lindinha, eu e o Tiago estamos a namorar. - engasguei-me com o sumo. Olhei para eles e a loira mostrou a sua mão, onde se encontrava o anel num dos seus dedos.

Tiago: É verdade. Agora que vou ser pai, não posso deixar a Valéria sozinha. - deu um selinho nela. Fechei os olhos com força, impedindo que as lágrimas caíssem. Voltei a abrir.

Mal toquei na comida...

Tiago: Então Laura, nem tocas-te na comida.

Eu: Não tenho fome...

Tiago: Conta o que aconteceu para podermos ajudar-te.

Valéria: É querida, fala. - ela deu um sorriso falso e olhei para ela com nojo.

Eu: São coisas minhas... E vocês não podem ajudar-me em nada!

Valéria: Não precisas responder assim. Só queremos ajudar.

Eu: Ajudar? Ajudar era a última coisa que farias neste mundo!

Tiago: Laura...

Eu: Tu também não fales! Tu em vez de me ajudares só pioras tudo! E parem de tocar nesse assunto! - levantei-me irritada, indo para o meu quarto num passo apressado.

Tiago: Laura, temos de ir. - esqueci-me que hoje só haveria aulas de tarde...

Eu: Não quero ir...

Tiago: Eu não repito muitas vezes, vamos. - peguei na minha bolsa. Saímos do meu quarto, indo logo para a garagem. Entramos no seu carro, e logo ele arrancou.

Tiago estacionou o carro perto da escola.

Tiago: Até logo.

Eu: Até logo... - saí do carro, entrando logo na escola. Esbarro em alguém. Olho para ver quem é... Duarte... Ele sorriu.

Duarte: Tudo bem, gostosa?

Eu: Nojento... - ele agarrou no meu braço, prendendo-me contra a parede.

Duarte: Não contas-te a ninguém, pois não?

Eu: Claro que não... Achas que iria contar? Iria passar a maior humilhação da minha vida...

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