Capítulo 47

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Tiago sai da casa de banho, ignorando a minha pergunta. Volto para a cozinha. Pego na minha fatia de bolo que lá deixei e como-a num instante. O vómito abriu-me o apetite. Abri o frigorífico e retirei de lá um resto de pudim de caramelo.
Devorei o pudim em pouco tempo. No mesmo instante uma empregada aparece.

Eu: Pode fazer-me um favor?

Empregada: Claro.

Eu: Pode cozinhar qualquer coisa para mim, por favor?

Empregada: Claro que sim. Quer algo em especial?

Eu: Não, não. Qualquer coisa serve. Muito obrigada. - sorri e ela retibuiu. Sento-me à mesa, à espera de comer, novamente.

Meu deus, não aguento mais. Estou esfomeada. Por favor traz logo esse comer delicioso.

Empregada: Aqui está. - colocou um prato de arroz com um grande bife à minha frente.

Eu: Muito obrigada, estou mesmo esfomeada. - ela deu uma pequena risada.

Empregada: Com lincença e bom apetite. - retirou-se.

Comi tudo e que delícia que estava. Levanto-me e vou até ao meu quarto e encontro uma rapariga morena saindo do quarto do Tiago. Ela olha-me confusa.

Tiago: Erika, ainda estás aí? - apareceu atrás dela e olha-me assustado.

Eu e Erika: Quem é esta? - nos olhamos - Eu perguntei primeiro! Não! Eu é que perguntei primeiro!

Tiago: Calem-se!

Eu: Queres explicar?

Tiago: Não há nada para explicar.

Erika: E a mim? Queres explicar-me?

Tiago: Tu já nem devias estar aqui. - ela olhou-me de cima a baixo e depositou um beijo nos lábios de Tiago, indo logo depois embora.

Eu: Tu podes e eu não?

Tiago: O quê?

Eu: Tu andas metido com outras e eu não posso? - olhou-me nos olhos e fechou-me a porta na cara. Que lata que este tem!
Fui para o meu quarto. Dirigi-me até à casa de banho, tomando um duche rápido e voltando novamente para o quarto, indo até ao closet, vestindo uma roupa confortável para conseguir correr. Depois de tudo o que comi, preciso de queimar estas calorias. Saí do quarto, batendo de frente com o Tiago.

Tiago: Onde pensas que vais assim vestida?

Eu: Não te interessa.

Tiago: Interessa-me sim.

Eu: Apenas vou correr.

Tiago: Sozinha?

Eu: Não. Vou com a tua amiguinha Erika. - ele revirou os olhos.

Tiago: Pensei que já tinhas esquecido esse assunto.

Eu: Então pensaste mal. Quem era aquela?

Tiago: Não tens nada haver com isso.

Eu: Por acaso é mais uma puta que encontras-te por aí e trouxeste-a para cá!?

Tiago: E se for!? Qual é o problema!? Já não posso variar o menu!? - olho para ele com desaprovação. Saio da mansão. Começo a correr em direção a uma praça que havia lá perto.

Chegando lá, faço alguns alongamentos num lugar vazio. Ao longe, avisto o Scott.

Até o chamaria, mas ele não quer...

Fico o observando até que ele repara em mim. Acenar? Não, também não vale a pena... Ele apenas foi embora sem dar qualquer sorriso, como se não tivesse me visto. Se me magoou? Nunca pensei vir a dizer isto, mas sim, magoou-me. Não queria que ele se afastasse por causa de um segredo meu...

Desisto de fazer o resto dos alongamentos e viro-me para ir embora, até que me deparo com Tiago, com cara de poucos amigos.

Eu: Seguiste-me?

Tiago: Admira-me não teres ido até ao teu amiguinho.

Eu: Não me respondes-te.

Tiago: A resposta parece óbvia.

Eu: Não tens mais nada para fazer?

Tiago: Por acaso desmarquei tudo o que tinha para fazer agora para poder ver-te treinar. - sentou-se num banco à sua trás, olhando para mim. Reviro os olhos - Podes continuar, linda.

Eu: Eu já acabei.

Tiago: Que pena. Estava a adorar. - reviro, novamente, os olhos. Levantou-se, aproximando-se de mim - E que tal fazeres uns alongamentos especiais, só para mim, lá no meu quarto? - passou a mão pela minha coxa, mas a afasto.

Eu: Não sejas assim tão nojento, Tiago. - ele deu uma pequena risada.

Tiago: E eu sei que tu adoras este nojento. E adoras ainda mais quando ele te faz delirar de prazer.

Eu: A vida não é apenas sexo. Não penses apenas nisso.

Tiago: Também penso em ti, princesa. - acariciou o meu ombro descoberto.

Eu: Pensas nas coisas horríveis que podes fazer na tua boneca sexual.

Pov Jelena

Ruth: Outra vez esta rapariga aqui, Henry?

Eu: Por acaso incomodo-a!?

Ruth: Para ser honesta, sim. - arranjou o seu cabelo.

Eu: Henry, agarra-me para não bater na tua mãe!

Ruth: Filho querido, ouviu bem o que essa rapariga acabou de dizer? Ela quer bater na sua mãe! - faz uma cara surpresa e olha-me com desaprovação.

Eu: Pelo amor de deus, não seja tão dramática!

Ruth: Eu? Dramática? Isso é uma ofensa à minha pessoa! - saiu desfilando da sala.

Eu: ARGH! Odeio a tua mãe, Henry!

Henry: Ela é sempre assim.

Eu: Como assim " ela é sempre assim "? Por acaso já trouxeste outras gajas aqui!?

Henry: N-não... - coçou a nuca.

Eu: Tu pensas que estás a enganar quem!?

Henry: Pronto, trouxe duas raparigas. - dou uma pequena risada irritada.

Eu: E quando é que isso aconteceu!?

Henry: Eu e elas tínhamos apenas 10 anos!

Ruth: Pelo amor de deus, rapariga vai embora! Quem pensa que é para gritar dentro da minha casa? Parece que está a vender peixe!

Henry: Mãe, deixe a Jelena em paz.

Ruth: Então esta miserável tem nome? - saí daquela casa, antes que fizesse alguma asneira. Cabra arrogante.

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