Capítulo 17

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Eu: Sai daqui.

Valéria: Porquê? Ficas-te muito triste com o que eu acabei de dizer, foi?

Eu: Sai daqui! - agarrei no seu braço, colocando-a para fora do meu quarto - E nunca mais entres aqui! - fechei a porta com força. Respirei fundo - Preciso acalmar-me. - abri a minha mochila, pegando no maço de cigarros e num isqueiro. Peguei um cigarro e acendi o mesmo, colocando-o logo na boca. Abri a janela, debruçando-me na mesma. Alguém tira o cigarro da minha mão e viro-me no mesmo instante.

Tiago: O que eu já disse sobre os cigarros? - virei a cara - Não vais dizer-me que não estavas a fumar!

Eu: Eu estava sim! Aquela loira nojenta irrita-me! - ele pôs o cigarro na boca, vindo logo uma pequena fumaça da sua boca.

Tiago: Tu és menor e por isso não quero que fumes nem te drogues.

Eu: Agora estás armado em meu pai?

Tiago: Tu estás à minha responsabilidade.

Eu: E eu com isso. Por mim já estava a milhas daqui. - ele aproximou-se.

Tiago: Tu andas muito rebelde, ultimamente.

Eu: E?

Tiago: E eu não estou a gostar disso. Se eu digo que é para obedeceres às minhas ordens, tu obedeces, ouvis-te!? - afirmei com a cabeça. Ele pegou no maço de cigarros e no isqueiro - Isto fica comigo. E se eu te apanho com mais algum, eu fico com esse também. - virou-se para ir embora.

Eu: Eu preciso disso para me acalmar! - ele virou-se novamente para mim.

Tiago: Existe calmantes para alguma coisa.

Eu: Eu não quero calmante porcaria nenhuma! Eu quero os cigarros!

Tiago: Cigarros nada! - sai do meu quarto.

Eu: Cigarros não, mas droga sim. - abri a gaveta, pegando num saquinho com droga. Sou assustada por alguém a entrar no meu quarto.

Tiago: Ah, e... - olhou para o saquinho que estava na minha mão - Mas tu não entendes sua vadia!? - deu-me uma chapada - Nada de cigarros e drogas! - tirou o saquinho da minha mão. Puxou-me para fora do quarto - Kate, venha aqui. - a empregada que ia para a cozinha, veio até nós - Pode chamar o Rogério e o Luis?

Kate: Com certeza. - retirou-se. Alguns minutos depois, dois seguranças aparecem.

Tiago: Revistem o quarto dela. Se encontrem algum maço de cigarros, algum saquinho com droga ou mais alguma coisa, deem-me. Revistam tudo, não pode falhar nada. - eles entraram no meu quarto - Se eles encontram mais alguma coisa, tu vais ser castigada e não vais gostar nada.

Eu: Deixa de me tratar com se eu fosse uma criança! - puxou-me para o seu escritório, sentado-me numa das cadeiras à frente da sua secretária. Ele sentou-se à minha frente, começando logo a mexer nos papéis - Vai demorar muito?

Tiago: Cala-te! Vai demorar o tempo que for necessário.

Eu: E até lá o que eu faço? Fico a olhar para ti?

Tiago: Até que não é má ideia, já que gostas tanto.

Eu: Gosto mais de olhar para o teto do que para ti.

Tiago: Se tu dizes.

Eu: Podemos aproveitar este momento para...

Tiago: Para fazermos sexo? Claro, estou disponível. - interrompeu-me, fazendo-me revirar logo os olhos.

Eu: Para falar da estúpida da loira.

Tiago: O que tem a Valéria?

Eu: Tu és muito ingênuo ao pensares que ela é um anjinho indefeso.

Tiago: Desde que ela chegou ainda não paras-te de implicar com ela. A coitada foi posta fora de casa.

Eu: Uau, que coitadinha. Mas ela não tinha outro lugar para ficar?

Tiago: Incomoda-te muito partilhares-me?

Eu: O quê? Por mim ela podia ficar contigo o resto da vida.

Tiago: Então porque implicas tanto com ela? Se não é por minha causa, por algum motivo tem de ser.

Eu: Ela é que implica comigo, porra!

Tiago: Como queiras. - voltou a sua atenção novamente para os papéis.

Eu: Tu és mesmo estúpido.

Tiago: Ok.

Eu: Não me respondas assim!

Tiago: Ok. - ele está a tentar irritar-me? Conseguiu. Irritas-me? Então eu provoco-te.

Eu: Está a ficar calor, não está? - tirei o meu casaco, mostrando o meu crop top, que tinha um pequeno decote.

Tiago: As janelas estão abertas. - debrucei-me na sua secretária, dando-lhe possibilidade de ver um pouco dos meus seios. Vi-o olhar discretamente, fazendo com que o mesmo se levantasse, indo para perto de uma estante, cheia de caixas, que suponho que contém droga. Aproximei-me dele.

Eu: Não precisas fugir. - sussurrei junto ao seu ouvido e reparei que o mesmo se arrepiou.

Tiago: Eu não estou a fugir. Porque estaria a fugir? - voltou a sentar-se na sua cadeira. Sentei-me no seu colo e ele tentou desviar os olhos dos meus seios.

Eu: Não sei, diz-me tu.

Tiago: Eu sei o que estás a fazer e quero que pares com isso.

Eu: Parar com o quê? - depositei um beijo molhado no seu pescoço.

Tiago: É melhor que pares... Senão eu vou cometer uma loucura.

Eu: Devo-te isso, por isso acho que tens todo o direito de o fazeres. - ele ia beijar-me, mas afasta-me, levantando-se logo de seguida. Aproximei-me dele - Não precisas ficar nervoso. Eu queria saber a tua opinião sobre com qual lingerie eu irei dormir hoje... - aproximei-me do seu ouvido - Ou se calhar eu durmo sem lingerie, sabes, hoje eu estou com muita preguiça. - sussurrei.

Tiago: Eu preciso ir à casa de banho. - notei um pequeno volume nas suas calças, e logo Tiago sai do escritório.

Eu: Estúpido deve pensar que podia fazer o que quisesse comigo e eu não faria nada.

Alguns minutos depois ele volta.

Eu: Demoras-te. Tives-te que limpar a casa de banho, foi?

Tiago: Estás a falar do quê?

Eu: Achas que não reparei que ficas-te excitado? Tu pensavas que podias fazer o que quisesses comigo e eu não faria nada?

Tiago: Sabes que eu não gosto que me provoques.

Eu: Também não gosto de muita coisa. - alguém bate à porta.

Tiago: Entre. - os seguranças entraram com alguns saquinhos com droga, um maço de cigarros e uma arma nas mãos.

Rogério: Reviramos o quarto inteiro e só encontramos isto. - eles entregaram tudo ao Tiago.

Tiago: Obrigado, podem ir. - os mesmos saíram - Isto vai ficar comigo. E vou passar a trancar a porta do escritório.

Eu: Isso é injusto. Nem posso ficar com a arma?

Tiago: Deves estar louca ao pensar que iria deixar-te ficar com uma das minhas armas.

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