Capítulo 58

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Acordo com o sol batendo diretamente na minha cara. Olho para o Tiago e o mesmo ainda continua a dormir. Tiro a sua mão da minha barriga e levanto-me. Ele mexe-se, acordando logo de seguida.

Tiago: Bom dia. - levanta-se.

Eu: Bom dia.

Tiago: Queres voltar para casa? - olho em redor o meu quarto.

Eu: Sim. Obrigada por me trazeres cá, foi muito importante para mim.

Tiago: Eu não sou aquele monstro que tu pensavas que eu era.

Eu: Eu sei, desculpa... - ele apenas sorriu e depositou um beijo na minha testa.

...

Chegamos em casa e fomos recebidos por um forte abraço do Christopher.

Christopher: Onde estavam? - olha para nós com um olhar preocupado.

Tiago: Levei a Laura a um lugar e acabamos por passar lá a noite. - sorriu para mim.

Christopher: Então agora podemos brincar?

Tiago: Daqui a pouco, campeão. - ele olha para mim - Podemos falar? - afirmo com a cabeça. Ele pega na minha mão e leva-me para o seu quarto - E agora?

Eu: Agora o quê? - o encaro confusa.

Tiago: Já tens 18 anos. És livre. Podes ir embora, era o que tanto querias.

Eu: Eu sei disso.

Tiago: E queres continuar aqui comigo? Queres continuar com um monstro? Aquele que te fez sofrer? Laura, não me faças de estúpido!

Eu: Eu não estou a fazer-te de estúpido! Eu quero continuar aqui! Se eu quisesse ir embora já tinha ido ontem. Custa muito perceber que eu quero continuar a minha vida com o homem por quem me apaixonei? - me aproximo dele - Era por isso que estavas tão distante desde a semana passada? - ele olha-me nos olhos.

Tiago: Eu não queria te perder. Eu tinha medo que isso acontecesse... - aproxima-se do meu rosto.

Christopher: Papá! Laura! Vamos brincar! - grita do outro lado da porta. Nos afastamos e saímos do quarto.

#Algumas semanas depois#

Respiro fundo várias vezes seguidas.

Eu: AHHHH! - aperto a mão do Tiago.

Médico: Já está quase. Faz força! - novamente fiz força.

Eu: AHHHH! - a dor era tanta que as lágrimas começavam a cair.

Médico: Mas um pouco! - mais uma vez fiz força. Desta vez gritei com todas as minhas forças. O meu coração aperta e as lágrimas começam a cair ao ouvir o choro dela, o choro da Alexa. Olho para o Tiago que já está com os olhos lacrimejados. A enfermeira pega na Alexa, levando-a para fora da sala - Não se preocupem, a enfermeira já irá trazer a vossa filha. Com lincença. - saiu da sala.

Tiago: Quase que fiquei surdo.

Eu: Desculpa!? A nossa filha acabou de nascer e o que me dizes é que quase ficas-te surdo? - pergunto um pouco fraca.

Tiago: Mas é a verdade.

Eu: Olha, Tiago, é melhor não falares mais nada.

Algum tempo depois a enfermeira entra novamente na sala, com a Alexa enrolada num pequeno cobertor. Ela entrega-me e sai da sala.
Que amorzinho. Ela é tão linda, uma ternura.

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