Tranquei a porta. Aquela gaja está a meter-me nojo... Abri a gaveta e peguei outro saquinho com droga. Abri o saquinho, despejando a cocaína em cima da mesinha de cabeceira. Eu vou fazer isto sim, já não quero saber de mais nada. Inspirei o pózinho todo. O Tiago é um estúpido em proteger aquela loirinha. Ela é uma sonsa... Isto não é suficiente, preciso de mais. Abri novamente a gaveta, pegando em outro saquinho, despejando novamente em cima da mesinha de cabeceira. Inspirei mais uma vez o pózinho todo. Dirigi-me até à porta, destrancando a mesma e saindo logo do quarto. Fui para a cozinha, onde encontrei o Tiago. Virei-me para sair dali, mas Tiago fala.
Tiago: Não precisas fugir. - virei-me, voltando a olhar para ele.
Eu: Eu não estou a fugir. - peguei num copo, enchendo o mesmo com água, dando um gole logo de seguida. Tiago pôs a mão no meu queixo, fazendo com que eu olhasse para ele e virei a cara logo de seguida.
Tiago: Achas que eu não reparei?
Eu: Não sei do que estás a falar.
Tiago: As tuas pupilas... - ele olhou para os lados - Onde arranjas-te a droga?
Eu: Eu não me droguei.
Tiago: Se calhar fui eu. Eu sei muito bem quando uma pessoa está drogada.
Eu: Mas desta vez enganaste-te.
Tiago: Mas agora vou ter que trancar a porta do meu escritório?
Eu: Faz o que quiseres.
Tiago: Tu livra-te de tirares mais algum saquinho com droga.
Eu: Eu já disse que não tirei nada, que não me droguei e que estou perfeitamente bem, porra! - saí da cozinha, indo logo para o meu quarto. Sentei-me na cama e logo a porta é aberta bruscamente.
Tiago: Tu não me mintas!
Eu: E se eu disser que tirei? Qual é o problema?
Tiago: O problema é que não quero que te drogues!
Eu: Porquê!?
Tiago: Só... Não te drogues. - ele olhou para o seu relógio de pulso, trancando a porta logo de seguida. Aproximou-se, sentando-se ao meu lado - Já é meia noite.
Eu: E o que eu tenho haver com isso?
Tiago: Não te esqueceste do que disses-te, pois não?
Eu: Claro que não... Mas eu arrependi-me do que disse. - ele respirou fundo, saindo do meu quarto, um pouco furioso.
#No dia seguinte#
Tiago: Despacha-te, não tenho o dia todo!
Eu: Pronto, vamos. - fomos até à garagem, entrando logo de seguida no carro dele. Olhei para ele e o mesmo arrancou.
Tiago: Vais olhar muito?
Eu: Porque estás assim? Por acaso fiz alguma coisa errada?
Tiago: Claro que não. Prometeste-me uma noite de sexo e à última da hora arrependeste-te. Isso com certeza não é nada.
Eu: Desculpa!? Mas tu estás assim por uma noite de sexo que nem chegou a acontecer?
Tiago: Cala-te.
Eu: Porque não foste satisfazer os teus desejos com a loira?
Tiago: Ela não me dá o prazer que tu me dás.
Eu: Infelizmente. - ele estacionou o carro perto da escola.
Tiago: Longe do Duarte. - revirei os olhos, saindo do carro logo de seguida. Entrei na escola, esbarrando logo em alguém.
Duarte: É bom ver-te logo de manhã. - sorriu. Baixei a cabeça, ignorando o que ele disse, indo para o pátio. Sentei-me debaixo de uma árvore, um pouco longe dos outros - Não precisas fugir. - sentou-se ao meu lado.
Eu: Eu só não quero que arranjes problemas com o Tiago por minha causa.
Duarte: Não me importo. - tirou um maço de cigarros de dentro da sua mochila. Abriu, tirando logo de seguida um cigarro. Pegou o isqueiro de dentro do bolso da suas calças, acendendo logo o cigarro e colocando o mesmo na boca - Queres experimentar?
Eu: Não sei...
Duarte: Deixa de ser menininha. Só um não vai fazer-te nada. - deu-me um cigarro e o isqueiro. Acho que ele tem razão... Só um não vai fazer-me nada. Acendi o cigarro, colocando logo o mesmo na boca - Sabia que ias experimentar. - ele pôs o braço por cima do meu ombro - Se quiseres mais é só pedires.
Eu: Não vai ser preciso.
Duarte: Porquê? Não me digas que ficas-te com medo de fumar mais uns.
Eu: Não é isso... Esquece... Tu... Por acaso já experimentas-te drogas?
Duarte: Nunca, mas queria. - abri a minha mochila, pegando num saquinho com droga, dando o mesmo a ele - Onde arranjas-te isto, miúda?
Eu: Não precisas de saber. Tu queres experimentar, então já tens aí droga. - ouvi a campainha tocar - Vamos.
#Depois das aulas#
Vi o carro do Tiago aproximar-se e joguei o cigarro no chão, apagando o mesmo. Entrei no carro dele e o mesmo arrancou.
O caminho todo foi silencioso... Ele quer falar comigo de alguma coisa, de certeza. Ele estacionou o carro na garagem da mansão. Saímos do carro e logo o Tiago encostou-me ao carro.
Tiago: Para além de começares a drogares-te, agora está a começar a fumar.
Eu: Eu não fumei.
Tiago: Achas que sou estúpido?
Eu: Sim. - ele deu-me uma chapada.
Tiago: Não comeces! Se eu sei que fumas-te ou te drogas-te outra vez, não vais queres ver nem uma coisa nem outra à tua frente. - saí dalí num passo apressado até ao meu quarto, com algumas lágrimas insistindo em cair. Esbarrei na Valéria.
Valéria: Não tens olhos na cara? - empurrei-a, fazendo com que ele caísse no chão - Estúpida!
Tiago: Laura! Já disse para parares de fazer isso! Deixa a Valéria em paz! Ela não te fez mal nenhum! - ajudou-a a levantar. Entrei no meu quarto, fechando a porta com força. Sentei-me na minha cama e logo ouço alguém abrir a porta. Vejo a loira aproximar-se.
Valéria: Não gastes as tuas energias tentando pôr o Tiago contra mim, ele nunca vai acreditar em ti.
Eu: Eu odeio-te... E o Tiago é muito ingênuo em acreditar numa sonsa como tu...
Valéria: Sonsa? Eu? Querida, eu não sou nada disso. Como o Tiago pensa, eu só sou um anjinho indefeso que sofre nas tuas garras.
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Kidnapped
Teen FictionLaura, uma rapariga de 17 anos. Orfã desde os seus 15 anos e desde aí a sua vida deu uma volta de 180°, não só por causa de ter ficado sem os pais, mas também por causa do seu sequestro. A partir desse dia, Laura mudou e muito. Plágio é crime!!