Capítulo 44

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Tiago simplesmente ignorou-me. Rasgou toda a minha roupa e empurrou-me para a cama. No mesmo instante ele tira a sua roupa. Aproveito esse momento para me levantar e tentar alcançar a porta, mas sem sucesso. Ele agarra-me pelo braço e volta a empurrar-me para a cama.

Eu: Tiago, por favor, não faças is... - sou interrompida por uma chapada na cara da parte dele. Algumas lágrimas escorriam pela minha cara. Ele abre as minhas pernas e penetra-me, sem mais demoras.

Não acredito que isto voltou a acontecer... O Tiago voltou a fazer isto... Novamente, violada, agredida...

Ele sai de cima de mim completamente exausto.

Tiago: Sai daqui. Não te esqueças de tomar a pílula. - começou a vestir-se, como se não tivesse acontecido nada... Vesti a minha calcinha e o meu sutiã, que foram as únicas peças de roupa que ficaram intactas. Saí do seu quarto e fui para o meu num passo apressado. Logo depois entrei na casa de banho. Liguei o chuveiro, à espera que a água ficasse numa temperatura amena. Tirei as únicas peças que me cobriam e coloquei-me debaixo do chuveiro.

...

Coloquei o copo de água em cima da secretária. Ia buscar o frasco das pílulas, mas primeiro vejo um livro em cima da minha cama. Foda-se, o teste de amanhã e ainda por cima não estudei nada. Peguei no livro e sentei-me em cima da cama.

...

Acordo com o sol batendo diretamente na minha cara e o livro de português em cima de mim. Tiro o mesmo de cima de mim, tento levantar-me e sinto o meu corpo dolorido. Olho para os meus braços e pernas e ambos têm várias nódoas negras... Vou em direção à casa de banho e tomo um banho rápido, ou pelo menos tento, pois as dores não ajudam.

...

Saio do quarto e passo pela cozinha, para comer qualquer coisa. Alguém puxa o meu braço.

Tiago: Tomaste a pílula? - o copo estava em cima da secretária, por isso, provavelmente tomei. Sim, tomei.

Eu: Sim... - tento não olhar para ele.

Tiago: Ainda bem. Vamos. - puxou-me até à garagem, onde lá, literalmente empurrou-me para dentro de um dos seus carros. Ele entrou, ligou o carro e arrancou.

...

Saio do seu carro, sem ao menos me despedir dele. Quanto mais tempo ficar sem ter contacto com ele, melhor. Assim sinto-me um pouco menos humilhada. Dentro da escola sou surpreendida com um abraço de alguém. Reparo que é Scott, mas logo soltou-me do abraço, pois tinha os braços magoados...

Scott: Não gostaste do meu abraço surpresa? - fez uma carinha triste e engraçada ao mesmo tempo.

Eu: Não é nada disso...

Scott: Então? - baixei a cabeça.

Eu: Não é nada demais... - ele agarrou no meu braço, o que me fez dar um pequeno gemido de dor. Ele olhou desconfiado. Puxou a manga do meu casaco para trás e nesse mesmo instante escondi o meu braço atrás das minhas costas.

Scott: Laura, deixa-me ver.

Eu: Já disse que não é nada demais.

Scott: Se não é nada demais então deixa-me ver.

Eu: Não acreditas em mim, é isso? - ele ignorou a minha pergunta e puxou o meu braço para puder vê-lo.

Scott: Quem te fez isto?

Eu: Eu caí...

Scott: Laura, eu quero a verdade.

Eu: É verdade, eu caí.

Scott: Olha nos meus olhos e diz-me a verdade. - colocou a mão no meu queixo, levantando a minha cabeça, fazendo-me olhar para os seus olhos - Agora diz-me. - eu não queria dizer que foi o Tiago... Mas...

Eu: Foi o Tiago... - disse baixinho e deviei a minha atenção dos seus olhos. Scott largou-me. O toque fez-se ouvir pela escola.

Scott: Devias ir para a aula.

Eu: E tu?

Scott: Eu não vou. Tenho princesas gostosas à minha espera. - foi embora.

...

O Tiago está demorando. Ele não costuma se atrasar. Avisto ao longe um dos seus seguranças, mas o que ele faz aqui?

Segurança: Vamos. - virou-se e começou a andar. Segui-o.

Eu: Mas era suposto o Tiago vir buscar-me. Onde ele está? - ele não me respondeu - Custa muito responder-me? - ignorou-me.

Chegamos à mansão e entramos. Ainda não havia sinal de Tiago. Vou até à cozinha e lá encontro Grace, mexendo no telemóvel, mas logo o guarda quando me vê.

Grace: Desculpe, só estava...

Eu: Não tem problema. - interrompo-a - Onde está o Tiago? - ela pega numa mecha do seu cabelo e começa a brincar com a mesma.

Grace: Não faço a mínima ideia. Desde que cheguei ainda não o vi. Mas há algum problema?

Eu: Não. - esboço um pequeno sorriso. Viro-me para ir embora - Acho eu... - digo baixinho.

Grace: Disse alguma coisa?

Eu: Não. - saí dali, indo em direção ao meu quarto. Tenho um pressentimento de que aconteceu algo... E eu não devia preocupar-me com ele, já que ele não se preocupa comigo...

Deixo a minha bolsa em cima da minha cama. Saio do meu quarto e vou até à sala. Reparo numa mancha de sangue em cima da mesa. Reparo noutras manchas de sangue, mas no chão. O que será qur aconteceu aqui?

Sei que não devia, porque ele não merece, mas estou mesmo a começar a ficar preocupada. O Tiago ainda não deu sinal de vida e além disso há sangue na sala. Algo aconteceu...

Vou até ao seu escritório. Tento abrir a porta, mas a mesma estava trancada. Vou até ao seu quarto. Entro e o quarto está normal. Está tudo no lugar. Ao que parece só aconteceu algo na sala. Ia sair do seu quarto, quando ouço algo cair, e o barulho vinha da sua casa de banho. Reparo que havia pequenas manchas de sangue perto da porta da mesma. Caminho até lá. Bato à porta.

Eu: Tiago, estás aí? - não ouço nada vindo do outro lado da porta. Coloco a mão na maçaneta e abro a porta, lentamente. Tiago estava sentado no chão, com o olho roxo, os lábios rebentados e alguns outros ferimentos no resto da cara. A sua camisa estava com algumas manchas de sangue. Ele estava com a caixa de primeiros socorros ao seu lado, mas não tinha forças para se mexer. Apressei-me a ficar de joelhos à sua frente, pegando na sua mão. Ele apenas olhou para mim. Ele tentou afastar a sua mão da minha, mas não conseguiu - Tiago, eu não devia estar aqui para te ajudar, porque tu não mereces, mas vou fazê-lo, porque eu detesto ver-te nesse estado. - acariciei a sua mão - Neste momento considero-me a rapariga mais estúpida do mundo.

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