Capítulo 28

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Duarte: Acho bem. - deu um beijo no meu pescoço, indo logo embora. Estúpido... Porco...

#Após as aulas#

Vi o carro do Tiago se aproximar. Senti uma respiração no meu pescoço. Virei-me e infelizmente era aquele nojento...

Duarte: Não contar, lindinha. - piscou-me o olho, indo logo embora. Entrei no carro do Tiago e o mesmo arrancou.

Tiago: O que o Duarte estava a falar contigo?

Eu: Não tens nada haver com isso...

Tiago: Ainda estás assim por causa daquilo que tu não queres contar?

Eu: Deixa-me em paz... Eu não me meto na tua vida... - ele respirou fundo, apertando o volante.

Ele estacionou o carro na garagem da mansão. Ia abrir a porta do carro, mas Tiago tranca logo de seguida.

Eu: Então?

Tiago: Não sais daqui enquanto não me contares o que aconteceu.

Eu: Não aconteceu nada, agora deixa-me sair.

Tiago: Não. Eu não tenho pressa. Entende que eu só quero te ajudar.

Eu: Eu não quero a ajuda de ninguém! - cruzei os braços.

Tiago: Não vale a pena amuar, não vai servir de nada.

Eu: Não vais desistir, pois não? - ele negou com a cabeça. Senti os meus olhos arderem, após lembrar do que aconteceu - Se queres ajudar... Por favor, não toques mais nesse assunto... Eu só quero esquecer isso... - olhei nos seus olhos. Ele baixou a cabeça, destrancando logo as portas do carro. Saí, entrando em casa. Pûs a minha mochila no meu quarto, voltando para a sala. Duarte estava lá... - O que estás aqui a fazer...?

Duarte: Vim visitar-te, coleguinha. Sabes... - aproximou-se - Fiquei com saudades.

Eu: Como c-conseguiste entrar?

Duarte: Tenho os meus truques.

Eu: Sai. Não te quero aqui...

Duarte: Não digas isso, linda.

Tiago: O que estás aqui a fazer?

Duarte: Não tens nada haver com isso. - olhei para o Tiago, do tipo " não quero ele aqui ". Tiago percebeu e afastou o Duarte.

Tiago: Oh puto, não te atrevas a te aproximar dela!

Duarte: Senão o quê? - Tiago pôs a mão no bolso de trás das suas calças. Reparei que ele estava quase tirando a sua arma e logo agarrei no seu braço.

Eu: Duarte, sai!

Duarte: Por ti, eu vou. - acariciou a minha bochecha e tirei a sua mão logo de seguida. Ele foi embora. Tiago olhou para mim.

Tiago: Explica-me.

Eu: Explicar o quê?

Tiago: Porque estavas com medo dele?

Eu: Eu não estava com medo...

Tiago: Tu não me enganas. Eu sei que estavas com medo. Explica-me o porquê. - virei a cara, lembrando-me do que aconteceu. Senti uma lágrima cair - É por causa dele que estás assim, não é? O que ele te fez!? Diz-me logo para eu lhe partir a cara! - quando dei por mim, já estava a chorar. A única coisa que o Tiago fez foi abraçar-me... - Eu vou descobrir o que ele te fez...

Valéria: Ei, ei, o que se passa aqui? Larga o meu homem! - agarrou no meu braço, separando-me do abraço.

Tiago: Valéria, agora não... Não vês como ela está mal? - ela olhou para mim.

Valéria: Reparando bem, ela parece que acabou de sair de um filme de terror.

Eu: Tu achas que isso me afeta? Eu pouco me importo com o que dizes.

Empregada: Desculpe o incômodo, mas o jantar já está pronto.

Eu: Eu não vou jantar. - fui para o meu quarto. Entrei na casa de banho, enchendo a banheira com água. Despi-me, entrando logo na banheira.

Saí da banheira, enrolei-me numa toalha, saindo logo da casa de banho. Ouvi alguém bater à porta.

Tiago: Laura?

Eu: Deixa-me em paz...

Tiago: Estás bem?

Eu: Porra, deixa-me! Vai chatear a Valéria! - ouvi passos. Talvez ele esteja a ir embora, finalmente. Dirigi-me ao armário, pegando numa calcinha. É, eu não costumo usar sutiã quando sei que vou ficar em casa. Tirei a toalha, vestindo logo a calcinha.

Tiago: Não quero saber, tu vais comer porque eu estou a mandar. - assustou-me, entrando no quarto com uma bandeja com comida nas mãos. Pûs novamente a toalha, tapando os meus seios - Desculpa, não sabia que estavas... Assim...

Eu: E que tal se começares a bater à porta?

Tiago: Esqueci-me.

Eu: Quem é que se esquece de bater à porta!? Sai.

Tiago: Porquê?

Eu: Para eu vestir-me. - falei como se fosse a coisa mais óbvia no mundo. Ele virou-se. Tirei a toalha, vestindo logo uns shorts não muito curtos e soltinho. Vesti um top de alcinhas. Sentei-me na cama e peguei na bandeja que estava em cima da mesinha de cabeceira, colocando-a em cima das minhas pernas - Sabes que já me vesti, não sabes? - ele virou-se, olhando para mim.

Tiago: Claro que sim.

Terminei de comer e levantei-me. Fui até à cozinha e reparei que a loira estava lá a falar ao telemóvel e a mesma ainda não tinha notado a minha presença. Dei alguns passos para trás, escondendo-me atrás de uma parede.

Valéria: Claro, baby. Esta noite estarei aí... Não te preocupes com isso. Ele é tão estúpido que acredita em tudo o que eu digo... Ok, daqui a 20 minutos estarei aí. - continuei o meu caminho, como se não tivesse ouvido nada. Deixei a bandeja em cima da bancada. Valéria saiu da cozinha. Fui para a sala, sentando-me no sofá - Até amanhã, baby! - ouvi a porta fechar-se. Tiago assustou-me, jogando-se para cima do sofá.

Tiago: Queres ver um filme?

Eu: Ok... E a loira, onde foi?

Tiago: Foi dormir a casa dos avós que chegaram hoje. Ela só volta amanhã. - ingênuo...

Eu: Qual filme vamos ver?

Tiago: Vamos para a sala de cinema. - amo essa sala, mas raramente eu vou.

Eu: Ok, eu vou fazer as pipocas. - nos levantamos e Tiago foi para a sala de cinema e eu fui para a cozinha.

Fiz pipocas salgadas e doces. Abri o frigorífico e vi que tinha umas latinhas de cerveja. Algumas não nos vai fazer mal. Peguei algumas latinhas, e nas pipocas, indo para a sala de cinema. Era grande e tinha um plasma enorme mesmo. Pûs as coisas em cima da mesinha, sentando-me logo ao lado do Tiago. O filme começou. Era de comédia, mesmo o que estava a precisar...

Tiago não parava de rir e eu também não. Porra, o riso dele era contagiante.

Eu: Pára de rir. - recuperei algum fôlego e dei-lhe um soco leve no seu ombro.

Tiago: Não consigo. - riu outra vez.

Eu: Espera. - ele parou de rir. Limpei o canto da sua boca que tinha um pouco de pipoca. Ele olhou nos meus olhos. Num movimento rápido, ele selou os nossos lábios, beijando-me como se necessitasse daquele beijo...

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