A Redenção da Patricinha

Prólogo

Essa é uma história de amargar, Conheci uma garota, meu irmão vou lhe falar... Tudo o que ela quer o pai dela dá, Desde casa em Ubatuba, pelo Guarujá.

(Patricinha - Charlie Brown Jr)

3 anos depois dos acontecimentos de Sempre Te Amarei.

Estava sentada na sala, tomando meu café e assistindo ao noticiário da manhã, meu dia já estava todo planejado, iria ao SPA agora pela manhã, ao cabeleireiro e manicure de tarde, depois passaria no shopping, para de noite jantar com Devon, hoje completamos 3 anos de namoro, já que Kaio não me quis, faço bico ao pensar, ele que fique com aquela baleia da Malu, rio alto, ela ficou grávida e depois do bebê parece uma porca de tão gorda, limpo as lágrimas do canto dos olhos, de tanto rir chorei. Derrepente ouço o nome do meu pai na televisão e aumento o volume, éramos muito famosos, claro que estamos constantemente na televisão.

"O empresa Omar Villant está foragido, descoberto um corrupto na madrugada de hoje, tendo seu nome vinculado a empresas de corrupção, o mesmo foge, seus bens estão todos congelados para que tudo seja apurado, a polícia início às buscas e as investigações atrás do mesmo. Esperamos que justiça seja feita e esse homem seja encontrado."

Ouço tudo chocada, meu pai corrupto, onde já se viu mentira tão descabida como essa, nunca na vida, isso não vai ficar assim, bens congelados? Como assim bens congelados? Acerto o copo que estava em minha mão na televisão.

-PETERRRRRRRRR - Grito alto meu empregado e ele junto dos outros aparece com as malas em mãos. - O que pensam que estão fazendo bando de incompetentes? Voltem para seus afazeres, chamei apenas Peter seis intrometidos.

-Estamos indo embora senhorita, a polícia está na porta e sabemos que não pode nos pagar, não queremos nosso nome vinculada à ninguém dessa família - Diz Peter de cabeça erguida.

-Bando de medíocre - Grito raivosa - Seus mequetrefes.

-Adeus senhorita - Eles me dão as costas e ainda vão embora me xingando.

Como se não bastasse tudo isso, a televisão ainda rachada tende a querer me dar notícias ruins.

"Devon Tyson o namorado de Jasmine Villant, foi visto de mãos dadas com Yanca Knovack, sua suposta melhor amiga, parece que nossa patricinha ruiva foi deixada para trás."

                           

Começo a gritar como enlouquecida e jogar tudo no chão, corro para o quarto do meu pai, ele não pode ter fugido, me deixado aqui, pobre, ME DEIXADO POBRE, sem nenhuma carta, sem notícia nenhuma. Assim que adentro o quarto do mesmo vejo um papel em cima da cama, um bilhete.

Querida, princesa do papai, estou fugindo até que a poeira abaixe, porém não deixei uma passagem de ida para o Texas, cidade de Needville, vai morar na fazenda de sua vó por um tempo, até que tudo esteja resolvido, quando tudo se acertar irei te buscar.

Beijos, te amo princesinha.

Eu tenho uma vó? Aí que maravilha do mundo, rio me jogando em cima da cama, minha vó deve ter a maior fazenda de Needville, vou ter vida boa novamente, até porque não sou obrigada né querido. Porém eu volto em breve, para colocar Devon e aquela vadia da Yanca cada um em seu lugar.

A polícia invade minha casa me dando tempo apenas de pegar o básico,  o restante das minhas coisas vão ficar, vou chorando, depois mando os empregados da vovó virem buscar o resto, não posso viver sem minhas coisas. Sigo para o aeroporto de táxi, com o único dinheiro que me resta, já que estou com os cartões bloqueados, quando o vôo é chamado entrego minha passagem para a moça e ela me olha rindo, estreito os olhos e levanto a cabeça.

-Algum problema queridinha? - Pergunto jogando os cabelos.

-Senhorita, não sei se sabe ler, porém essa passagem é para ônibus não avião - Ela ri com desdém da minha cara.

-Querida, você sabe com quem está falando? - Pergunto raivosa - Jasmine Villant.

-Claro dona de uma loja falida e filha da  um político corrupto - Ri.

-Quando eu voltar ao topo, se prepare, pois você será demitida assim que eu pisar meus pés aqui novamente - Saio rebolando.

Ando alguns km me escondendo, de salto alto, meus pés estavam doendo muito e meus louboutins tadinhos acabados, quando chego a rodoviária que cheira a pura gordura e gente pobre que tenho um treco ao ver o ônibus e as pessoas que vão nele.

Calma Jas, em breve estará desfrutando das riquezas da vovó.