Capítulo 1

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Amores não aguentei, postei essa capítulo só porque amo muito vocês kkkk, semana que vem tem mais, espero que gostem bjsss❤😍😘

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Aquela patricinha
Com roupa de marca
Toda mimadinha

(Patricinha - Trio Yeah)

A viagem havia sido a pior da minha vida, meu lugar era justamente ao lado de um homem, gordo, que cheirava a pura bebida barata e suor. Passei a noite acordada por causa do ronco do cara, que encostava em mim a todo momento, no café da manhã ele comeu um salgadinho, aqueles de saquinho, que tinha cheiro de chulé, fiquei até emocionada quando desembarquei em Needville, quase chorei, já estava até pensando aqui comigo, quando chegasse na casa da vovó, iria tomar um bom banho de piscina, solto um gritinho e rio só, enquanto todos que passam me olham como se eu fosse louca. Por sorte papai havia deixado o endereço na parte de trás da carta, vejo um senhor se aproximando.

-Dia moça - Ele me cumprimenta.

O olho com cara de pouco caso.

-Me diga onde fica esse endereço - Não peço, mando.

Ele olha para o endereço e ri, enquanto reviro os olhos, hoje eu havia acordado com pé esquerdo, definitivamente, só podia.

-Isso é muito longe daqui moça, fica lá no começo da cidade, perto do centro.

-Como faço, para chegar até lá? - Pergunto.

-Só andando mesmo moça, hoje é domingo, tem ônibus até lá não.

Meus olhos enchem de lágrimas, ainda bem que minhas malas eram de rodinhas, porém eram muitas, o que acabava comigo, o homem continua a rir, viro o rosto para ele e sigo andando, eu que não iria ser motivo de deboche de ninguém, ainda mais desse velho. Segui andando, havia passado um dia e três horas naquele ônibus fedorento, eu aguentava andar um pouco, aguentava tudo, por um bom banho de piscina. Começo a andar é 10:00 horas da manhã, quando chega 13:00 da tarde, minha barriga ronca, estava no meio do nada, era mato de um lado, mato do outro, parecia o fim do mundo, abro a bolsa e pego a única barrinha de cereal que me resta, como a mesma como louca e tomo o resto de água, voltando a andar, quando já é 16:00 horas da tarde, começo a avistar casas, minhas pernas doem, meus lindos saltos estão acabados, eu estou suada e horrorosa, continuo puxando minhas coisas e olhando o número das casas, até que avisto, era uma fazenda, bem grande, com uma casa enorme, toda feita de madeira? Sim, exatamente, de madeira, era bem bonita por fora, porém sem luxo algum, com certeza a parte de dentro deveria ser melhor. Entro na fazenda que tinha as porteiras abertas e sigo até a casa grande, quando estou quase dentro da casa acertam barro na minha roupa, uma pequena coisinha, que não parecia ter mais de 3 anos anda até mim rindo.

-Diculpa moça. - Pede a catarrentinha.

Não havia catarro nela, porém crianças só deveriam ser chamadas assim, são uns chatinhos, irritantes.

-Tem noção do que fez pirralha? Sujou minha roupa, uma roupa cara, que você nunca teria condição de comprar - Brigo com ela nervosa, a menina me olha e abre o bocão, chorando.

Uma moça logo sai da casa, indo até a catarrenta e pegando a mesma no colo.

-O que houve meu amor? - Ela olhava para a pirralha de forma amorosa, e preocupada. Deveria ser a mãe da menina, porém parecia tão nova. A mulher estava completamente alheia a minha presença.

-Luiva chata..... - Elas soluça - bligou com eu mamãe.

Só então a mulher me nota, me olhando com um sorriso que eu desprezo, parecia que todos nessa cidade estavam sempre de bom humor.

-Jasmine - Ela diz meu nome, parecia muito alegre - Se lembra de mim?

-Não, porém também não faço questão - Ela me ignora.

-Kiara - Me recordo apenas do nome, não de quem é - Sua prima, filha da irmã do seu pai.

-Ah sim, claro, a filha que minha tia abandonou - Falo com desdém e seu sorriso morre.

Ela segue para dentro com a catarrenta no colo, me deixando plantada do lado de fora, um minuto depois uma mulher sai, porém essa não sorri, deduzo ser minha vó.

-Jasmine, quanto tempo - Ela me olha de forma dura.

-Oi Vó, não que eu me lembre de você também - Rio revirando os olhos.

-Não se preocupe, temos muito tempo para nos conhecermos, já que vai ficar aqui, sou Judith - Diz, seu olhar me causava um pouco de medo.

-Ótimo Judith, mande seus empregados virem buscar minhas coisas, eu vou subir vestir meu biquíni, quando descer quero um lanche e depois irei para piscina, não quero ser incomodada - Explico direitinho para que ela entenda.

-Aqui as coisas são diferentes, querida - Ela sorri, porém não é de forma simpática - Primeiro, não temos empregados, segundo, seu lanche quem faz é você, terceiro não temos uma piscina, quarto e último, aqui quem faz suas coisas, é você mesma. - Ela explica, porém rio.

-Onde estão as câmeras? - Pergunto rindo - Só pode ser uma brincadeira.

-Não é uma brincadeira querida neta - Ela fala com ironia - Aqui você paga, para poder comer e dormir.

-E como irei pagar? - Pergunto - Não tenho dinheiro.

-Não é com dinheiro, é com trabalho - Me assusto ao ouvir essa palavra.

Trabalho? Eu tinha uma loja de roupas, porém tinha empregados para trabalhar por mim.

-Não sei fazer isso - Falo com os olhos cheios de lágrimas.

-Não se preocupe benzinho, você aprende - Ela sorri - Agora pegue suas coisas e traga as mesmas para dentro, irei mostrar seu quarto.

Pego minhas coisas com o maior sacrifício, a casa por dentro é simples, confortável, porém uma pobreza, tudo colorido, típico de casa de pobre. Na escada é mais difícil ainda para carregar minhas coisas, porém a velha não me dá nenhuma ajudinha, o quarto? Simples demaisss, com uma cama, guarda roupa, um banheiro bem simples, eu tinha sorte por ainda ter banheiro.

-Hoje não tem janta para você, só amanhã, quando começar a trabalhar - Diz friamente.

-O QUÊ? - Grito indaganda, porém ela fecha a porta na minha cara.

Eu estava morrendo de fome, arrumo minhas coisas no guarda roupa e sigo para tomar um banho, quando termino o mesmo, visto minha camisola, que era chique demais para aquele lugar e me deito.

Se era guerra que essa velha queria, era guerra que ela iria ter.

A Redenção da Patricinha Onde histórias criam vida. Descubra agora