A Redenção da Patricinha

Capítulo 15

Menina, o que fazer com seu rebolado? Ai á
Menina o que fazer com essa saia rodada? Ai á
Se o tambor começa, tua saia gira
O mundo inteiro para pra te ver menina

(Ai menina - Lia Sophia)

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Capítulo sem revisão!
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Mais dois meses haviam se passado, Aron e eu já havíamos completado dois meses de namoro, estávamos quase indo para três, eu me via cada dia mais apaixonada, pelo seu jeito ogro de ser, por tudo que havia nele, ele era perfeito, perfeito para mim, eu não estava só apaixonada, eu tinha certeza que amava Aron, que ele era importante, que queria estar todos os dias com ele, era raro dormirmos separados,  as vezes eu dormia na casa dele, as vezes ele dormia na minha, e quando não estávamos juntos era noite das meninas, Kiara, Sarah e eu, as três dormindo juntas e abraçadas, depois de comer alguns gordices saudáveis por causa de Sarah.

Estava saindo do supermercado, hoje iria dormir na casa de Aron e era meu dia de cozinhar, não era muito boa com isso, cresci tendo empregados, gente que fazia tudo por mim, porém agora eu me sentia feliz em poder cozinhar para meu homem, faziam exatamente dois dias, que vovó havia ido viajar, ela estava misteriosa, não havia dito para onde, muito menos fazer o que, realmente ela estava estranha, porém eu iria descobrir no que minha velha estava se metendo, será que dona Ruth estava namorando? Sorrio com tal pensamento e vou seguindo para o estacionamento onde estava o velho carrinho de vovó, que ela havia me emprestado para trabalhar, eu gostava, isso poupava Aron de ter que me buscar todos os dias, ele reclamou, disse que gosta e tudo mais, porém eu não acha legal ele ter que parar com o trabalho dele e ainda vir me buscar. Dirijo para casa animadamente, cantando uma música que vocês ficaram surpresas em saber qual é, era uma das músicas de Aron, sertanejo, aquele tipo que eu não gostava e agora amo muito. Paro o carro na frente da casa de Aron e estranho, outro carro estava encostado ali, tranco o carro da minha vó e já vou entrando na casa do meu ogro, ele estava sentado em um dos sofás, analisando um garotinho que estava sentado à sua frente e do lado do menino havia uma mulher, bem bonita aliás.

-Cheguei ogro - Me aproximo e lhe dou um beijo rápido, claro que estava marcando território, o homem era meu eu marcava território onde quisesse.

Me viro para os convidados e sorrio sincera, pelo menos para o garotinho.

-Olá, meu nome é Jasmine.

-Oi Jasmine - O pequeno diz.

-Qual seu nome lindinho? - Pergunto o observando.

-Kaio - Estava sorrindo, porém meu sorriso vai morrendo aos poucos, esse nome me perseguia, misericórdia.

-É um lindo nome Kaio - Elogio e vejo Aron me olhar de sobrancelhas arqueados. O quê? Eu tinha culpa do nome dele ser igual ao do cara que eu era apaixonada no passado? Tenho nada.

-Essa é a Alice - Sorrio para ela. - Ela é tia do Kaio.

-Olha Aron, me poupe as apresentações, o fato é que minha irmã morreu há poucos meses e eu não posso mais cuidar do menino, se ela diz que ele é seu ele é seu.

Mulherzinha cruel, eu estava em paz aqui, marcando meu território, ela precisava jogar na minha cara essa conversa toda? Que papo era esse de filho?

-Você tem um filho? - Pergunto incrédula.

-Eu não sei - Ele parecia confuso.

-Como não sabe? Essa mulher está dizendo que o menino é seu - Falo indignada.

-Ok, fiquem com o garoto, as coisas dele estão aí, minha irmã disse que era seu, faça um teste de DNA, se ele não for de para adoção.

Agora ela havia passado dos limites.

-Você está pensando o que? Que o garoto é um objeto? Um lixo como você não deveria pensar diferente não é? Não presta e por isso quer achar que tem o direito de tratar as pessoas mal, também que seja, se o menino for ou não filho do meu namorado, porém com você ele não fica, fora daqui.

Sigo até a porta e apenas a abro um pouco mais, aguardo ela passar e assim que ela faz, bato a mesma com força e me jogo no sofá.

-Eu não sei o que fazer potranca.

-Muito menos eu.

Olho para o menino e suspiro, meu namorado tinha um filho, como ficaríamos agora? O que será do nosso relacionamento e da vida dessa criança? Acho que precisávamos de uma conversa.