Capítulo 3

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Eu, posso conquistar tudo que eu quero Mas, foi tão fácil pra te controlar Com, jeito de menina brincalhona A fórmula perfeita pra poder te comandar....

(Meiga e abusada - Annitta)

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Capítulo Sem Revisão!
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A primeira coisa que vejo quando abro os olhos é o cowboy bonitão, com o rosto bem perto do meu, olho para longe dele, que se afasta, e vejo, Judith, Kiara, a pirralha e o pai dela.

-O que houve? - Pergunto sem entender nada.

-Você desmaiou - Judith explica - Aron trouxe você.

Olho para ele.

-Obrigado - Agradeço, apenas por educação, sou muitíssimo educada.

-Não tem de que patty - Reviro os olhos com suas palavras.

Me sento e Kiara trás uma bandeja até meu colo, com sopa de....

-O que é isso? - Pergunto fazendo cara de agonia.

-Feijão - Judith responde parecendo feliz, ao ver que não gosto.

Comida de pobre, porém de comida não se desfaz, coloco uma colher na boca e quase gemo ao sentir o gosto maravilhoso.

-Vão ficar todos aqui me olhando?

-Alex, preciso te mostrar algo - O cowboy leva o outro cara, muito parecido com ele aliás.

-Vou voltar para meus afazeres - A velha não parecia nem um pouco comovida com minha situação.

Kaira pega a pirralha no colo e ameaça sair, porém volta e se senta na minha cama com a menina no colo.

-Acho que esse trabalho na fazenda não é para você, não por ser muito pesado, apenas porque não leva jeito - Ela fala com desgosto, tira um pedaço de papel do bolso e me entrega - Esse é o endereço de uma lanchonete que precisa de garçonete, ou é isso, ou cavalos, galinhas, vacas, isso porque não chegou aos porcos.

Faço cara de nojo e ela sai, ela estava diferente, parecia triste, fria, melhor deixar para lá, eu nem deveria estar me comovendo com a vida dela. Termino de comer e pego o papel, não era muito tarde, era 14:00 da tarde, vou até meu guarda roupa e pego um vestido amarelo, salto alto, e minha bolsa, me troco e assim que fico pronta saio sem dar satisfação, vou andando, o centro da cidade não ficava tão, tão longe, eu pelo menos pensava assim, quando comecei a perceber que não chegava nunca ao centro, me preocupei, provavelmente estava perdida, uma caminhonete preta começa a andar devagar ao meu lado, apresso meus passo olhando para ela com medo, meu coração batia forte, minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam, estava quase chorando quando abrem o vidro do carro.

-Oi patty - Só me dá mais vontade ainda de chorar, essa cowboy burro, havia feito aquilo só para me irritar.

-Seu ogro, me assustou, como pode fazer isso, idiota - Xingo revoltada.

-Calma patty, foi só uma brincadeira - Ele gargalha - Precisando de carona?

-De você? Nunca - Eu poderia precisar, eu realmente precisava porém eu não iria me dar por vencida.

-Entra aí patty - Ele insiste.

-Não, ogro.

-Entra no carro Jasmine - Agora ele fala sério.

Entro apenas porque cansei do joguinho, minhas pernas doem, e eu estou cansada de tanto andar, ele coloca um daqueles sertanejos cafonas e eu sou obrigada a ouvir.

-Onde está indo Jasmine?

-Olha só, ele aprendeu meu nome - Comento sarcástica.

-Sabe o meu? - Pergunta desviando os olhos da estrada e me olhando rapidamente.

-Sei Aron - Ele volta a me olhar, fazendo com que nossos olhares se encontrem - Atenção na estrada.

Falo e ele desvia o olhar, explico no caminho para onde estou indo e ele me deixa na porta da lanchonete.

-Voltaremos juntos, vou ali no mercado, assim que você terminar lá dentro me espera aqui.

-Ok - Eu que não iria dispensar carona nem doida.

Saio do carro e entro na lanchonete, o lugar estava lotado, chego até o caixa e quem me atende é um homem gordo que me olha da cabeça aos pés, quase me engolindo viva.

-O que deseja senhorita? - Ele pergunta, ainda me olhando estranho.

-Um emprego - Peço, ele poderia me olhar daquele forma, porém eu realmente precisava do emprego, o cara com certeza não me faria nenhum mal.

Ele me faz rápidas perguntas, ali no caixa mesmo e não ficando muito contente com minhas respostas, eu que não deveria estar feliz, trabalhar em um lugar, cheio de pobres, gente suada e comida de pobre.

-Está contratada Jasmine - Ele diz por fim - Amanhã aqui, as 5:00

-Da tarde? - Pergunto sorridente.

-Da manhã.

-Da madrugada só se for  - Resmungo.

-O que dise?

-Nada não - Sorrio falsamente - Amanhã estarei aqui, as 5:00.

Apesar de saber que não seria fácil, saio feliz da vida, aquela velha iria ver que sou muito competente, e capaz, saio saltitando da lanchonete e pulo nos braços de Aron, que me espera, beijo seu rosto rindo, porém logo tenho consciência do meu ato, me afastando de devagar, ficamos algum tempo nos olhando nos olhos, e que olhos, que corpo, que tudo, esse homem era fogo puro, era.....Um cowboy sujo e burro.

-Me solta ogro - Suas mãos estavam em minha cintura.

-Ocê que me agarrou ruiva nojenta - Faço cara de ofendida e sigo para o meu lado do carro, porém não consigo conter meu sorriso antes de entrar no mesmo.

Ogro

A Redenção da Patricinha Onde histórias criam vida. Descubra agora