Capítulo 5

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Olha o que aconteceu
A garotinha boba amadureceu
Decidiu se cuidar, se amar primeiro

(A garotinha boba cresceu - Brunno Mello)

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Capítulo sem revisão!
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Acordei um pouco mais animada, fiz uma combinação de roupa simples para ir trabalhar, uma blusinha e uma saia, e nos pés uma sandália. Desci para tomar café levando um pirulito comigo.

-Bom dia Sarah - A menina me olhou de cenho franzido, entreguei o pirulito para ela que me sorriu.

-Bligada tia luiva - Agradeceu feliz.

-Sarah não come doces - Kiara tirou o pirulito da mão dela - Ela tem diabete.

-Tenho certeza que um pirulito não vai fazer mau - Tentei

-Eu prefiro evitar - Ela pegou a menina e saiu.

Respirei fundo tentando ser forte, deveria ser triste para Kiara, ver a filha com essa doença e mais triste ainda para Sarah, não poder comer doces com liberdade.

-Bom dia vó - Me sentei de cabeça baixa e ela me olhou de cenho franzido, porém sorriu, me serviu café e se sentou ao meu lado segurando minha mão.

-Eu esperei por esse dia querida - Me assustei com sua gentileza e calma - Acredite o papel de vó chata não é para mim.

-A senhora foi bem má.

-Eu sei que exagerei, me perdoe querida - Ela pede - Porém, você era muito soberba, acredito que não esteja curada por completo de tudo.

-Eu não estou vó, porém estou tentando, com tudo de mim - Limpo uma lágrima que cai por meu rosto - Kiara me odeia, eu não tenho amigos no trabalho e em lugar nenhum.

-Então seja gentil, os peça desculpa e se esforce cada vez mais por eles, se realmente gosta deles.

-Eu vou, menos por aquele cowboy devasso, que cada noite trás uma..... - Olho para minha vó que segurava o riso.

-Aron? - Ela pergunta com um sorriso estranho e eu faço cara de nojo.

-Bom vou indo - Me levanto e beijo seu rosto - Tchau vó.

Saio para ir trabalhar e para variar, perco o ônibus, o jeito era ir andando já que faltar eu não poderia, uma caminhonete para ao meu lado, eu reconhecia muito bem aquela caminhonete preta.

-Entra Jasmine - Ouço a voz grossa.

Reviro os olhos porém entro no carro, ele tinha esse jeito de autoridade, que me fazia ficar toda arrepiada, nem sempre eu era boazinha como agora, coloco o cinto e fecho a cara, ele dirige sério, assim que para na frente da lanchonete ele trava as portas.

-Quero saber qual o problema? Porque está estranha comigo? - Pergunta me olhando nos olhos.

-Nem tudo gira em torno de você seu ogro - Forço a porta - Da para abrir?

-Não, não dá paty - Reviro os olhos - Só queria saber o que ouve.

-Não deveria estar preocupado comigo, e sim com suas "amigas" - faço aspas com as mãos.

-Que amigas? - Pergunta sem entender.

-Aquelas que visitam sua casa toda noite - Falo com desgosto e ele ri.

-Está com ciúmes - Ele gargalha.

-De você? Me poupe né ogro, eu tenho mais o que fazer, do que ficar ligando para qual é a loira da vez, que encosta em você, ou que você beija....

Sou puxada pela nuca e a única coisa que sinto é sua boca na minha, ele me da um beijo quente, que me deixa de pernas moles, se eu não estivesse sentada já estaria no chão, depois de beijar bastante recobro a consciência e o empurro.

-Seu...Seu....Ogro, nunca mais faça isso - Forço a porta do carro e ele abre a mesma.

Saio rapidamente como se tivesse visto um fantasma.

-Está atrasada - Ouço Ernesto falar enquanto passo por ele.

Me encosto na porta do vestiário e respiro ofegante.

-O que foi isso?

Sinto um calor enorme em todo meu corpo, me aproximo da pia e jogo um pouco de água gelada no rosto, depois que me acalmo um pouco me troco e vou fazer meu serviço.

-Jasmine - Ernesto me chama e olho para ele - A primeira dama pediu para ser atendida por você.

Respiro fundo e passo por cima do meu orgulho indo atender ela.

-Bom dia senhora, em que posso ser útil - Pergunto já com o bloquinho em mãos.

-Eu gostaria de um café forte, sem açúcar - Ela passa a língua pelos lábios me olhando - E também gostaria que se afastasse do meu homem vagabunda.

-Não sei de quem está falando - Engulo em seco.

-Aron - Ela me fuzila com os olhos - Vi vocês se beijando.

-Senhora, estou em meu local de trabalho, não falo sobre assuntos pessoais aqui - Saio a deixando falando só.

Peço, quase imploro para outra pessoa levar o café dela, e Jeff um garoto muito simpático faz esses favor, ela usa o banheiro dos funcionários e quando passa por mim sorri vitoriosa, não entendo nada, apenas continuo bem trabalho.  Quando acaba meu expediente pego minhas coisas, não havia tirado Aron da cabeça o dia todo, cada vez que lembrava do beijo meu corpo acendia. Quando estava quase saindo da lanchonete a polícia entra pela mesma, junto da primeira dama.

-É ela delegado - O homem se aproxima de mim.

-Podemos revistar suas coisas senhorita - Ele estende a mão pedindo a bolsa.

-Eu...Não sei...Eu - Gaguejo e entrego minha bolsa, ele vira ela e tira um colar de diamante de lá.

-A senhorita está presa por furto - Ele tira algemas, meu coração batia forte, olho para primeira dama e lembro de seu sorriso.

-FOI ELA, ELA FEZ ISSO, EU NÃO DIZ NADA - grito quase chorando.

-A senhorita tem o direito de permanecer calada, tudo o que disser será usado contra você nos tribunais.

Eu estava frita, iria passar minha vida na prisão.

A Redenção da Patricinha Onde histórias criam vida. Descubra agora