A Primeira Ministra

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Dezesseis anos depois


Seis anos e nenhuma resposta, nenhuma pista. Seis anos revirando cada canto do país, sem deixar pedra sobre pedra e assim, sem encontrar nada. De certa forma, a Primeira Ministra estava admirada pelo empenho que a rainha tivera em esconder sua herdeira. A Guarda da Rainha fora extinta, e os passos que eles deram depois de deixar o palácio foram cuidadosamente apagados por magia. Junto com a admiração vinha uma frustração enorme, ela entendia os motivos da rainha para esconder a criança, mas sabia que o país não ia continuar estável por muito tempo se a princesa Evangeline não fosse encontrada. Toda aquela procura estava levando a Primeira Ministra ao desespero. A guerra contra os cavaleiros da Nova Era estava acabada a seis anos, foram seis anos de paz após os dez anos torturantes que seguiram a morte da rainha, do rei e do desaparecimento da princesa. Apesar da guerra estar acabada Arzua ainda estava um caos, a Primeira Ministra se esforçava para fazer um bom reinado, mas ela não podia fazer muito. Só uma mulher da linhagem dos Vishous era poderosa o suficiente para controlar a magia tanto do Trono de Sangue como da Coroa Sussurrante.

Mas depois de seis anos sem achar a princesa perdida a Ministra tinha quase desistido, apesar de ter uma ultima ideia em mente. Ela sabia o que o conselho ia achar de sua ideia, era perigoso e poderia demorar anos e ainda assim era a melhor chance que eles tinham aquela altura. Quando viajaram para o Novo Mundo, as Linhagens Antigas tinham trago consigo uma infinidade de objetos mágicos. Um deles era a Coroa que descansava em uma redoma de vidro a espera de sua dona. Usar a Coroa em qualquer pessoa que não fosse a princesa era letal, mas a Coroa não era a única coisa que possuía magia no palácio. A Caixa Perita era um charada, ajudava rainhas menos sabias a tomar decisões. Ela era perita na dificuldade e muito subjetiva nas opções e apesar de todos os riscos a Ministra achava que valia a tentativa.

—Não usamos a caixa perita ainda. Sei que a magia dela é imprecisa, mas é uma magia forte. Ela não poderia me dar apenas o nome da princesa, o segredo da caixa é a dificuldade de desvendar o mistério proposto, então negociamos um nome para cada letra do alfabeto. Uma delas sendo a princesa.

—Mas isso são vinte e seis garotas! Exclamou irritado do chefe do conselho.

—Bem melhor do que as dezenove milhões de garotas de dezesseis anos do país. O chefe do conselho era um homem baixinho com um bigode exagerado, olhos suínos e não parecia convencido.

—São estranhas em nossa casa. Podem ser ladras, assassinas, espiãs. Virtualmente qualquer coisa. Irritada com ele a Primeira Ministra bateu o pé.

—Se você tiver uma ideia melhor conselheiro, eu sou toda ouvidos. O Trono esta irritado e os sussurros da Coroa estão cada vez mais altos. Alguém precisa controla-los e eu não posso fazer isso e tão pouco você pode. Sem falar nas Sombras, temos o que? Seis meses antes de elas virem atrás de nos? Precisamos da princesa e precisamos dela agora.

Os olhos do conselheiro brilharam raivosos por um segundo, mas depois relaxaram.

—Façamos do seu jeito então. Foi a declaração final dele.




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Beijinhos, carol siqueira


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