Príncipe Antony da Tríade do Oeste

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Um mês. Foi tudo o que Stefan precisou para arruinar suas chances de se casar com metade das garotas que estavam no palácio. Antony estava frustrado, os dois tinham uma simples tarefa e não estavam cumprindo-a corretamente. Stefan era eloquente e charmoso, mas seu encanto durava no máximo uma noite. Já Antony tinha outros problemas. Ele tinha relações complicadas ate com os mais íntimos, sua asma o impedia de bom em qualquer coisa que demandasse esforço e com o passar dos anos ficou claro que ele também não era muito talentoso com magia. Sendo o mais novo de três irmãos não era necessário que ele fosse excepcional em alguma coisa, então ele que não era bom em esportes, nem na guerra, nem em tocar instrumentos, nem ler livros- a poeira presente neles agravava a asma- se tornou historiador do tipo que conhece fatos, ouve rumores e compara com a verdade. Aonde os livros lhe faltavam ele compensava com uma memória afiada que nunca esquecia nada.

No palácio de cristal poucos lugares podiam servir de refugio para pessoas como Antony, mas ele sabia onde procurar. A sala de musica era seu esconderijo preferido, pois apesar de não ser capaz de tocar nada ele admirava bastante os sons. Ele se preocupava em chegar sempre cedo para poder se esconder da garota que diariamente ai a sala de musica praticar. Naquele dia porem, algo havia dado errado, pois a garota já estava ali sentada em banquinho habitual afinando o violoncelo.

—Achei mesmo que você estava vindo. Disse ela alisando as cordas do instrumento. Antony sabia que a garota podia tocar basicamente qualquer coisa, mas o violoncelo era o preferido dele e apesar disso ele estava disposto a partir. A ideia dela saber que ele estava ali não o deixava confortável.

—Você pode se esconder atrás do biombo se quiser. Eu finjo que você não esta aqui. As bochechas dele arderam, ela sabia por todo esse tempo que ele consumava ouvi-la. A essa altura ele sabia que não poderia simplesmente partir. Ele deu um passo para dentro da sala e disse.

—Lady Michaels certo? As palavras saíram de maneira forçada, mas de alguns jeito ela foi capaz de entender.

—Isso mesmo. Você deve ser o irmão mais novo. Príncipe Antony? Ele assentiu de vagar.

—Apenas Antony. Finalizou ele.

—Essa é uma concessão que eu só estou disposta a fazer se você retribuir o favor. Chame-me de Rebecka.

—Rebecka. Repetiu ele para analisar como o nome soava em sua boca, pareceu tão bom que ele acabou sorrindo.

—Agora, Antony eu suponho que você esteja aqui para me ouvir tocar. Ele assentiu novamente e de maneira suave as notas do violoncelo começaram a soar e enquanto ela estava distraída pela musica, Antony se permitiu olhar o rosto dela pela primeira. Ela tinha sobrancelhas finas e longas, cílios espessos, uma nariz protuberante e lábios grossos. Os cabelos cacheados eram uma cascata acobreada e selvagem e por um momento, antes de desviar os olhos, Antony a achou tão bela quanto a musica que ela produzia. 




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Beijinhos, carol siqueira

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