Pegamos uma chuva intensa no caminho até a casa da Júlia. Da janela do táxi, eu pude ver algumas pessoas andando pelas ruas com guarda-chuvas, e os carros se aglomeravam em uma fileira por conta da pouca visibilidade.
A Júlia não parava de mexer no celular. Seguimos o caminho todo em silêncio. Não demoramos muito e chegamos há um condomínio maravilhoso. Ele possuía cinco torres com o mesmo número de andares, os prédios eram brancos e azuis e todos possuíam sacadas que possivelmente levavam a uma vista maravilhosa da cidade de São Paulo. O taxista parou o carro e logo em seguida a Júlia retirou o dinheiro da sua bolsa e pagou a corrida.
Entramos no condomínio e fomos até a recepção do prédio. O porteiro lhe entregou algumas correspondências e depois nos dirigimos ao saguão, onde se localizavam os elevadores.
−Vamos Victor! –Disse a Júlia.
−Vamos. –Respondi em um tom que demonstrava claramente a minha timidez.
A Júlia parou em minha frente e me encarou.
−Sério que você é tímido, Victor? − Perguntou-me sorrindo.
Devo mentir ou contar a verdade?
−Eu sou um pouco tímido. E pra piorar a situação, Ainda não me acostumei com a ideia de morar em uma cidade que não conheço, e ainda ser surpreendido por essa chuva, olha minha roupa toda molhada. − Falei apontando pra minha camisa e a calça.
A Júlia riu.
− Vamos dar um jeito nisso. −Falou entrando no elevador.
A Júlia apertou o botão que continha o número 19. Olhei para o painel do elevador e notei que esse era o último andar do prédio, ou seja, ela morava na cobertura. Imaginei o quanto os pais dela deveriam ser ricos, Afinal eles moravam em um condomínio de luxo, e como se não bastasse esse fato, eles ainda moravam na cobertura.
A porta do elevador se abriu. Demos alguns passos e já estávamos na porta do apartamento. Assim que a Júlia a abriu, pude vislumbrar um apartamento surreal. Tudo estava nitidamente planejado. Cortinas se espalhavam pelas paredes brancas, o piso possuía um tipo de cerâmica reluzente, logo de cara enxerguei uma sala bem harmoniosa, com uma TV que parecia não ter fim de tão grande. Obras de arte estavam expostas por todos os lados, pelo estilo das peças, nem se eu trabalhasse minha vida toda, pagaria por elas.
De repente fui interrompido dos meus pensamentos pela Júlia.
−Victor vai ficar aí na porta? −Falou rindo.
−Caraca! Que apartamento da hora. Mora com seus pais aqui? –Perguntei entrando no apartamento.
−Não. Moramos eu e meu irmão, o Arthur.
−Nossa que foda. − Falei deslumbrado.
− Vou ajeitar o quarto de hóspedes pra você, Vivi. –Disse a Júlia fechando a porta.
−Vivi? − A questionei estranhando o apelido.
− Vitinho é melhor para você?
−Bem melhor, Juju. – Falei imitando a forma como ela havia me chamado.
Ela riu.
A Júlia seguiu para um corredor extenso, que pelo que imaginei, daria no quartos. Fiquei ali sozinho admirando aquele apartamento por alguns minutos, até que ela voltou e me puxou pelo braço, levando-me até o quarto de hóspedes. Quando entramos, o quarto era absurdamente perfeito. Uma cama de casal, um guarda roupas de solteiro, uma TV que ficava sobre um painel acinzentado, um aparelho de antena digital, uma escrivaninha, e um banheiro também. Era realmente perfeito.
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O Irmão da Minha Melhor Amiga (Romance Gay)
Romance- Eu não tenho culpa de ter me apaixonado por você Arthur. - Eu não sou Gay Victor. -Eu gostaria de comandar meus desejos, e me apaixonar por outra pessoa que não fosse você. Gotas de água despencaram do céu, Comecei a correr, não olhei para trás...