Acordei com um som bem Suave. Ele vinha da janela do meu quarto. Levantei-me da cama e caminhei até a janela. Ao me aproximar, percebi que se tratava de um ninho de passarinhos que havia sido construído no alto da torre do condomínio. Sorri ao observar a cena. Fui até o banheiro e tomei uma ducha. Acabei vestindo a mesma roupa da noite passada, visto que eu só as tinha para vestir.
Tirando o canto dos passarinhos, o apartamento estava silencioso. Resolvi ir até o quarto da Júlia. Dei duas batidas na porta e não obtive respostas.
−Júl... –Estava prestes a chamar por ela, quando fui interrompido.
−Ela não está aí? − Disse o Arthur.
−Oi Arthur, Bom dia! –Falei virando-me em sua direção. −Sabe para onde ela possa ter ido?
−Foi para uma reunião com um dos nossos fornecedores. –Respondeu-me indiferente.
−Putz! Marquei com ela de irmos ao shopping. Estou sem roupas e preciso de algumas novas.
− Venha comigo! –Disse o Arthur me observando.
−Pra onde? −Perguntei sem entender.
−Venha aqui no meu quarto. Ou você está com medo? –Arthur exibia um sorriso.
−Medo de você? Eu deveria? – Provoquei.
−Medo talvez não, mas respeito sim! Anda logo! –Sentenciou enquanto caminhava até o seu quarto.
O segui.
Arthur vestia uma camisa social preta, uma calça branca, e sapato social preto. Estava realmente elegante. Entrei em seu quarto. Ele vasculhava seu closet procurando por algo. Em meio a sua procura, ele deixou cair um objeto. Pelo visto ele não havia percebido, pois continuou procurando por algo. Levantei-me e fui até o objeto, e ao pegá-lo levei um susto. Era um dado daqueles que indicavam diversas posições sexuais. Não pude deixar de imaginar o Arthur usando aquele dado. Perdido em meus pensamentos acabei deixando transparecer um sorriso, que logo foi notado pelo Arthur.
−Por que está sorrindo? –Perguntou encarando-me.
−Desculpe. Acabei lembrando-me de uma coisa que me aconteceu. –Menti.
Arthur ergueu a sobrancelha esquerda. Ele não havia entendido nada. Ele voltou a procurar algo no closet. Depois de alguns minutos, ele retirou uma camisa, uma bermuda jeans, e outro kit com cuecas e entregou-me.
−Pra você. –Disse estendendo as peças de roupas em minha direção.
−Para mim? Não era você quem estava chateado com o fato de eu ter usado as suas roupas ontem? –Provoquei novamente.
−Vai deixar seu sarcasmo de lado e pegar as roupas, ou quer ficar com a mesma roupa de ontem? –Disse rispidamente.
−Tudo bem, irritadinho. –Falei pegando as roupas em suas mãos.
Arthur riu.
−Eu não sou irritadinho como você acha. –Disse fechando a porta do closet.
−Não? Imagina se fosse. –Desdenhei.
−É sério! Eu não sou assim. Ontem eu estava um pouco irritado por causa de algumas coisas do trabalho e acabei descontando em você. Foi mal. −Disse coçando a cabeça.
−Tudo bem. Obrigado pelas roupas. −Falei encarando-o.
De repente o celular do Arthur tocou.
Arthur passou por mim e foi até uma mesa que estava posicionada no canto do quarto. Pegou o celular e atendeu. A pessoa do outro lado da linha disse algo que o deixou apreensivo. No mesmo instante ele desligou o celular.
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O Irmão da Minha Melhor Amiga (Romance Gay)
Romance- Eu não tenho culpa de ter me apaixonado por você Arthur. - Eu não sou Gay Victor. -Eu gostaria de comandar meus desejos, e me apaixonar por outra pessoa que não fosse você. Gotas de água despencaram do céu, Comecei a correr, não olhei para trás...