Epílogo 🍀

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EVELYN

2 anos mais tarde... em Nova Iorque.

1. Negativo.

2. Negativo

– Mãe – apareci no quarto, o choro a denunciar os resultados. – Nunca vou conseguir – já lá ia um ano e meio.

– Querida, vem cá – ela abraça-me e eu enrolo-me no seu colo, como um bebé. – Tu não tens estado nada bem, isso pode estar a afetar o teu sistema nervoso. Precisamos de ir certificar-nos que está mesmo tudo bem a um hospital. Não é normal tu sentires tudo. – olhei-a, preocupada.

Havia lido algures que a nossa mente pode criar falsas gravidezes com os sintomas iguais, e eu tenho medo. Tenho medo de me ter deixado consumir por isto e que o meu corpo esteja a sofrer consequências com tudo isto.

Saímos a meio do dia, Noah estava no trabalho e decidimos não o alertar. Pelo caminho, regurgitei todo o almoço e as sensações de enjoo aumentavam. Chegadas às urgências, esperámos alguns minutos até um médico nos atender.

– Depois das análises feitas, quero ainda ver o que se passa na sua zona abdominal. Por favor, deite-se na maca de barriguinha para cima. – Dr. Travis falara, e em seguida um aparelho gelado surgiu naquela zona. – Interessante –

– O que se passa, doutor? – a minha mãe pergunta, aflita.

– A jovem Evelyn foi enganada pelos testes de gravidez. Eu vejo aqui um feto bastante saudável e com mais de dez semanas de vida –

– O quê? Como? –

– Por vezes ocorrem falsos negativos, e as análises ao sangue irão demonstrar que está grávida, tal como esta ecografia, muito mais confiável que testes de farmácia. – explica enquanto limpa a minha barriga. – Muitos parabéns pelo pequeno milagre. Soube pelo seu histórico que tem tido bastantes dificuldades –

– Obrigada – eu disse, lacrimosa. – Obrigada – disse para mim, para a minha pequena barriga de dois meses.

Atualmente.

– Kyle, amor – o bebé de um ano estava irrequieto na sua pequena cadeira. – Olha para a mãe – os seus enormes olhos castanhos captaram os meus, e eu aproveitei a oportunidade para disparar o flash o que o fez rir e contorcer-se.

Sessão terminada, peguei no menino irrequieto. Hoje ele cumpria um ano de vida, foi o meu pequeno milagre, pois chegou sem avisar ninguém, trouxe algumas complicações durante a gravidez e o parto, mas o importante agora é que ele está bem, e nós estamos aqui.

– Mãe! – ele gritava, feliz, enquanto corria pelo jardim até ao portão trancado por precaução. Tenho sempre trabalhado com ele ao meu lado, em breve teríamos de o colocar num infantário, e era o que menos queria – afastar-me dele.

– Diz, filho –

– Ca-sa – ria que se fartava, enquanto o colocava no carro.

– Sim, vamos para casa ver o pai. Ele vai trazer uns amigos para brincares – ele vai adorar ter com quem brincar no aniversário dele.

Preparámos uma pequena surpresa para ele, com os "primos" mais velhos, direito a um bolo de aniversário. Convidámos elementos das nossas famílias e amigos e tínhamos, por esta hora, a casa repleta.

– Papá! – gritara, quando eu estacionei o meu carro perto de um dos jardins da casa. – Papá! – ele fazia sempre esta pequena festa.

A porta foi aberta, e o nosso Kyle não fez mais nada se não correr desajeitadamente até ao pai que o agarrou e o balançou no ar. Oliver e Jamie aparecem a correr, Zara e Lizzie saem de repente atrás deles e apenas o bebé Miguel, filho de Charlotte e do seu noivo espanhol, apareceu atrás.

– Que saudades, queridos! – abracei-os, a todos. Os primeiros gémeos já tinham os seus sete anos de idade, enormes e cada vez mais diferentes um do outro. As gémeas tinha apenas cinco anos, mas já faziam as suas traquinices. O bebé Miguel tinha somente nove meses e ainda se agarrava aos pais que vieram logo ver o "sobrinho" emprestado.

– Bem vinda a casa, amor – Noah beija-me ferozmente, mesmo ali, em frente a todos, deixando-me corada. – Tantas saudades do meu pequenote – afagou-lhe os seus cabelos morenos e o menino ria, com dois dentes na sua boca.

– Nem acredito que já passou um ano – falei, relembrando-me do dia mais feliz e horrendo da minha vida. Kyle nascera quase vinte e quatro horas depois, em cesariana, nascendo com alguns problemas de respiração que foram trabalhados logo nos primeiros meses, para nosso alívio.

– E que ele está aqui connosco. É o nosso pequeno milagre, a nossa dádiva. E eu amo-vos com tudo o que tenho e o que não tenho – dizia sincero, olhando-me nos olhos, o castanho mel pelo qual me apaixonei, o moreno que me estendeu a mão e me levantou, o homem que eu jamais deixarei esquecer por nunca ter desistido de mim, depois de todos os erros que cometi, depois de todo um processo de luta.

Já lá vão sete anos, e a única coisa que mudara fora a intensidade do nosso amor, que era a cada dia maior. E eu recordarei para sempre os meus dois homens.

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desta forma me despeço de mais uma obra original!

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desta forma me despeço de mais uma obra original!

um muito obrigada a todos os que acompanharam do início ao fim. espero que não vos tenha desiludido na totalidade tanto quanto a história prometia. eu sei que ao início aparentava uma coisa, e este final é muito comum por entre os romances...mas o que fazer? talvez seja a minha assinatura enquanto escritora, terminar bem e com bebés 😍

um beijinho a todas/os e vejo-vos na (DESA)SOSSEGO 🙆

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