Capítulo 18

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- Este é o nosso presente de casamento para vocês. – Sonia falou com um sorriso enorme. Théo e eu ficamos nos olhando sem entender.

- Aí, gente! É a casa. – Renata fez questão de nós acordar e puxar-nos para dentro.

Eu fiquei anestesiada. Caramba! Eles nos deram uma casa! Isso só me dava mais vontade ainda de bater no Théo por estarmos enganando a sua família, e eu nem disfarcei, olhei com uma cara bem feia para ele, queria que ele soubesse que eu não estava nada feliz.

- Sonia, não é um exagero? Você já tem feito muito por nós. – Perguntei para ela com receio, sem querer dar uma de mal agradecida, mas eu precisava alertar ela.

- Querida, você acha um exagero eu dar uma casa para a minha nora, que cuida do meu filho e só vem unindo ele a nossa família? – Ela veio me abraçar.

- Como assim? – Perguntei sem entender.

- Esta casa é sua, Micha! Esta no seu nome. – Théo fez o favor de esclarecer. – Surpresa, amor. – Ele me deu um beijo. Caramba! Eles me deram uma casa? Eu ainda não acredito!

- Eu não posso aceitar. – Falei sem graça.

- Claro que pode. Vocês vão se casar e, além do mais, essa vai ser a casa dos nossos netos. – Augusto dava risada.

- Netos? – Eu perguntei assustada porque, definitivamente, eu estava assustada.

- Pai e mãe, vamos com calma! Mal casamos e já estão falando em netos. – Théo deu risada.

- Filho, vocês tem que aproveitar o fogo do inicio do casamento e encomendar logo um bebe. Eu vou amar ter um netinho. – Sonia sorria nos olhando e olhando para a minha barriga.

- Se não quiser fazer um filho na Micha, eu mesmo faço – Fábio foi logo entrando na conversa.

- Calma ai, irmão! Isso eu sei fazer muito bem. – Théo me abraçou e eu fiquei vermelha.

Sonia nos mostrou a casa inteira. A minha casa era maravilhosa e, acreditem, eu amei aquele lugar. Não vi a hora de mudar logo de casa: uma cozinha gourmet; sala enorme; lavanderia; banheiro de visita; três quartos, todos com suíte; escritório. Nos fundos, um espaço aberto com churrasqueira e outro que eu achei incrível: o quarto principal havia dois closets e dois banheiro. Eu fiquei confusa. Será que continuarei dormir com Théo quando nos mudarmos para cá?

Mas porque porra e inferno eu penso nisso? Diabos, sai da minha mente! A casa por fora é marfin com marrom, com garagem. Eu tirei a foto e vou postar para vocês

- Sonia, muito obrigada! Esta casa é perfeita. – Eu a abracei bem forte.

- Eu desejo que sejam muito felizes aqui, querida! – Ela demonstrava uma ternura por mim.

- É maravilhoso, Micha! Posso vim dormir aqui. – Renata parecia uma criança.

- Claro! Vai ser demais. – Sorri para ela.

- Bom, família, nós precisamos ir. Vamos pegar a estrada, eu tenho que ir pedir a mão da Micha em casamento para o pai dela. – Sim, Théo disse isso mesmo, nós dois. Tonny e Vicky, vamos para a casa do meu pai, pretendo convencer ele de vim me levar no altar. Eu não me esqueci que é tudo uma farsa, mas meu pai vai ficar muito ofendido se eu me casar sem ele e, ainda por cima, se o meu futuro marido não fosse me pedir em casamento.

Me despedi deles agradecendo imensamente pelo presente, nós decidimos ir de carro mesmo, são 8 horas e eu confesso que eu não queria entrar no avião, e como Tonny vai ir junto na volta, ele trás o carro.

Já faz três horas que estamos na estrada e o casal Vicky e Tonny estão com tanto amor que, eu juro que, ainda não sei como ela ainda não esta grávida. É um grude que, sinceramente, se isso é amor, eu não quero viver isso não. Eu olhava para Théo e olhava para o casal, Théo olhava para o casal e olhava para mim, e dava para ver que ele estava pensando como eu. O bom da viagem foi que eu pude conhecer mais sobre o gosto musical de Théo, e acabei descobrindo que ele curtia rock. Ele colocou suas musicas favorita para tocar e eu prestei bastante atenção. Algumas musicas em inglês eu até consegui cantarolar, graças ao curso.
Para a minha alegria, o casal vinte dormiram na metade do caminho, o que foi muito bom, porque eu precisava conversar com Théo, e o casal ouvindo minha conversa não era legal, apesar que da maneira que eles se lambiam, era quase impossível de ouvir alguma coisa, mas o Théo precisava saber o que ele iria encontrar pela frente.

- Théo. – Eu comecei a falar respirando fundo. – Eu quero que saiba que o você vai ver é... – Théo não me permitiu terminar de falar.

- Micha, eu sei que sua vida é diferente da minha. Agora não tire de mim a oportunidade de ter minhas próprias opiniões. – Ele piscou e sorriu para mim.

Théo é muito maduro as vezes e pensa muito diferente de mim. Se eu fosse lidar com essas coisas, gostaria de ser avisada. O legal é que não sinto indiferença da parte dele, se tudo isso não fosse um acordo eu conseguiria me apaixonar facilmente por Théo. Mas o que me preocupa mesmo é que temos dois acordos: o que eu irei perder a minha virgindade, e em momentos como esse sinto que não sera uma dificuldade tão grande assim.

Eu sei que pode parecer engraçado uma pessoa como eu, totalmente descolada, cheia de palavrões na ponta da língua, mas... caramba! Eu sou do interior e não burra. Eu beijei vários carinhas que conheci na cidade vizinha, mas nada a ponto de eu me entregar a algum deles. Além do mais, eu nunca tive muita vontade e curiosidade minha mãe me ensinou que ter relação sexual com um cara era dar a oportunidade para ele me conhecer melhor, e para falar a verdade, eu nunca quis conhecer nenhum deles melhor, mas palmas para a minha mãe, ela conseguiu me explicar de uma maneira que não aflorasse minha curiosidade e eu agradeço muito a ela por ter me ensinado assim, porque eu vi muitas meninas ficaram desesperadas por ter feito sexo com o cara e ele nem ligar no dia seguinte, isso ainda era bom porque muitas vezes elas ficavam grávidas e abandonadas, e como dizem no interior, sem honra nenhuma.

Foram 8 horas de viagem. Fizemos três paradas, mas Théo permaneceu no volante a noite toda, o que para mim foi uma novidade, afinal ele não gosta de dirigir, e eu, como uma boa co-piloto, fiquei acordada junto com ele a base de café, mas fiquei ali, como sua fiel escudeira.

Assim que chegamos na frente da porteira toda quebrada e ferrada, dava para avistar bem lá no fundo a velha casinha caindo aos pedaços. Eu, um pouco nervosa, olhei para Théo e vi que seu olhar não era de desprezo, era o olhar de quem estava fazendo uma grande descoberta.

Pedi para Théo parar na porteira, porque o povo do interior é muito desconfiado. Descemos Tonny e eu , Tonny que, por sinal não parava de reclamar.

- Caramba! Eu estou todo quebrado. – Ele falava arrumando a coluna.

- Para de ser egoísta, Tonny! O Théo dirigiu sem parar. – Bati no ombro dele.

- Que bonitinha! adefendendo o noivinho! – Ele fez voz de menina.

- Ah! Vai se ferrar! – Mostrei o dedo do meio para ele, que automaticamente puxou meus cabelos, e novamente parecíamos duas crianças brincando pelo terreno, um provocando o outro.

Olá meninos e meninas
Como vocês estão??
Boa segunda
Até amanhã
💞😘💞

Pequeno Negócio, Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora