Meus olhos estavam pesados, eu mal conseguia abri-los. De tanto insistir eu finalmente consegui, e quando abri, me deparei com a pior cena do mundo: eu estava em um local que, de inicio, não consegui identificar o que era, mas era sujo, muito sujo e eu estava em cima de uma cama que era mais suja ainda, embaixo de mim, um colchão que estava fedendo e por ele tinha várias manchas de mofo.
- Olha! A caipira nojenta acordou! – Larissa me olhava de cima.
- O que esta acontecendo, Larissa? Que merda é essa? – A encarei de volta.
- Você não sabe o que esta acontecendo, sua imunda? – Ela dava risada. – Claro que sabe. Você sabe tudo o que seu maridinho faz.- Para de ser louca. Me tira daqui e me deixa ir embora!. – Eu respondi falando em tom alto para ela.
- Só depois que o seu maridinho fazer tudo o que eu mandar. – Ela sorriu e Olivia entrou onde estávamos.- Noss! Que fedor esta aqui. Cara, você esta no lugar certo hein, sua puta profissional. – Olivia se dirigia a mim com ironia e arrogância. – Olha! Trouxe esse lanche para ela comer.
- Como você é boazinha, prima. – Larissa deu um sorriso largo para ela e eu fiquei totalmente confusa, eu conhecia toda a família de Larissa e nunca vi Olivia nem mesmo sabia que eram primas.Olivia jogou o lanche que estava embrulhado com um papel alumínio em cima de mim, e quando eu o peguei nas mãos, percebi o quanto eu estava com fome. Não sei quantas horas eu fiquei desacordada, nem como eu fiquei assim, mas eu estava sentindo uma fome enorme e desembrulhei o lanche mais rápido que eu pude, só que quando eu senti o cheiro, que era delicioso por sinal meu estomago não agüentou me fazendo vomitar toda água que estava no meu corpo.
Sem noção do que eu estava fazendo, o vomito voou em cima das duas idiotas que estavam paradas na minha frente me olhando.
- Suja nojenta, você esta maluca? – Larissa perguntou. – Quero te matar! - ela veio em cima de mim como uma maluca e deu um soco no meu maxilar, que me pegou totalmente desprevenida sem ao menos ter a chance de me proteger ou me defender.
- Nossa! Até que enfim você fez algo com essa desgraça. – Olivia aplaudia Larissa.
Meu rosto doía e eu senti uma raiva imensa de mim, pensei em reagir, pegar aquela vagabunda, socar a cara dela e deixar de um jeito que nem toda plástica do mundo resolveria, mas eu estava fraca, meu corpo tremia por inteiro e minhas mãos soavam frio.Senti uma lágrima correr pelo meu rosto e tentei pensar aonde estaria o Théo se teria acontecido algo com ele. Eu só queria que ele estivesse bem ou melhor do que eu estava agora.
- Aonde esta o Théo? – Perguntei falando pausadamente, porque ainda estava tentando recuperar as minhas forças.
- Queridinha, não se preocupe porque ele esta muito melhor do que você. – Olivia falou e saindo, deixando novamente Larissa e eu sozinhas.- Larissa, o que foi que eu te fiz? – Perguntei a ela da maneira que consegui olhar nos fundos dos olhos dela.
- Você? – Ela deu uma risada bem forte. – Você nada, na verdade para mim você nem existe, mas o seu marido decidiu mexer com a pessoa errada. – Seus olhos estavam cheios de fúria.
- E a que ponto você chegou para se envolver nisso. – Permaneci olhando. – Porque se eu não existo, estou muito melhor do que você, pois esta a ponto de se tornar uma futura presidiária. Seqüestro é crime Larissa. – A alertei sem ironizar, porque eu realmente não queria ver o pior acontecer a ela.
- Pelo meu pai eu faço tudo! – Ela se impôs colocando a mão na cintura.- Entendi. E aquele amor todo pelo Théo? – Eu não estava entendendo nada do que estava acontencendo.
- Nossa, Micha! Você é mais burra do que eu imaginava. – Ela dava risada. – Eu vou explicar bem direitinho para você.Ela saiu do espaço, em seguida voltou com uma cadeira e sentou na minha frente.
- Quando eu conheci você aos 10 anos, papai ficou doido por você e sabe, eu nunca entendi direito o que meu pai tanto queria de você. Ele me perguntava de você todos os dias como você estava, porque eu não trazia você para nossa casa. – Ela sorriu de maneira irônica.
Eu fechei os meus olhos e senti que o tudo que eu saberia nesse momento iria me doer demais porque, mesmo Larissa demonstrando ódio, seus olhos eram de dor.
- Ele chegou a bater em mim para poder levar você em nossa casa, mas eu nunca quis andar com uma menina pobre como você. Eu sempre te achei nojenta. – Ela me olhava com olhos vibrando de dor. – Foi quando papai mandou que eu te da-se presentes. Eu nunca quis isso, mas ele sempre insistia para mim até que, finalmente, com muito custo, sua mãe permitiu que você fosse dormir lá em casa.
Ela respirou fundo e seus cabelos loiros colocou atrás da orelha, demonstrando para mim algum desequilíbrio emocional e em um momento como este eu preciso aproveitar das fraquezas para eu sair daqui.
- Por algum motivo, toda vez que meu pai se aproximava de você, você conseguia sair ou desviar dele, o que fez com que eu tivesse que cada vez mais aumentar a nossa amizade. – Ela mexeu nas mãos e as apertou. – Eu nunca quis ser sua amiga, mas meu pai te venerava e cada vez que você fugia da atenção dele, era motivo para ele querer se aproximar mais ainda, você acabou se tornando um tipo de conquista para o meu pai e com o passar do tempo tudo aumentou, só que ele nunca conseguiu ter você, então meu pai teve a brilhante idéia de abrir uma casa noturna e colocar crianças para se prostituir lá dentro.
No momento em que Larissa me disse isso eu que perdi o meu controle emocional e não consegui controlar as lágrimas. Chorei, senti como se a culpa fosse minha.- E o seu maridinho descobriu dessa casa noturna e que meu pai trabalha com contra bando de armas e tráfico de drogas ilegal. – Seu semblante voltou para ironia. – Ou seja ele descobriu do empreendimento do meu pai, mexeu com a pessoa errada. Só do ele que papai teve a idéia de seqüestrar você em troca das provas que ele tem, e como a audiência é semana que vem, se o seu maridinho decidir se separar você para ficar comigo, papai não processa ele por calunia e difamação, porque um processo desse pode acabar totalmente com a carreira do nosso Théozinho. – Ela fez uma cara de puta arrependida. – E você não quer que isso aconteça a ele, certo?
A minha cabeça girava e girava. Eu só tinha vontade de chorar e bater na cara dessa vadia, ela é o bicho em forma de gente e acredito que esta disposta só em tirar a minha paz.
- Olha, Larissa. Não me culpe se o seu pai é um monstro e sente desejo por crianças, eu nunca vi ele como nada além de ser o seu pai. – Tirei forças da onde eu não tinha para levantar e cuspir as palavras em cima dela. – Se depender de mim, prefiro morrer do que ver o seu pai fora da cadeia, e se eu precisar mesmo morrer para que isso aconteça então acontecerá, morrerei para ver seu pai preso e o Théo longe de você.
Neste momento Larissa deu outro soco na minha cara e eu não vi mais nada.
Então por hoje são esses quatro... Semana que vem eu volto... Ainda não tenho nada pronto por conta da correria, mas estará... Ele está chegando ao fim... Então breve mais novidades
💞💓💞
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pequeno Negócio, Grande Amor
Roman d'amourMichelly Harper Farrell é uma moça de 22 anos que mora em uma cidade no Sudeste de Minas Gerais, Micha como prefere ser chamada desde que se conhece por gente se rotula como uma interesseira que quer tudo do bom e do melhor, e nunca aceitou a vida s...