Capítulo 10

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- Ah! Eu fiquei magoada que ele não me ligou, mas já passou estou em outra. – Ela sorriu disfarçando, mas não me enganava: ali tinha coisa.

- Que bom, porque nós vamos casar. – Eu conheço de longe uma mulher ressentida apesar de nunca ter sido, mas cada uma de nós mulheres, sabemos muito bem o que habita no coração da outra. E quando Larissa ouviu essas palavras, por mais que tentou, ela não conseguia disfarçar a raiva em seu olhar.

- Eu fico feliz por você, Micha, e por ter saído daquele lugar. – Ela tentou sorrir, depois arrumou a sua postura e me abraçou. – Estou mesmo feliz por você. – E voltou a sorrir. – E já que você esta aqui em São Paulo, temos que sair juntas.

- Sim! Vai ser muito legal. – Ela sorriu, mas não me enganava, eu sabia que, uma hora ou outra, eu ia descobrir algo. – Vem! Vou te apresentar a Vicky. Sei que gosta das roupas que ela desenha.

Voltamos para a festa e fui apresentar a Larissa para Vicky. Eu sei o quanto ela gosta de tudo que a Vicky faz, já foi até nos desfiles em apresenta suas coleções, e eu não perderia a oportunidade de dizer que Vicky era minha cunhada, né? Larissa sempre esteve na minha frente: roupas de marca, sapatos, cursos e muito mais. Só dessa vez, pelo menos hoje, eu conhecia uma pessoa importante e, o melhor, eu quem iria apresenta-la para ela.

Assim que apresentei as duas, levaram um longo papo. Eu fui comer uma dessas comidas que nunca ouvi falar na vida, que até que eram bem gostosinhas, e de longe eu avistei o Théo me encarando. Ele estava conversando com mais três homens, bem bonitos e interessantes por sinal, todos bem vestidos. Pareciam estar falando sobre algum assunto bem interessante. Théo fez um sinal com a cabeça para eu me aproximar. Larguei o negocio que eu comia e fui até ele andando devagar. Quando eu estava me aproximando, consegui começar a ouvir o que eles estavam conversando.

- E ai, cara! Não vai nós dizer quem é a maluca que quer namorar você? – Foi aí que eu percebi que não era nada de interessante e acabei me decepcionando (não riam).

- Voltei, amor! – Coloquei um sorrisão e parei do lado do Théo, fazendo com que os três caras parassem e colocasse toda a atenção em mim.

- Querida, estes são Marcelo, Ricardo e Rodrigo. – Ah! Claro! Os três patetas. – Meus amigos. – Eles me comiam com os olhos. Apesar de serem bem idiotas, são bem lindos. Marcelo é o mais baixo, porém, forte, de cabelos lisos e olhos castanhos; Ricardo é o negro do pegado de cabelos cerrados e olhos pretos, sua pele é de causar inveja; e Rodrigo é o mais sem graça, magro olhos azuis e cabelo preto todo para trás. Mas os três juntos ficavam perfeitos (daqueles que as meninas querem, com certeza, ficar com eles e posso até dizer que ficam malucas por eles). – Meninos, esta é Michelly.

- Olá, rapazes! – Sorri e fingi de educada.

- Caramba, Théo! Ela é muito gata. – Rodrigo me encarava. Além de sem graça, parece ser sem noção também.

- Théo, se me permite, é a mais gata que eu já vi do seu lado. – Marcelo parecia ser o mais educado.

- Então, Michelly. O que você viu nesse nosso amigo ai? – Ricardo não perdeu sua oportunidade também.

- Olha, Ricardo. O Théo tem muitas qualidades notáveis. Mas, sabe, um relacionamento é baseado em bem mais do que qualidades, por exemplo, em paixão, que é quente. E eu adoro quando ele me da ordens. É como uma paixão sem freio, que acende dentro de mim, sabe. – Eles me olhavam boquiaberta, prestando atenção no que eu estava falando e, ao mesmo tempo, gesticulando com meu corpo. – E é bem isso o que eu vi no Théo, esse poder que envolve ele. – soltei meu sorriso inocente.

Pequeno Negócio, Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora