Pequeno Negócio, Grande Amor

Capítulo 16

- Queria agradecer a todos por estarem aqui hoje assim de repente, mas é que eu conheci a mulher da minha vida e queria que todos vocês conhecessem a dona do meu coração: Michelly. 

– Eu fiquei sem ar e nesta mesma hora, Tonny e Vicky chegaram. A única coisa que eu consegui foi dar um sorriso sem graça. – Micha! Você é a mulher mais incrível que eu conheço, cuida tão bem de mim e hoje eu quero saber se você aceita se casar comigo? – Eu gelei. Nunca que eu esperar que ele ia fazer isso desse jeito.

Eu fiquei parada igual a uma estátua e todos me olhando. É claro que ele estava relaxado, ele sabia a resposta. Tínhamos um acordo e em um mês um contrato. 

- Aceito! – Todos aplaudiram, começaram a olhar para nós e quando eu fui me virar. 

- Beija, beija, beija, beija, - Renata puxou os gritos e ai ferrou! Tudo mesmo! Ainda não tínhamos nos beijado e eu congelei. Théo se aproximou como um perfeito cavaleiro e me olhou nos olhos. 

- Vamos ter que nos beijar, tá? – Ele falou bem baixinho e eu só concordei com a cabeça. 

Ele gentilmente aproximou o meu corpo do dele com sua mão na minha cintura, eu conseguia ouvir sua respiração, ele levantou o meu rosto com as pontas dos seus enormes dedos, seus lábios tocaram os meus e uma carga de energia percorreu por todo o meu corpo. Sua língua macia percorria por cada centímetro da minha boca, era como se ela quisesse dominar e conhecer todos os espaços. Eu acho que nesta hora minha alma saiu do meu corpo e foi vagar nas nuvens, porque eu só sentia como se meu corpo estivesse leve. O único controle que tinha era sua boca macia e quente na minha. Eu poderia ficar o dia inteiro ali beijando ele. 

- Tudo bem, casal. Vocês terão a vida toda para fazer isso. – Sonia nos interrompeu fazendo com que ficássemos nos encarando. Acredito que ele sentiu tudo o que eu senti, seus olhos me diziam isso. – Filho, segure aqui. – Eram duas caixas de veludo pretas: uma grande e uma pequena. – Micha, esta é da Familia para você. – Sonia abriu a grande e era um colar de prata com meu nome escrito e em volta dele cheio de pedrarias. Acoisa mais linda que já ganhei. 

- Obrigada, Sonia! – Eu a abracei bem forte. 

Théo abriu a caixinha e tinha um solitário de brilhante enorme dentro. Era simplesmente perfeito. Ele colocou no meu dedo e automaticamente, sem ninguém pedir nem nada, ele me beijou novamente. 

- Ai, Théo! Vai se amarrar! – Rodrigo não perdeu a oportunidade. 

- Quando vai ser o casamento? – Vicky foi logo perguntando. 

- Daqui um mês. Eu não vejo mais porque perder tempo. – Ele me abraçava e sorria para todos. 

- Théo, daqui há um mês é o casamento do Tonny. – Falei sem graça. Eu não queria me casar no mesmo período que o meu irmão, porque eu sabia o que iria acontecer. 

- Podemos fazer um casamento duplo. – O que eu mais temia saiu da boca da Vicky. Eu sei o quanto ela é doce, ingênua e amiga, com certeza iria se dispor a dividir o dia dela comigo, e de verdade eu não sei se eu poderia realmente fazer isso, o dela era uma realidade e o meu era tudo ilusão.

 - Vicky, é melhor não! Vai ser o seu grande dia. Você deve querer ele todo para você. – Eu falava olhando para o Théo pedindo socorro, só que ele me ignorava, e eu entrei em um beco sem saída. Eu sei o quanto Vicky é sensível e se eu dissesse um não, ela com certeza ficaria chateada comigo. 

- Eu sei, Micha. E eu vou adorar dividir esse dia com você. – Vicky veio sorrindo me abraçar. – E eu não aceito não como resposta. – Eu fiquei sem reação com o carinho dela e também fiquei brava, porque Théo não me ajudou. Eu queria matar ele!