Capítulo 23. A

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Rafael
A

mudança


Acordei com preguiça de abrir os olhos na hora que meu celular tocou. Olhei, e ao ver o nome da minha loira no visor, despertei.

— Fala minha linda.

— Desculpe, acho que te acordei, não foi?

— Não tem problema, melhor só se você tivesse me acordando com beijinhos.

— Sei... é que eu te passei algumas mensagens e você não respondeu.

— Realmente não escutei... a culpa foi sua que não me deixou entrar muito cedo ontem. Aproveitou muito de mim, sua indecente.

— Sei... acho que andou sonhando. Ou bateu com a cabeça.

Dei uma risadinha e abracei meu travesseiro pensando que podia ser ela por baixo de mim.

— Por que você não vem cuidar de mim então? — perguntei sorrindo.

— Porque já era para você está na casa do Arlindo, lembra?

Sentei no mesmo instante na cama. Acordei de vez.

Puts!

Era verdade. Eu nem lembrava mais. Olhei à hora e já passava das nove, fiquei de chegar às oito na casa dele.

— Desculpe Duda, já de chamo e nós vamos.

— Não precisa. Já estou aqui e esperando você.

Levantei e fui procurando algo para vestir e falando com ela.

— Nossa! Por que você não me chamou? – indaguei apressado.

— Eu passei mensagens, liguei e toquei sua campainha. Mais o quê você queria?

— Mais uma vez a culpa foi sua. Deixou-me molinho e acalmou meu coração, por que eu dormi feito um anjo.

— Sei! Não foi o que eu percebi ontem! — Sorri dela falar, não combinava com o seu jeito tímido.

— Mais o que você percebeu?

— Que você não acorda nem se o prédio caísse.

— Não falei disto.

— Pare de falar e esteja aqui.

— Estou a espera do elevador, pode continuar falando comigo. Você já pensou na minha pergunta.

— Qual delas? Se eu vou à festa com você?

— Sim.

— Ainda não decidi. Até mais então.

— Ei, espere! Pode falar, já estou chegando na garagem. Fale comigo senão eu vou dormir de novo e mais perigoso,  no volante.

— Muito engraçado.

— Você já disse isto muitas vezes ontem.

— Viu? Não sou nada criativa!

— Será? Eu não tenho tanta certeza... – Ela ficou quieta. — Duda? Venha comigo?

— Já estou aqui! Eu te espero. Beijo. — Desligou.

O que faço com essa garota? Ela está me deixando doido. Acelerei e em poucos minutos estacionava na porta do Arlindo.

Abri a capota e verifiquei se estava em ordem. Somente poeira. Eles apareceram na porta já com umas caixas nas mãos.

— Peço desculpas pela demora. Vacilei. Tive um contratempo e dormi tarde — justifiquei com o cara.

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