Rafael
A festa continua
Depois que encontrei Duda, a festa pouco me importava, minha felicidade era completa. Maravilhosa daquele jeito e só para mim.
Acho que não a reconheceria nem se passasse do lado, apesar de que olhar de perto aqueles olhos, não teria dúvida que era a minha Duda, a deusa dos patins.
O saco foi que, do mesmo jeito que eu admirava sua beleza estonteante naquela fantasia, todos os homens presentes na festa também. Não estava fácil cuidar do que era meu.
O resto da noite nós dançamos muito. Já imaginava o seu molejo, pois uma bailarina não iria decepcionar. E não decepcionou como foi além, superou minhas expectativas. Uma delícia dançar com ela, apesar de não poder soltá-la, pois eram muitos heróis e bichos de meia tigela querendo arrumar uma parceira. Ela me dava trabalho. Sem dizer que aquela roupa a deixou mais ousada e língua afiada. Eu, queria ser romântico, murmurei no seu ouvido que a queria somente para mim. Sabe o que ela me respondeu? "Ninguém é de ninguém".
Pode?
Eu mereço! Aprontei muito, agora estou pagando tim tim por tim tim com essa deusa maravilhosa.Parece que agora a turma resolveu se amarrar. E eu considerava a ideia ótima. Ela sendo minha vizinha, que por sinal, era a outra que me interessava, sem conhecê-la.
Se pensar bem, uma história de doido.
Saímos do salão para tomar um ar, água e mais alguma coisa como fazer xixi em grupo dessa vez. As meninas foram para um lado e nós para o outro.
— E aí Bem? Tudo resolvido agora com a Dudinha? — perguntou Jacaré.
— Espero que sim, apesar de que, ela é dura na queda, cara. Vai me dar trabalho.
— Éh... O Bem desta vez teve dificuldades para conquistar uma garota por causa da sua fama de bom moço — retrucou o Filé, dando risada —, ele vai comer na mão dela e vai ficar cada dia mais apaixonado.
— Veja o santo! Um File batido e mal passado, rendido e amordaçado.
— Mas eu já disse que a Sabrina sempre soube que eu não era bom moço, e foi isso que a conquistou – falava e ria tirando uma comigo.
— A minha morena também não é fácil, então se encaixou bem comigo — comentou o jacaré e, fomos saindo.
Paramos na saída do banheiro feminino para esperar as princesas, ou melhor, a princesa, a mulher gato e a mulher da caverna. Realmente estava tudo errado. A minha Duda que era para ser princesa, a Joy se encaixaria bem na mulher gato, mas a Sabrina...
— Beeemm! — Senti um frio no estômago ao escutar alguém gritar meu nome.
Meu pior pesadelo. O que mais temia aconteceu. Aquela voz melosa e arrastada eu reconheci e, ela chegou dependurando no meu pescoço.
— Hei, pare com isso — Retirei sua mão de mim e a afastei. Seu cheiro de vodka me enjoou.
— Ahhh Beem.. você não me liiga maais — proferiu.
— Eu nunca te liguei! E sai garota! – falei num tom mais alto e me desvencilhei novamente — Estou acompanhado!
Olhei dos lados e frente a procura das garotas que não saiam nunca daquele maldito banheiro. Se a Duda visse aquilo ia ficar uma fera e com toda razão. Tratei de afastar aquela "coisa" de mim. Mas ela parecia um chiclete no asfalto quente, quanto mais eu tentava tirá-la de cima de mim, ela agarrava mais. Aquilo me irritou ao extremo. E pior, ela estava completamente bêbada e falava besteiras.
Confesso, eu me encontrava apavorado com aquilo.
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Do outro Lado (Repostando) Duas Vezes Por Semana. ♡Completo na Amazon♡
Romance*Do outro lado* Rafael um estudante do terceiro ano de odontologia. Morava sozinho perto da faculdade, em um prédio de pequenos apartamentos, próprios para estudantes. Leva a vida muito numa boa, curti as festas e muitas garotas. Nunca namorou por...