Capítulo 25.A

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Rafael


Namoro ou amizade?


Acordei com uma música suave vindo do outro lado, espreguicei e peguei meu celular para olhar a hora. Uma da tarde. A música era instrumental e convidava a continuar a dormir. Abracei meu travesseiro, beijei e rolei na cama com ele.

— Ah... Maria Eduarda, você que me aguarde, quando eu te pegar de jeito estará perdida – falei me levantando.

Será que ela me esperava para o café? Acho que talvez o almoço pelo horário avançado. Fiquei pensando onde poderia levá-la. Teria que ser um lugar especial, para marcar esse nosso começo. Começo? Nossa! Será que estou namorando? Foi isso que eu falei para aquela doida ontem. E não foi nada reservado. Gritei para todo o salão que quisesse escutar. Com certeza a Bri já devia ter batido um sap para ela. Essas meninas num perde um lance, principalmente um barraco daqueles.

Olhei no espelho e falei para aquela figura amassada.

— Cara, você tem que tomar juízo agora, se quer mesmo virar um homem sério! — Dei risada.

Eu, homem sério? Credo! Mas pensando bem... essa garota vale pena.

— Então vamos lá?

Entrei no banho para acordar direito, vesti uma bermuda e camiseta. A música continuava, mas agora era outra.

Abri a porta e me surpreendi.

Nosso vaso, bem no meio do caminho. E nele um envelope.

"Bom dia! Ou será boa tarde,

Quer almoçar comigo?

Eu tenho um convite a te fazer.

Pensei em algo diferente neste domingo.

Você pode aceitar ou não."

Maria Eduarda

O que essa garota aprontava agora? Coloquei o vaso no lugar e percebi mais alguns papeis fazendo o caminho para sua porta. Era desenho de sol e neve, parque e casa? Será o que era aquilo? Será que ela queria fazer um piquenique? Mais essa agora! Eu tinha em mente outra coisa. E nem precisava sair de casa. Na porta uma pequena caixa. Sorri e bati a campainha.

Bem que podia ter a chave da porta e um rastro até seu quarto... ui!!

Dentro outro papel dobrado e escrito outra coisa.

Nada!

Ela mesma abriu a porta. Com um belo sorriso e animação de chefe de torcida, com certeza estava acordada fazia tempo.

Eu entrei já a beijando.

— Aceito!

— Mas você nem sabe o que é?

— Mas se for para passarmos o dia juntos, eu aceito. Confio no seu gosto. Afinal, olha aqui! — Eu me mostrei.

Ela riu e me abraçou.

— E quem disse que eu gosto de você?

— Ah... confessa que está caidinha por mim, vai! Lembra de madrugada a proposta indecente que você me fez?

— Eu?

— Sim! Queria que eu a colocasse na cama e dormisse abraçadinha com você de conchinha e tudo mais! Está esquecidinha, hein?

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