Capítulo 21.D

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Maria Eduarda
Preparo


Pela manhã quando saía para o balé, encontrei outro bilhete no meu vaso. Abaixei, peguei e abri para ler enquanto o elevador subia.

"Tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo, quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação." CL

Rafael

Saí relendo, talvez uma dezena de vezes. O que ele queria com isso?

Passei uma mensagem para Bri e contei que recebera outro bilhete. Mandei a foto do papel para ela ler.

Bri: E aí amiga? Acho q ele n vai parar.

Eu: Será? Vou dar canseira nele.

Bri: E se vc desse uma chance?

Eu: Sei não!

Bri: Pelo menos vc o tira da cabeça se n der certo

Eu: Não é somente isso.

Bri: O q +?

Eu: Almoce comigo?

Bri: Onde? Estou na Facu

Eu: Aqui em casa.

Bri: Precisa ser mais cedo. Tenho monitoria.

Eu: Pode ser. Marque o horário. Venho do balé as dez.

Bri: Vou nesse horário p conversarmos antes

🦷

Assim que saí do banho, ela chegou com todo seu astral positivo.

— Qual o drama minha linda?

— Drama algum.

— Então o que está pegando? Andei pensado agora pela manhã. Acho que você deve dar um bom trato no Bem e ver o que é! O que você acha?

— Ah Bri, você não sabe qual meu maior problema?

— Então venha me contar. — Ela me puxou pela mão e sentamos no sofá.

— Eu não sei falar muito bem destas coisas, fico muito sem graça.

— Não precisa ficar. Você é virgem é isso? — ela foi direta.

— Pois é, você é melhor que eu em falar. Ele acha que sou experiente neste assunto, eu não sou, muito pelo contrário. E outra coisa, tudo dele é sexo. Não tem papo. Provavelmente ele vai querer transar comigo, tchau e bença.

— Tchau e o quê?

— Nada não! Coisa que minha avó fala. Eu quero dizer que ele nem liga para outra coisa, que é importante para mim.

— E se não for isso? Se ele quiser mais do que sexo, tiver mesmo apaixonado por você? Os rapazes dizem que sim.

— Eu tenho minhas duvidas, não é pelo que já aconteceu. Eu já escutei mais coisas que você nem imagina.

— Então vamos fazer o seguinte... — Ela segurou a minha mão. — É preciso descobrir as verdadeiras intenções dele. O que acha?

— Como vamos conseguir isso?

— Vamos começar pelos bilhetes. Onde está?

Levantei e peguei.

— Aqui.

— Vamos responder.

— Como? E o quê?

— É a Clarice não é? Ele deve gostar dela.

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