Começar de novo
Rafael
Sentamos.
Eles discutiam algo que eu não estava entendendo direito.- O que está pegando? – questionei.
- Vou ceder por um tempo meu AP para o Lim – falou o Filé.
- Por quê? E pra onde vai? – questionei, ele abraçou a morena e deu um beijo na lateral do rosto dela.
- Vou ficar com a minha morena – afirmou derretido.
- Eu prometo que será por pouco tempo, assim que encontrar um lugar legal eu mudo de vez – falou o rapaz que não me lembro o nome.
- Posso perguntar o que está acontecendo, de novo?
- Bem, o Lim, desculpe, quero te apresentar nosso amigo. Esse é o Arlindo, e esse é o Rafael. Rafael esse é Arlindo – Bri fez a apresentação como se eu não conhecesse a figura.
- Um novo homem – completou Filé.
Como eles viram minha cara de desentendimento, explicaram.
- O Arlindo, está saindo da casa do Bil, eles se desentenderam. Arlindo — Bri olhou para ele. —, posso contar?
— Claro! Mas pode deixar vou fazer um resumo. — Olhou para minha gata. — É o seguinte, eu tenho dúvida da minha sexualidade. Acredito que estou apaixonado por uma mulher e o meu amigo não aceitou minha decisão. Então preciso de uma nova casa.
Fiquei em choque. E minha feição deve ter me denunciado. Será que esse "viadinho" estava dando em cima da minha garota? A pergunta gritava no meu ouvido.
— Mas pode ficar tranquilo, não é pela Dudinha – completou me olhando.
— Ufa! – falei – Ainda bem, senão seria o mais novo homem quebrado.
Eu juro que saiu sem querer. Captei os olhares de reprovação e nada saia para mudar o que falei.
- Ô homem bravo gente! – a Bri exprimiu para quebrar o clima.
Notei que Duda não me encava, por isto peguei na sua perna e falei.
— Estou brincando, — Ela me fitou. —, mas por você faço coisas que chego a não acreditar.
— O que, por exemplo? — Ela cravou os olhos sérios em mim.
Eu segurei seu olhar e fiquei na dúvida o que responder. Na minha cabeça veio: ficar sem transar todo esse tempo. Lembrei a mensagem da Bri.
— Você quer em ordem alfabética ou cronológica? — Tirei um sorriso dela, acho que ganhei mais um ponto.
— Você é sempre engraçadinho assim?
— Um privilégio para você. Tento ser quando quero ver um lindo sorriso seu. — Cheguei perto dela e lhe dei um cheiro no pescoço. – Hum...
— Vai para lá... Estou suada...
— Adoro seu cheiro de qualquer jeito.
Ganhei mais um sorriso.
Chegaram os petiscos. Nem sabia o que eles tinham pedido. Mais cedo eu bebia cerveja com os rapazes, na verdade, ela esquentou sem eu tomar. A comida era uma tábua de carne com mandioca, batatas fritas e pães. O cheiro estava ótimo.
— Bem, você ajuda eu fazer minha mudança? – perguntou o Filé – Pouca coisa.
— Claro! Frete baratinho – falei rindo com a boca cheia.
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Storie d'amore*Do outro lado* Rafael um estudante do terceiro ano de odontologia. Morava sozinho perto da faculdade, em um prédio de pequenos apartamentos, próprios para estudantes. Leva a vida muito numa boa, curti as festas e muitas garotas. Nunca namorou por...