Capítulo 22.C

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Começar de novo 
Rafael


Sentamos.
Eles discutiam algo que eu não estava entendendo direito.

- O que está pegando? – questionei.

- Vou ceder por um tempo meu AP para o Lim – falou o Filé.

- Por quê? E pra onde vai? – questionei, ele abraçou a morena e deu um beijo na lateral do rosto dela.

- Vou ficar com a minha morena – afirmou derretido.

- Eu prometo que será por pouco tempo, assim que encontrar um lugar legal eu mudo de vez – falou o rapaz que não me lembro o nome.

- Posso perguntar o que está acontecendo, de novo?

- Bem, o Lim, desculpe, quero te apresentar nosso amigo. Esse é o Arlindo, e esse é o Rafael. Rafael esse é Arlindo –  Bri fez a apresentação como se eu não conhecesse a figura.

- Um novo homem – completou Filé.

Como eles viram minha cara de desentendimento, explicaram.

- O Arlindo, está saindo da casa do Bil, eles se desentenderam. Arlindo — Bri olhou para ele. —, posso contar?

— Claro! Mas pode deixar vou fazer um resumo. — Olhou para minha gata. — É o seguinte, eu tenho dúvida da minha sexualidade. Acredito que estou apaixonado por uma mulher e o meu amigo não aceitou minha decisão. Então preciso de uma nova casa.

Fiquei em choque. E minha feição deve ter me denunciado. Será que esse "viadinho" estava dando em cima da minha garota? A pergunta gritava no meu ouvido.

— Mas pode ficar tranquilo, não é pela Dudinha – completou me olhando.

— Ufa! – falei – Ainda bem, senão seria o mais novo homem quebrado.

Eu juro que saiu sem querer. Captei os olhares de reprovação e nada saia para mudar o que falei.

- Ô homem bravo gente! – a Bri exprimiu para quebrar o clima.

Notei que Duda não me encava, por isto peguei na sua perna e falei.

— Estou brincando, — Ela me fitou. —, mas por você faço coisas que chego a não acreditar.

— O que, por exemplo? — Ela cravou os olhos sérios em mim.

Eu segurei seu olhar e fiquei na dúvida o que responder. Na minha cabeça veio: ficar sem transar todo esse tempo. Lembrei a mensagem da Bri.

— Você quer em ordem alfabética ou cronológica? — Tirei um sorriso dela, acho que ganhei mais um ponto.

— Você é sempre engraçadinho assim?

— Um privilégio para você. Tento ser quando quero ver um lindo sorriso seu. — Cheguei perto dela e lhe dei um cheiro no pescoço. – Hum...

— Vai para lá... Estou suada...

— Adoro seu cheiro de qualquer jeito.

Ganhei mais um sorriso.

Chegaram os petiscos. Nem sabia o que eles tinham pedido. Mais cedo eu bebia cerveja com os rapazes, na verdade, ela esquentou sem eu tomar. A comida era uma tábua de carne com mandioca, batatas fritas e pães. O cheiro estava ótimo.

— Bem, você ajuda eu fazer minha mudança? – perguntou o Filé – Pouca coisa.

— Claro! Frete baratinho – falei rindo com a boca cheia.

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