Capítulo 13- Eu vou te contar

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Daniel

Coloco uma música e vejo Alberto se ajeitando em minha cama. Ele tem um jeito descontraído de ser e pelo jeito está cansado.

Me levanto quando ele chama e me sento olhando para a janela, não consigo encara-lo, se eu o encarar deitado como ele está, não sei o que posso fazer.

_Daniel

Ouço ele me chamando e me viro. Ao olhar, Alberto está com os olhos fechado. Ele adormeceu. Quero acorda-lo, mas ele está recebendo alguma luz do sol que entra da janela e isso o faz ficar tão fofo.

Quero poder contar a verdade para Alberto, como fiz com o Arthur e depois poder ser eu mesmo com mais uma pessoa. Porém, e se acabar como acabou com ele? Mas, ao olhar para Alberto, sei que ao me abrir eu vou precisar falar tudo e não sei o que vai acontecer.

Me aproximo devagar dele, e encosto meus dedos em seu braço. Alberto é tão forte.

De repente ouço Alberto gemendo e me afasto dele. Quero saber qual é o sonho que ele está tendo ou se é um pesadelo.

_Alberto..

Chamo baixo, quero acorda-lo, mas também não quero. Olho para baixo e percebo que deve ser um sonho daqueles pois, ele está animado.

Imagino que meu rosto está corado, e o chamo mais alto.

_ALBERTO, acorda.

Alberto levanta e me olha e me pergunta.

_Eu adormeci?

_ Um pouco. Você chamou meu nome e depois apagou.

_ Seu sonho foi bom né?

_ Por que a pergunta? Eu disse algo?

_ Não, é apenas que você gemeu durante o sonho e bem.

Termino de dizer e olho para a sua calça, Alberto segue a direção da minha cabeça.

_ Ah.

Ele só diz uma palavra e para por um instante e depois continua.

_ Ah, tem coisas que não dá pra controlar quando está dormindo.

Estou curioso, principalmente saber quem pode ser que ele sonhou, e pergunto.

_ Sim. Bem, sorte da menina que você sonhou.

Termino de perguntar e espero a resposta. Algo em mim quer que ele diga que não tem menina nenhuma.

_ Quem disse que é alguma menina? A verdade a pessoa do sonho, era você.

Não consigo acreditar no que ele fala, não pode ser verdade.

Me aproximo dele, ele ainda está meio deitado. Eu me aproximo e meus dedos tocam em seu braço. Ele continua me olhando, movo meus dedos por seu peito e Alberto não me impede, ele apenas me olha.

Eu paro e me deito em seu peito, Alberto desce suas mãos e me envolve em um tipo de abraço.

_ Meu nerd...

Suspiro e decido contar tudo.

_ Alberto, eu tenho que te contar algo.

_ O motivo de você ter parado o que quer fazer?

_ Como você sabe que eu queria?

_ Eu senti seu toque quando encostou em meu peito. Eu notei sua respiração e não era de quem não queria.

_ Ok. Vamos conversar, mas espera. Deixa eu ficar aqui encostado em seu peito.

_ O que você pedi, meu nerd...

E assim, eu abraço o meu aventureiro.

Livro I - O Nerd e o AventureiroOnde histórias criam vida. Descubra agora