Capítulo 17- Ele mudou meus dias

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Daniel

_ Vamos subir logo, Daniel. É o tempo de você deixar suas coisas lá no meu quarto que vamos sair.

_ Para onde vamos?

_ Já disse, você vai se surpreender e aos poucos vai entender.

_ Ok.

Subimos e deixo as coisas no quarto dele.

_Pronto. Vamos.

Alberto sorrir e quer saber se não vou me trocar.

_ Claro que não. Trouxe um jeans só, e não sei onde vamos.

_ Pode colocar, você não vai se sujar não. Mas vai com essa blusa da escola?

_ Bom, que que tem? Você não disse nada e tava apressado para sair.

Daniel se vira, e abre seu guarda-roupa. Eu tento olhar e vejo que está tudo organizado.

_ Toma.

Ele me joga uma blusa preta de manga longa que combina direito com a calça escura que eu trouxe.

_ Ela vai servir?

A pergunta não é atoa, Alberto tem um corpo mais modelado que o meu. Seu físico acaba sendo mais forte que o meu.

_ Vai sim, qualquer coisa eu aperto ela antes de sairmos.

_ Ué, você costura?

_ Ah, nada demais. Experimenta aí , deixa eu vê como fica e quando você toma banho eu acerto ela para você.

Retiro a minha blusa e fico quieto, ainda tem algumas marcas do dia anterior e aquilo me incomoda demais.

Coloco a blusa de Alberto e ela fica certinha no meu corpo. Até me assusto.

_ Eu disse que ia ficar boa. Eu já fui igual a você fisicamente.

_ Você tinha quantos anos?

_ Isso não vem ao caso.

Retiro a blusa e ele fala para eu ir tomar um banho, que ele vai fazendo um lanche para gente.

_ Onde vamos?

_ Só toma um banho rápido e se arruma. Relaxa.

Tomo meu banho e quando vou sair me dou conta que esqueci de trazer uma toalha na mochila. Chego na porta e chamo o nome de Alberto.

Ele logo aparece no corredor.

_ Oi?

_ Então, você pode me emprestar uma toalha. Não trouxe.

_Ah meu nerd, isso porque você sempre planeja tudo.

_ Alguém me apressou, você lembra?

Alberto volta para o quarto rindo e volta com uma toalha na mão. Eu abro um pouco a porta do banheiro e pego a toalha.

_ Obrigado.

Me arrumo lá dentro, o espaço não é grande, mas me trocar na frente de Alberto não é algo que queira.

Assim que me arrumo, saio e quando chego no quarto vejo uma bandeja com dois sanduíches quentes e dois copos de suco.

_ Come aí, enquanto me arrumo.

Alberto sai e vai tomar um banho e eu fico sentado. É engraçado que em dois dias minha vida mudou de um garoto solitário para um garoto que está arrumado, para ir a um lugar que não tenho ideia com um menino que eu beijei e que conheci há menos de dois dias.

Nunca pensei que minha vida pudesse mudar. Me levanto e vou até o espelho do quarto dele, e vejo uma touca cinza jogada e a pego e coloco em minha cabeça.

A blusa, a touca, o perfume que vem daquelas peças me faz sentir Alberto mais próximos. Abraço me a mim mesmo e assim eu fico.

_ Eu acho que dessa forma você fica mais fofo ainda.

Meu olhar vê o reflexo de Alberto, ele está de toalha amarrada e sem camisa e sorrindo ao vê minha expressão.

Alberto tem algumas marcas de arranhões e umas manchas em seu peito.

_ Vai se arrumar, não era você que estava com pressa.

_ Prefiro me arrumar aqui, o que você acha.

Me viro e vejo o rosto dele, e corro até ele. Ele me segura, e eu o beijo sem parar. Passo as mãos em suas costas e ele me segura mais firme. E assim ficamos. Os beijos intensificando e eu não querendo parar.

_ Filho, hoje vim mais cedo.

Paramos de nos beijar quando ouvimos uma voz abrindo a porta do apartamento. Fico vermelho e Alberto ainda ofegante está rindo.

_ É minha mãe. Relaxa.

_ Como assim? Ela vai vim aqui e você tá nu.

Sussurro em seu ouvido.

_ Estou?

Ele abre a toalha e está de cueca, claramente a cueca está com um volume, mas, Alberto não se incomoda.

_ Mãe, estou com um amigo. Daqui a pouco vamos sair.

Alberto grita como se nada tivesse acontecendo. Ele levanta da cama e veste uma calça no guarda roupa.

Assim que ele a veste sua mãe aparece. Ela chega na porta e sorrir me cumprimentando.

_ Você deve ser o novo amigo do meu filho.

_ Sim.

_ Prazer.

_ Filho, hoje meu turno mudou, então vou trabalhar de madrugada.

_ Sem problema mãe. Ah, o meu nerd vai dormir aqui.

_ Sem problemas.

A mãe de Alberto sai sorrindo. E ele vem até mim e me dá um selinho.

_ Relaxa, a minha sabe de mim.

Eu sorrio e vejo que tem alguém que é ele mesmo e que a mãe o ama.

Livro I - O Nerd e o AventureiroOnde histórias criam vida. Descubra agora