Lies, Secrets And Mischiefs • Loki •

Capítulo 2

Conheci Loki anos atrás em Nova Iorque. Quando ele atacou a cidade. Eu o vi de perto, bem perto.

Eu estava em uma viagem de férias com minhas amigas e minha irmã. Quando as coisas começaram a desandar fiz as três voltarem para casa e grudei em meu pai, o deixando um tanto incomodado, mas logo ele não tinha o que fazer já que Fury disse que eu poderia ser útil. Algo que ele errou, mas enfim, voltemos ao foco.

Por um tempo Loki esteve ocupado demais, pensando na destruição da nossa raça pra perceber minha humilde, mas nem tão humilde, presença no meio dos vingadores que faziam de tudo para me manter longe. Principalmente depois que eu tentei entrar onde o deus tinha sido preso. Tony ficou tão furioso que jurei que ele me amarraria até as coisas se acalmarem, mas Thor e Nat interviram por mim. Nat, a traidora, sugeriu que meu pai me mandasse de volta para casa, mas quem disse que conseguiram me fazer arredar o pé de lá? Eu tinha motivos o bastante para me fazerem ficar. E um desses motivos era loiro, alto, divinamente gostoso, e babaca pra caramba. Não que eu soubesse disso na época, mas é a vida. Vivendo e se ferrando, esse é o meu lema.

Depois de algumas tentativas falhas consegui ficar cara a cara e conversar com o trapaceiro. Duas vezes para ser mais específica, uma quando fiz besteira e outra quando fiz uma besteira maior ainda. Ele já tinha sido preso e apenas aguardava pra ir para a prisão de Asgard. Eu estava furiosa naquele dia e dei, a troco de nada, a minha palavra de que se um dia ele conseguisse sair da prisão, podia contar com minha ajuda para o que fosse, principalmente, se fosse para chutar a bunda do Thor. Ele pareceu surpreso e um tanto intrigado, mas não pareceu dar muito valor a minha promessa, no entanto, ali estava ele, a cobrando. O que provavelmente me fazia a pessoa mais burra e azarada da Terra.

Aproveito sua quietude e o avalio de cima abaixo, percebendo que ele usa um terno ao invés de sua roupa asgardiana estranha. Provavelmente ele não queria chamar atenção e se não queria chamar atenção não queria causar desgraça, o que já me deixa mais aliviada. Pois na minha cidade ninguém tocará.

-Como me encontrou?-solto, depois do breve silêncio em que ele me encarava em desgosto. Minha fala o faz acordar. Ele solta meu braço finalmente e se afasta, alinhando seu paletó.

-Eu tenho meus meios. E isso não importa, você vai cumprir sua promessa ou vou ter de te obrigar?-ele diz em tom de ameaça. Dá até vontade de rir na cara dele. Mas me contendo em sorrir debochada.

-Olha pra minha cara de quem é obrigada a algo e principalmente por alguém como você. Sinceramente, você não é de nada, querido.-desdenho.

-Então isso é um não?-seus olhos se estreitam para mim e sorrio cinicamente.

-Não, isso é um vai se ferrar.-falo e em seguida suspiro. Seu olhar continua firme em mim.-Eu não descumpro as drogas das minhas promessas, mas não te ajudarei com nenhum assassinato em massa.

-Eu não achei que você ajudaria. E não é disso que preciso.

-E o que seria, meu doce?-pergunto provocativamente. Sua cara mal humorada se intensifica.

Não era difícil notar que ele não gostava desses tratamentos carinhosos. E é claro que eu usaria isso contra ele.

-Preciso me esconder por um tempo. Até Thor se cansar de me procurar ao menos.

-Você, Loki, um deus tão poderoso não pode se esconder sozinho?

-Não venha com deboche. E eu tentei, mas chamo atenção demais a qualquer lugar que vou e ter que matar quem me reconhece pode acabar chamando muito a atenção até de um idiota como o Thor.

-E você escolheu o pior lugar para vir se esconder, a Terra, quero dizer.

-Não seria muito diferente em outro lugar. Costumo causar esse temor nas pessoa. Mesmo sem saberem quem sou.