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Camila

Sexta feira 21/07/2014

Acordo um pouco mais cedo para preparar a merenda. Logo os tios levantam e sentam a mesa. Quando terminam vão se arrumar para saírem. A tia volta do quarto com uma Taylor chorona.

- Eu não quero ir pra casa. Me abraça. - Por que não passamos mais tempo aqui? Retribuo o gesto carinhoso.

- Tay é igual quando vamos pra casa da mãe de seu pai, só que vai demorar um pouco a voltarmos aqui. Tia tenta explica-la. - Agora vamos tomar banho e comer tá bom.

  Ela nega apertando mais seus braços em minha cintura, pedindo para que eu não deixe leva-lá. Já estava segurando o choro desde quando acordei, agora vendo minha prima assim foi impossível. Lauren levantou-se por conta própria e por incrível que pareça de bom humor, mas o tão sonhado dia de voltar pra casa que ela tanto almejou chegou, então tá  explicado.

  Com muito esforço consegui fazer Tay Tay se arrumar e comer. Lauren depois de ajudar a colocar as malas no carro ficou por lá mesmo, sem se despedir de ninguém. Estamos todos reunidos para nos despedimos, a tia abraçou forte papai e mamãe falando o quanto os ama, pedindo desculpas pela demora em vim aqui e prometendo  voltar o mais cedo possível. O ti os agradeceu mais uma vez por ter tido nossa tia e pela a receptividade que tiveram, pediu desculpa por alguma coisa que tenha os chateados e etc.

   Taylor deu em cada um abraços fortes, beijos e os deixou cientes de quanto os amam. - Obrigado por tudo filha. Tia abre os braços e me aconchego neles. - Você é maravilhosa e sua mãe está de parabéns pela sua criação, fiquei até com um pouquinho de inveja. Brinca nos fazendo rir. - Qualquer dia nos visite. assinto.

- Não foi nada tia. Pode deixar que visitarei sim e a senhora é uma grande mãe, não precisar invejar ninguém.

  - Tchau Mila. Ti Mike diz me dando um abraço de urso. - Desculpe ai o trabalho que demos e foi um prazer te conhecer. Se Cris não tivesse arranjado faria casar contigo. Ruborizo com a última frase, fazendo meu tio gargalhar.

  - Vou sentir muito a sua falta Kaki. Taylor me abraça ainda chorando. - Vou te contar um segredo e promete uma coisa. Me abaixo, assinto e ela fala em meu ouvido. - Eu queria que você fosse minha irmã e promete que não vai me esquecer? que vamos conversar pelo telefone?

  Sorrio pela insegurança da pequena. - Obrigada Tay Tay, me sinto lisonjeada e eu prometo de dedinho que nunca vou te esquecer. Cruzamos nossos dedos firmando a promessa, abraço ela forte e deixo um beijo casto em sua testa.

  Eles despedem de mãe Sinu, pai Alejandro e Sofi. Minha irmã deu a nossa prima um ursinho que ela gostou muito, pai deu ao ti dois litros de Ypioca um da branca e outro da amarela. Mãe deu a tia um conjunto de guardanapos e um bolo feito para eles levarem na viagem. Entraram no carro, Taylor abaixou o vidro dando tchau junto com os tios, Lauren se manteu vidrada em seu celular. O ti saiu dando uma buzinada de despedida e partiram rumo ao destino deles, que Deus os abençoe e guie.

  Passamos um tempo conversando sobre eles e depois voltamos a vida normal. Eu e mãe arrumar a casa, Sofi foi se deitar novamente, mamãe cuidar de sua coisas e papai, pai cuidar dos seus assuntos.

  Terminei de preparar o almoço e fui tomar banho. Entrei em meu quarto me deparando com a cama bagunçada e o ventilador ligado, consequências do furacão chamado Lauren ou se prefererirem a folgada. Se mamãe souber que o ventilador passou deste tanto de tempo ligado é escado morrer e passar muito tempo reclamando por isso.

Lauren

Sexta-Feira 21/07/2014

Eu nunca tinha ansiado acordar cedo como hoje, progamei até meu despertador.  Levantei e sai do quarto encontrando as pessoas com cara de enterro, chorando e eu de boa. Tomei banho, merendei, peguei as malas para guardar no carro e fiquei por lá mesmo. Até o povo deixar de melação, como se fosse a última vez que vão se ver, se bem que pela idade dos velhos é bem capaz.

  Enfim quando entraram no carro Taylor ainda abaixou o vidro mostrando Camila com os olhos inchados de chorar, mas com aquele sorriso de sempre. Ela acenou pra minha irmã que respondeu o gesto, pai deu partida buzinando em despedida. Me fazendo agradecer a todos os santos da crença desse povo.

- Aqui só consegue algo quem quer ser alguma coisa na vida né!? Pai comenta concentrado na estrada.

- É e tem gente que tem tudo pra ter um futuro melhor, ter formação e não dá valor. Peguei a indireta no ar. - Camila poderia ter desistido com tamanha dificuldade, mas não tá aí alcançando seus idéias.

  Aumentei o volume do meu headphone para não ouvir a bajulação com minha prima batalhadora, inteligente e que vivi a vida como se fosse mil maravilhas. Sem falar que é gostosa pra caralho, pena que mora nesse inferno. Saio de meu monólogo com o toque de minha irmã.

- Deixa eu deitar em seu colo? Pede esfregando os olhos com uma mão e a outra segura um urso que Sofi a deu.

- Peça a Kaki, ela não é  demais? Talvez consiga te dar colo daquele inferno.

   Ponho meus fones que tinha tirado para escuta-lá, impedindo de escutar a briga que minha mãe iniciou pela forma que tratei minha irmã. Como na ida nós alternamos na direção, chegamos em Fortaleza por volta das 15:00 pm. Pai nos deixou primeiro no aeroporto para ir devolver o carro.  Enquanto ele não chegava fizemos nosso Check-in e despachamos as malas.

- Eu e Tay Tay vamos no banheiro, depois comer algo. Mãe fala analisando sua roupa. - Meu celular vai ficar na bolsa e seu pai pode ligar pra saber onde estamos. Assenti sabendo onde ela iria chegar. - Quer alguma coisa? Apesar das brigas mãe nunca deixou de ser atenciosa.

- Hamburguer, Batatinha frita e refri. Ela assentiu e saiu com minha irmã.

  Com um tempo pai liga, perguntando onde estamos e por que minha mãe não atendeu o celular dela. Lhe explico o motivo, ele vai até elas antes  de voltar pra o lugar que estamos. Nosso vôo só é as 17:26, então fico aproveitando o WiFi grátis e olhando as lojas. Faltando meia hora para a decolagem embarcamos, minha cadeira mais a de mãe é na mesma fileira, sendo que a minha é da janela e a dela a do meio.

[...]

Sou despertada por minha mãe avisando que vamos pousar. Coloco meu cinto e volto a poltrona pra posição inicial. O piloto avisa que pousaremos com chuva e a temperatura é de 24 graus, com sensação de 19. Devia ter visto a previsão para São Paulo por que regata e um short jeans no meio das coxas cai bem para o calor do nordeste, mas pro frio da selva de pedra não.

  Pegamos a bagagem e encontramos com Cris que nos esperava, cumprimentou todos carinhoso e a mim só um aceno e me entregou uma blusa de moleton. Ele e pai guardaram as malas no carro e fomos um de cada vez para o mesmo para não nos molharmos, por ter só um guarda chuva. No caminho pra casa começaram a contar como foi a viagem, como se meu irmão não tivesse por dentro de tudo.

- Papai disse que ia casar você com a Mila! Taylor fala ficando em pé desengonçada, atrás do banco de Cris que dirige. Como assim casa-los? Quando foi isso?

- Pensei que vocês amavam a Gabi? Ele fala sem acreditar.

- E nos amamos filho! Eu disse que se você não fosse compromissado. Pai frisou a última frase olhando para minha irmã. - Casaria você com a Mila.

  Chegamos em casa quase meia noite, se não fosse a chuva sairia. Se joguei na cama e por incrível que pareça não senti tanta falta dela. Depois tomei um banho quente e vesti roupas adequadas ao clima. Pluguei meu celular na tomada para carregar e disquei o número tão conhecido por mim.

- Oi. Me atende com a voz rouca, será que ela estava dormindo?

- Nossa que animação pensei que seria recebida com festa e fogos. Debocho. - Cheguei faz pouco tempo e por que está dormindo agora, está doente? ouço movimento atrás da linha.

-  Dormindo eu? arqueio o senho com sua pergunta um tanto suspeita, então o que ela está fazendo? - Ah sim dormindo eu...anh trabalhei muito hoje, acordei ariada com sua ligação. Ela esta mentindo. - Que bom que chegou estou morrendo de saudade Laur.

- Amanhã mato direitinho essa saudade. Falo maliciosa. - E a idiota da Iglesias, parou de pagar de cu doce e voltou ao normal?

- Não tenho notícia delas esses último dois dias. respondeu e ouço ela bocejar.

- Vou deixar você dormir, pois te quero bem descansada amanhã. Ela me responde com um "tchau" fraco e desliga.

  Assisto um pouco de TV, até pegar no sono.

Mundos Diferentes. (Lauren G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora