Mundos Diferentes. (Lauren G!P)

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Lauren Pov

A alguns meses minha vida voltou ao normal, ou seja, eu em São Paulo, Camila e Theo no Ceará. Os últimos dias que passamos juntos  foram difíceis pra mim e consequentemente para quem me cercava. Comecei a pensar em como seria com eles longe novamente em vez de aproveitar o pouco tempo que tínhamos. Fiquei chateada, buscando ficar só, falava pouco, me privando de passar aquele pouco tempo tão precioso. Camz tão atenciosa como é tentou conversar, mas eu explodi. Gritei com ela, apontei o dedo na sua cara, com muita persistência da sua parte contei o que estava sentindo e no final, depois deu ter sido uma completa idiota, ela me abraçou me consolando, pedindo um pouco mais de paciência, que toda essa situação não era fácil pra ninguém. Doeu ver meu filho ter que ir embora, ele chorando me querendo. Minha morena de olhos inchados de tanto chorar desde o dia anterior. Quase não os liberava do abraço para entrarem no avião na última chamada. Minha relação com a nordestina tomou novos rumos após a visita a casa do casal Vercy. Ainda acuada chamava Camila de amor até que isso se tornou normal no dia a dia. Não tem nada mais lindo do que o brilho em seu olhar, quando a chamo assim e nosso filho repetindo? É a coisa mais fofa. Nossa vida sexual também deu um grande passe, quando Camila me fez um boquete num 69, depois eu a peguei de quatro. Eu via o desejo em seu olhar de ousar mais, mas também via insegurança. Acho que ela precisava de um nível de confiança em nosso relacionamento e o atingimos.
Ir em nosso apartamento sem aquela bela morena  me esperando com um sorriso lindo, toda carinhosa, meu filho me chamando, correndo pro meus braços, brinquedos espalhados, sem a gargalhada gostosa deles já não é a mesma coisa. Mãe chorou muito e isso aumentava, quando me via e lembrava mais do seu neto.
...

- Boa noite. Cumprimentei o casal a minha frente. Estava com as mãos no bolso do moletom por causa do frio e nervosismo.

- Boa Laur. Lucy respondeu. – Já estava achando que não viria. Disse sorrindo fraco.

- Foi o trânsito. Me justifiquei. – Veronica! Disse para a morena que observava nossa interação calada.

- Lauren. Vai sentar e tomar uma ou vai ficar em pé virando estátua no frio? Iglesias disse tentando não soar tão brincalhona. Sentei em frente à elas. Caiu um silêncio incomodo entre nós.

- Como está Camila e Theo? Vives perguntou.

- Bem, obrigado. Ela sempre pergunta por vocês.

- Diga que mandamos  lembranças. Iglesias disse. Assenti com a cabeça.

- Ela não queria que eu viesse, quando falei que iria sair com amigos. Comentei.

- Pelo que te conheço você não  falou quem era os “amigos”. Pelo que sei ela tem razão de não querer que fosse sair com esses amigos. Sorri fraco pra Lucy.

- É o que passamos por sermos comprometidas Jauregui. Vero disse levantando o copo, depois tomando um gole. Novamente silêncio. Ficamos olhando umas pra outras, alguém precisava tomar atitude e entrar no assunto que nos trouxe ali.

- Por que estamos aqui Lauren? Lucy perguntou se remexendo desconfortável na cadeira. – Acho que sua intenção não era sair no gelo e ficar olhando pra nós. Engoli seco.

- Eu...pensei bastante...sobre minhas atitudes...com algumas pessoas. Falei procurando  encontrar palavras e as certas. – Camila também me aconselhou muito sobre isso. Principalmente vocês. Sorri ao mencioná-la. – Talvezeuqueirao quetínhamosantes. Falei a última frase rápido, sem olhá-las.

- Voltar o que era antes é impossível Lauren. Vives falou incisiva. Não esperava negação da sua parte. – Por que agora? Depois de tanto tempo, depois de tanto que insisti pra isso acontecer. Sua voz tinha mágoa e indignação.

- Por que me manter na sua vida depois de tudo e me tirar agora? Perguntei. Se existe uma pessoa péssima em reconciliação essa sou eu.

- Você é uma egoísta Lauren. Por mais que mudou, ainda...