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Camila pov

  Estava na Policlínica marcando meu exame, pois se fosse esperar pelo sistema do SUS teria que ser deitada pra não cansar. Deixei marcado pra tarde, passando em seguida no banco para sacar o dinheiro da consulta particular. Já em casa, mandei uma mensagem pra  Dinah avisando que hora era o exame, ela disse que me acompanharia. A baixinha também queria ir, mas não dará pra sair do trabalho.

[...]

  Uma da tarde passei no trabalho da loira para irmos a policlínica. Chegando lá falei com atendente e ela pediu pra esperar um pouco. Com cinco minutos me chamou e nos emcaminhou a sala do Doutor.

- Boa tarde. Doutor João nos cumprimentou com um aperto de mãos.

- Boa tarde. Eu e Dinah respondemos em unissom, depois sentamos nas cadeiras. Ele perguntou qual era o motivo da ultrassom, mesmo olhando a ficha.  – Na verdade o médico não me disse. O doutor arqueou a sobrancelha. –  Pediu alguns exames, então resolvi  fazer esse particular.

- Você tem algo em mente? Assenti a sua pergunta. – Esses médicos públicos. Murmurou baixo.

  Nós mudamos de sala, ele pediu pra me deitar na maca e levantar a blusa. Passou um gel na minha barriga e começou a passar  o aparelho nela. Eu e minha amiga tentávamos entender o que tinha no monitor de mãos dadas como se fossemos um casal e antes mesmo do doutor falar eu estava de olhos marejados.

- Vejamos o que temos aqui. Doutor João falou olhando o monitor. - Por que tá chorando mulher? Perguntou ao me olhar e eu neguei. – Bom temos algo aqui...

...

- Você vai ficar bem sozinha? Dinah pergunta quando chegamos em casa. Ela precisa voltar para o trabalho.
- Vou. Respondi com um pequeno sorriso.
 
  A loira assentiu e saiu voltando para o emprego em minha moto. Fechei a porta da frente de casa e fui me deitar. Deixei um braço em cima dos olhos e o outro em minha barriga. Me lembrando de tudo o que o médico falou. Meu olhos marejaram e uma lágrima solitária desceu. Acabei pegando no sono.

...

  Acordei com algum movimento no quarto, mas quando abri os olhos não vi ninguém. Me levantei e sai do cômodo, encontrei Ally na cozinha.

- Oi! E aí como foi a consulta? Perguntou de braços cruzados receosa.

- Eu sinto muito, eu sinto tanto. Mas terá que esperar até o nego chegar. As expressões da baixinha mudaram conforme eu ia falando. O que foi até cômico.
 
Ficamos lá conversando, ela tentando arrancar alguma pista de mim. Com algum tempo Dinah chegou e pouco depois Flávio. Agora estamos os quatro na sala, eu e Dinah no sofá, Ally andando de um lado pro outro na nossa frente e nosso amigo parado.

- Pelo amor de Deus amado Karla. O que foi que deu naquele exame? Você está doente? A baixinha perguntou preocupada.
 
Neguei com os olhos cheios de lágrimas. – Eu-eu...vocês vão ser tios. Sussurrei a última parte. Eu estava explodindo de alegria, nem sei como explicar o sentimento que estou sentindo.
 
  Meus amigos gritaram de alegria e nos abraçamos em comemoração. Sem se tocar todos estavam chorando. Faltamos na faculdade, o curso e fomos comemorar com pão carioca, mussarela, presunto, refrigerante para meus amigos e suco pra mim. Já não gostei dos cuidados deles, qual é!? estou grávida e começaram me negando comida! Eles começaram a fazer planos para o bebê, pelo visto dependendo deles será muito amado e mimado.

[...]

- Como você acha que seus pais vão reagir mila? Flávio perguntou massageando meus pés. Dinah parou de assistir para prestar atenção na conversa e Ally escorou na parede do corredor, esperando minha resposta.

Mundos Diferentes. (Lauren G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora