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Lauren Pov

Depois de conversar com Camila fiquei do lado de fora. Escorei no parapeito olhando o tempo onde o céu estava escuro cheio de nuvens carregadas, relâmpagos clareava ao longe e pequenas trovoadas soavam. Meu pai me contou que quando o intervalo de um trovão pra outro é menor a chuva está chegando e quando é maior ela está indo embora. Ele usava isso para acalmar meu medo das chuvas com raios e trovões exagerados que caem em São Paulo.

Escutei o rangido da cadeira, olhei pra trás encontrando minha mãe. Lucy apareceu na porta caminhando até a mim e me abraçou cheirando o pescoço. Me virei abraçando ela pela cintura e a mesma levou os braços ao redor do meu pescoço. Camila apareceu na porta com o nenem, seu sorriso ia de orelha a orelha, mas vacilou quando viu como eu e minha amiga estava, voltou pra dentro negando com a cabeça. Estava um brisa fria e por volta das 20 horas o frio aumentou. Tivemos que usar roupas de frio dos nossos parentes, pois vinhemos desprevenidas. Peguei um blusão cinza de Camila que cheira o perfume dela misturado com amaciantes.

- Cadê Taylor? mãe perguntou saído dentro de casa.

- "Tá" dormindo. Tia respondeu. " nois" também já vamos. "Bora" Sofi. Boa noite. Chamou minha prima.

- Eita amanhã o açude amanhece sangrando, né Kaki? a menor falou e a irmã assentiu.

- Deus quiser amanhã tomamos banho nele. Camz respondeu alegre levando um beijo da irmã.

- Boa noite! Sofi desejou acompanhando sua mãe.

- Boa noite. Desejamos em coro.

- Vou me deitar também, esquentar meu nego. O tempo "tá" ótimo pra dormir. Minha prima informou. - Boa noite! Vocês fecham a porta, quando entrar? Assentimos e elas saiu escutando nossa boa noite.

Mãe foi em seguida e Lucy atrás. Era uma 22:00 e começou um sereno forte com vento, então tive que entrar para não me molhar. Deitei em baixo dos panos e Lucy se aconchegou em meu corpo.

- Na época que você veio não fez frio assim. Exclamou. Pelo que me lembro disse que parecia um estágio para ir para o inferno. Completou.

- Tio Alejo disse que naquele tempo estava passando por uma seca e também era verão. Agora é inverno. Expliquei.

- Acha que esse buraco enche só com uma chuva? Lucy questionou referindo-se ao açude.

- Não sei lhe dizer, mas as meninas são acostumadas com tudo aqui, então, dever haver uma probalidade boa. Falei minha opinião.

Os raios iluminava o quarto seguido de grandes trovões, que eram acompanhados pelo som da ventania e da chuva. Dormimos, em meio a sinfonia da natureza. Acordei pelas cinco da manhã, minha amiga dormia ainda. Me levantei pra saber por que o converseiro aquela hora.

- Por que estão acordados essa hora? perguntei levando a mão a cima dos olhos por causa da claridade da luz. Até tia Sinu e Sofia estão aqui nessa hora, mesmo chovendo.

- Escuta? minha prima mais nova falou animada um pouco alto.

- Fala baixo Sofia tem pessoas dormindo. Tia reclamou.

- Escutou? perguntou contida e eu neguei. só escutava a chuva. - presta atenção que você consegue ouvir o ronco das grotas derramando água no açude. Quem cochichava calou-se e eu me concentrei em identicar um som diferente. Com um tempo minha audição acostumou-se com um som que não tinha conhecimento. - E aí? Sofi perguntou curiosa.

Mundos Diferentes. (Lauren G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora