Capítulo 23 - Manuela

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     A trilha, apesar de cansativa havia sido incrível e depois de passarmos longos minutos no alto da montanha, admirando a vista, fizemos todo o percurso de volta, parando na cachoeira por alguns instantes para descansarmos.

     No caminho para casa, Lorenzo parou em uma lanchonete para que pudéssemos tomar um café da manhã e apesar da minha aparência estar horrível, cabelos desgrenhados e a roupa coberta por terra e ensopada de suor, nem me importei, tudo o que eu queria era poder saborear meu misto quente e meu suco de laranja:

     ― Céus, eu não aguentava mais esses tênis! –Disse aliviada, sentada no sofá do apartamento de Lorenzo, arrancando o calçado dos meus pés.

     ― Você me surpreendeu, não achei que fosse conseguir completar a trilha. –Ele se aproximou, se sentando ao meu lado, tirando seus nikes- A maioria das pessoas desiste logo nos primeiros quinze minutos.

     ― Viu como estava errado? Eu sou mais forte do que pareço.

     ― Claro que é, consegui reparar nisso principalmente nas escaladas e em todas as outras partes que exigiam mais força –Ele se recostou no sofá, me olhando com um sorriso largo no rosto.

     ― Você adora me provocar não é? -Disse irritada.

     Ele se aprumou, me encarando profundamente:

     ― Gosto, mas só porque você não faz ideia do quanto fica sexy quando está com raiva.

     Seus olhos cor de mel ainda me fitavam excitados, quando ele tocou meu rosto com sua mão direita e depois se inclinou, alcançando meus lábios.

     Seus beijos eram lentos e envolventes e aos poucos, fui sentindo toda a inquietação deixar meu corpo, levei minhas mãos para seu rosto, sentindo o espetar de sua barba por fazer por entre meus dedos.

     Com uma habilidade incrível, Lorenzo me puxou para seu colo e sem interromper nosso beijo, ele colocou minhas pernas ao redor da sua cintura e se levantou, me levando para o banheiro do seu quarto, deixando que a água do chuveiro caísse sobre nós enquanto seu corpo me prensava contra box e ensopava nossas roupas:

     ― Eu quero você, Manu. –Ele murmurou no meu ouvido, me fazendo sentir calafrios.

     E nem precisava pedir, naquele momento, eu já era dele, única e exclusivamente dele.

     Nós despimos em meio a beijos e depois de Lorenzo apanhar um preservativo no armário, transamos embaixo do chuveiro, com a água morna afagando nossos corpos, levando consigo qualquer pressa ou urgência.

     Depois de saciar nosso desejo, tomamos banho e apesar de Lorenzo se oferecer para ensaboar minhas costas, não rolou mais nada, nos secamos e depois de ele vestir sua calça de moletom e eu minha camisola, ele me pediu para que me deitasse com ele em sua cama.

     Ele me puxou para seu peito e durante longos minutos não dissemos nada, sabia que assim como eu, Lorenzo se sentia confuso e até mesmo temeroso com as sensações que eram despertadas quando estávamos juntos.

     Aos poucos sua respiração se tornou mais pesada e eu o observei dormir. Observei seu belo rosto, sua pele e seu corpo eram inegavelmente de uma pessoa saudável e eu tentei adivinhar que tipo de doença ele poderia ter que o atingia tanto a ponto de fazê-lo abrir mão de tudo.

     Uma lágrima rolou por meu rosto e eu senti um medo súbito de perde-lo, apesar de me garantir que não era nenhuma doença grave, fiquei preocupada, apesar do seu jeito complicado, eu gostava dele e a ideia de que algo ruim pudesse estar acontecendo com ele me abalou.

O que acontece em Vegas, nem sempre fica em VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora