Vida ou morte

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- Lynna, você precisa ir comigo ao hospital, eu preciso de você lá. - Ele diz, olhando diretamente nos meus olhos.

Como eu vou recusar aquilo? Eu nunca vi o Red chorando daquele jeito, eu estava sentindo a dor dele. Eu só não sei se a Debrah ia gostar muito de me ter ali, a minha presença ia piorar a situação.

- Eu n-não sei o que d-dizer... - Gaguejo.

Era muito difícil pra mim, decidir se vou eu fico, até porque eu não posso perder aula... Mas olhando pra aquela carinha dele, eu odeio vê-lo triste AAAAAAAAAAA eu vou!

- Vamos! - Pego a chave da minha moto na bolsa e vou com ele.

================================= 30 minutos depois ===========================

- Oi, eu tô procurando uma paciente, o nome dela é Debrah. - Castiel fala com a rcepcionista.

- Ah sim, ela está na sala 07, é logo ali. - A mulher aponta para uma sala perto dali.

Corremos até lá. Red abre a porta e nos deparamos com o... Dake?! O que diabos ele está fazendo ali? E segurando a mão da Debrah, todo amorzinho.

- Dake? O que você tá fazendo aqui?- Pergunto desconfiada e entrando no quarto com o Castiel.

- Er... Lynna, Castiel... A Debrah resolveu fazer um teste de DNA, eu implorei a ela, eu não consigo dormir pensando se esse filho é meu ou não. - Ele responde.

- Como assim "seu"? Você transou com ele, Debrah? Sua vadia! - Castiel fica alterado, ele se aproxima de Debrah, Dake o interrompe pondo a mão no seu ombro, Castiel furioso dá um murro na cara de Dake.

O s dois começam a brigar lá no quarto, Debrah fica desesperada, ela não pode fazer nada porque está cheia de cabos ligados a ela. Eu chamo a segurança, desesperada. Os guardas chegam e separam os dois. Meu Kami do céu...

- Qual é o problema de vocês? Querem que eu morra? - Debrah sendo dramática e fingindo que não gostou de ver dois machos brigando por ela. Cachorra.

- Você é uma vagabunda, sai por aí dando pra todo mundo, esse filho pode ser de qualquer idiota dessa cidade. Nunca mais olha na minha cara, tá tudo acabado! - Castiel diz alterado e sai do quarto.

Ele falou tudo que eu sempre quis falar, mas quando eu vi como a Debrah ficou depois de ouvir aquilo... Senti pena. Ela merecia escutar aquilo porque era a verdade, mas a realidade dela é muito dura, as vezes precisamos controlar nossa língua para não magoar os outros, mesmo que esses "outros" mereçam.

- Eu sinto muito, Debrah... - Falo, nem sei porque falei aquilo.

- Tudo bem, não é culpa sua... - Ela fala, percebi que ela tentou segurar as lágrimas, mas era inevitável.

Ela não me xingou? Uau! Dake estava sentado na poltrona, de cabeça baixa, pensativo.

- Preciso falar contigo... Lá fora. - Dou um tapinha para despertá-lo e ele me acompanha até fora do quarto.

Antes dele perguntar algo vou logo dando murros nele, não tão forte.

- Ai! O que foi? - Ele pergunta, se protegendo dos murros.

- Você é louco? O Castiel não sabia que tem chance de você ser o pai, é claro que ele ia pirar. Você não pensa antes de falar não? - Respondo, parando de dar murros.

- Lynna, eu não me importo com o Castiel, eu só quero saber se esse filho é meu, apenas. - Ele diz.

Idiota, se esse filho for dele, como a Ambre vai ficar? Coitada.

- E a Ambre? Se esse filho for seu, você acha que ela vai querer continuar contigo? - Questiono.

- Não, não acho... Mas eu tenho que assumir a minha responsabilidade. Eu adoro a Ambre, ela é demais, uma garota incrível, a mais incrível que conheci, mas um filho... Eu não posso abrir mão disso. - Ele fala, de cabeça baixa.

Ai que droga, eu não quero que a Ambre fique triste por ele.

======================== Lado de fora do hospital =======================

- Red? Não sabia que você fumava. - Chego perto do Castiel.

Ele estava fumando, e isso me chocou muito.

- É a terceira vez na vida, a última vez foi ano passado, quando eu soube que você e o Nath... Você sabe. - Ele diz.

É, eu sei.

- Você acha que eu peguei pesado com a Debrah? - Ele pergunta e traga o cigarro.

- Sim... Mano, eu tenho todos os motivos pra odiar a Debrah, mas aquilo... Doeu até em mim. - Respondo.

Eu tô defendendo a nojenta, daqui a uns dias a gente tá brigando de novo, ou ela vai falar alguma merda sobre mim.

- Eu acho que exagerei... Mas poxa, Lynna, eu achei que ela tinha mudado, eu tô cansado dessa cachorrada dela, todo homem novo que aparece ela fica de olho, o que eu mais tenho é fama de corno naquela escola. - Ele fala, jogando o cigarro no chão e pisando. - Só de pensar que... Eu podia ter evitado tudo isso se estivesse com você... Me arrependo todos os dias. - Ele vai falando, enquanto chega mais perto de mim.

Não! Não vou ter uma recaída. Eu tô com o Dajan, não vou fazer nenhuma burrada. Por mais que eu esteja saudade do beijo do Red, um beijo muito bom, eu não vou trair o Dajan.

- Eu não... Muito obrigada, por ter me rejeitado, graças a isso eu conheci o Dajan, ele é incrível, diferente de todos os garotos que eu já conheci,em 1 semana ele me fez mais feliz do que você em um ano. - Respondo, me afastando e botando moral. Cabeça erguida.

- Fico feliz por você... - Ele diz, e dá meia volta para entrar no hospital.

Eu achei que tudo aquilo tinha acabado, até dei um suspiro quando ele se virou, até que ele para, e se volta pra mim.

- Lynna, o anel que eu dei a Debrah... Era pra você! - Ele fala e volta a andar até o hospital.

Eu sabia... Meus olhos enchem de lágrimas, não sei porque, me deu uma vontade enorme de chorar. Eu sabia, era meu... Era meu!

O Idiota Da Minha SalaOnde histórias criam vida. Descubra agora