A cara dele quando pegou o papel foi meio indecifrável, ele não expressou tristeza ou felicidade, ficou normal.
- E aí? Qual o resultado? - Pergunto ansiosa e pego o papel da mão dele.
Negativo... Ele realmente pode ser o pai do bebê da Debrah. Por que ele não parece feliz?
- Er... Fico feliz por você. - Falo.
Será que ele gostou do resultado? Continua sem reação.
- Obrigado. Pode voltar pra aula agora... Não fala sobre isso com a Debrah! - Ele toma o papel da minha mão, de um jeito bem bruto.
O que deu nesse cara? Por que ele está reagindo assim? Cansei de tentar entendê-lo, vou voltar pra aula mesmo.
- Obrigado por ter aberto o papel junto comigo... A gata da minha tia teve filhotes uns meses atrás, ela te chamou pra ir ver, você quer? - Ele questiona.
- Sim... Gosto muito da sua tia. Depois da escola eu passo lá. Você vai pra aula? A diretora disse que você não estava indo muito bem esse ano... - Digo.
- Eu tenho umas coisas pra resolver... Até mais tarde. - Ele põe as mãos no bolso e sai.
Ele está tão misterioso, deve estar aprontando algo... Dane-se! Tenho que focar em mim agora, tenho que esquecer o Castiel e focar no Dajan, não quero correr o risco de perdê-lo. Não vejo a hora dele me pedir em namoro... Pera aí, será que ele já acha que estamos namorando e por causa disso não vai me pedir? Ai meu Rá, não pode ser! Eu quero muito que ele me peça em namoro. Vou conversar com ele mais tarde, só não sei como tocar no assunto sem ser inconveniente.
============================ 2 horas depois ============================
- Oi, amor. - Dajan me cumprimente e me dá um selinho.
Nós estávamos no estacionamento, eu estava encostada na minha moto e ele a minha frente.
- Oi... Er, a gente precisa conversar. - Falo, meio sem graça.
Ele me olha com medo e meio assustado.
- Tá tudo bem, amor? - Ele pergunta, se aproximando e segurando minha cintura.
- Dajan, nós estamos namorando? - Fui bem direta.
- Por que está me perguntando isso agora? Aconteceu alguma coisa? - Ele questiona.
Ele não respondeu...
- Nada, deixa pra lá, preciso ir agora. Beijo. - Falo e monto na moto rapidamente.
- Espera, Lynna... - Ele tenta me impedir mas eu já tinha ligado a moto e acelerei.
Deixei o clima bem tenso entre a gente, o que não é bom porque ele mal chegou. Eu estava indo pra casa do Castiel, ver os filhotinhos.
=========================== porão da casa do Castiel =======================
- Ele é tão fofo, tão pequeno... Quando nasceu? - Pergunto, alisando o filhotinho.
- Faz pouco tempo, uns 2 meses... Obrigada por vir comigo nesse momento tão especial. - Castiel fala olhando pra mim e rindo.
Olho pra ele e dou uma risada.
(Gente, vocês lembram de um capítulo chamado "Prévia"? Então, era uma prévia desse capítulo aqui. KKKKKKK)
- Sério, minha tia é apaixonada pela gata dele, quando soube que estava grávida, foi uma festa aqui em casa kkkkkk. - Ele diz, tirando os olhos de mim e olhando para os gatinhos.
Tão pequenos, inocentes, fofinhos... Quem diria que depois de tanta merda eu estaria aqui no porão do Castiel, admirando gatinhos? Kkkkkkkkkk é tão irônico. Por mais que ele me faça raiva, eu sempre vou estar aqui, disposta pra o que ele precisar, uns chamam de maturidade, outros de ser trouxa... Eu chamo de amizade.
Recebo uma mensagem no meu celular, era do Dajan... Dizendo que me amava, e pedindo desculpas. Visualizo e não respondo, ainda tô meio encabulada.
======================== 3 horas depois ==================
- Passar a tarde aqui foi muito bom, agradece a sua tia por mim, o sanduíche tava muito bom. - Falo ao Castiel, enquanto subo na minha moto. Meu celular toca, número desconhecido. Atendo, e o Castiel entra em casa.
- Alô. - Falo.
- Alô, Lynna? Aqui é do Hospital Lestrade Hooper, nós estamos ligando em nome de um garoto chamado Dajan, ele sofreu um acidente e esse era o último registrado nas chamadas de celular dele. - Uma senhora fala.
ACIDENTE? O DAJAN SOFREU UM ACIDENTE? NÃO, NÃO...
- Ai meu Deus, eu estou indo pra aí agora... Ele está bem? - Pergunto nervosa, ligando a moto e acelerando.
- Ele está em estado crítico, o táxi que ele estava colidiu com um caminhão, a pancada foi muito forte. - A senhora responde.
============================= Hospital ====================
Entro correndo no hospital, eu fiquei nele quando sofri um acidente, então sei onde fica a recepção.
- Oi, meu nome é Lynna, eu estou procurando pelo meu namorado, ele sofreu um acidente, o nome dele é Dajan. - Falo nervosa e bem rápida.
A mulher digita umas coisa no computador e avisa que ele está em cirurgia, me manda esperar sentada num sofázinho da recepção. Liguei pra minha mão e avisei sobre a situação, ela mandou deu deixá-la informada sobre o estado do Dajan, liguei também para a Rosalya e ela veio correndo, trouxe o Alexy junto. Agora nós três estávamos juntos, ansiosos, aguardando por alguma notícia.
- Lynna? - Um médico chega no local me procurando.
Levanto-me rapidamente, na esperança de receber boas notícias.
- Lynna, infelizmente o Dajan não resistiu a cirurgia... Ele faleceu. Sinto muito. - O médico diz.
De repente tudo ficou mudo, eu podia ver o Alexy e a Rosa desesperados, tentando me acalmar, eu só não conseguia escutá-los. Tudo estava girando e...
- Lynna! - Acordo com a voz do Alexy bem perto do meu rosto.
- Você dormiu, ainda não temos notícias do Dajan... - Rosa, que estava ao meu lado, avisa.
Ai meu Deus, foi tudo um sonho... Sonho não, pesadelo! Que horror, foi muito ruim.
- Eu vou tomar um café no refeitório, vocês querem? - Alexy pergunta.
- Não, mas traz um salgado pra mim, e um refri. - Rosa responde.
- Gorda! - Alexy resmunga.
- O que você disse? - Rosa pergunta.
- Eu disse: é pra já! - Alexy diz e acelera os passos.
Nós duas rimos quando ele vai embora. Eu amo meus amigos, me fazem rir até nos momentos mais trágicos da minha vida...
- Lynna? - Um doutor aparece procurando por mim e olhando uma prancheta.
Estou tendo um déjá vu... Espero que ele não me dê uma péssima notícia.
- O Dajan fez uma cirurgia super tranquila, está tudo bem com ele... - O doutor diz, mas pela cara dele, não era só isso.
Rosa já estava comemorando, mas eu não, tinha mais alguma coisa que o médico queria dizer.
- Mas infelizmente... Ele corre o risco de nunca mais acordar. - O doutor avisa.
Ai não... Não... Começo a chorar, Rosa desmancha a rosto feliz e tenta me consolar. Alexy aparece, me vê chorando e pensa o pior.
- Ele morreu? - Pergunta preocupado.
- Quase isso... - Rosa responde.
Dajan... Não, por favor.
Oi, oi gente, espero que tenham gostado do capítulo. Eu mudei a capa (acho que perceberam kkk) espero que gostem dessa nova, minha prima que fez pra mim, e eu achei bem legal. Obrigada pelos votos e comentários positivos, eu sempre leio todos, amo vocês, beijos!
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O Idiota Da Minha Sala
Teen FictionLynna, é uma jovem de 16 anos de idade que ainda está desvendando as doçuras da vida, mas como em toda história, essa também tem um vilão, que nem é tão mau assim...