CAPÍTULO 10

3.5K 194 6
                                    

As outras três saíram do quarto atrás da Helô e começaram a recolher os brinquedos que estavam espalhados pelo corredor, pela sala e pelo terraço, reclamando. Fui pro quarto e o Geré tava lá deitado na cama. Ele tava tão quietinho que eu tive que ir olhar, e ele tava com os olhos fechados, com os braços pra cima, e de um segundo pro outro, ele abriu os olhos e me puxou pelos cabelos. Doeu, porque eu não tava preparada, né?– Roberta: Caralho, Geré, tá machucando!
– Geré: Tu acha que eu sou um otário pra tu ficar tirando onda da minha cara? – Perguntou calmo, me encarando, depois que me deitou na cama e ficou com o joelho na minha barriga, pressionando
– Roberta: Tá machucando, Rogério! – Disse dando vários tapas na perna dele
– Geré: Se tu tivesse ligada na vontade que eu tô de dar uns sapeco em tu, tu num olharia nem na minha cara mais – Falou no mesmo tom de antes, e eu o interrompi
– Roberta: Tá me machucando – Disse com dificuldade, segurando na mão dele
– Geré: Dá bobeira não, porque se não tu amanhace com a boca cheia de formiga! Tu fica de gracinha pra tu ver o que acontece com tu, vacilona! Tu vai comendo a ideia que, só porque eu sou amarradão em tu, eu num te quebro! Otária! – Disse seco, aumentando a força que apertava meu pescoçoEle soltou meu pescoço e deu mais um tapa na minha cara e eu acabei desmaiando. Acordei mais tarde com a Helena me cutucando e como eu tava toda grogue ainda, as meninas ficaram comigo enquanto eu tomava banho, me vestia e comia. Elas já estavam arrumadas pra dormir, então deitaram comigo na cama. Dormimos rapidinho. O Geré dormiu no sofá da sala do térreo.– Fernanda narrando –Acordei no outro dia às 12h30, com a Rafaella me cutucando. Ela falou que a Roberta tava com o rosto vermelho e o pescoço meio roxo, e eu fiquei logo louca! Por mais puta – não que eu esteja chamando a Robertinha de puta, beleza, ela num é – que seja a mulher, eu odeio saber que ela levou uns couros! Fui pro banheiro, tomei banho, escovei os dentes, me troquei e saí do quarto. Almocei mó rapidão com a Bianca e o Luizinho, já que geral já tinha almoçado. Saí de casa procurando a Roberta e logo achei-a na varanda, com a Tati e a Karol. Sentei perto delas, sem falar nada, já que a Roberta tava falando.– Fernanda: Quem fez isso? – Perguntei dando uma de doida
– Roberta: RGR.
– Fernanda: Por quê?
– Roberta: No Alemão, ontem, a gente meio que discutiu, aí não dava tempo da gente terminar a discussão. Quando eu cheguei depois do nosso rolê, ele tava deitado na cama; pensei que ele tava dormindo, mas ele não tava. Ele me fez desmaiar de tanta força que segurou meu pescoço. Minhas nenéns pensaram que eu tinha morrido, e falaram que quando foram falar com ele, ele me chamou de piranha.
– Fernanda: Que horror! Por mais que o Ninho seja psicopata, ele nunca fez isso comigo! Eu vou falar agora com esse viadinho – Disse e levantei do sofá
– Roberta: Não, Fernanda, eu falo com ele quando a gente chegar no Alemão!

*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆Onde histórias criam vida. Descubra agora