CAPÍTULO 32

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Ela desligou. Caralho, que ódio do Geré!– Tatiana: O que aconteceu? – Perguntou quando me viu pegando o retorno
– Roberta: O filho da puta do Geré não foi pegar as meninas, e nem teve a capacidade de mandar alguém ir buscar elas! É hoje que eu mato aquele infeliz!
– Tatiana: Calma, Robertinha! – Disse rindo – Ele pode ter se atrapalhado fazendo alguma coisa, ou sei lá...
– Roberta: Não, Tatiana, não. Ele nunca esquece de ir buscar as filhas dele, e mesmo quando ele esquece, algum soldado já sabe e lembra a ele do horário. Quando não dá pra ele ir buscar, ele manda alguém, mesmo se for o meu pai, minha mãe, minha madrasta, padrasto, seja quem lá for! Ele fez isso de deboche! Minhas filhas não têm culpa se os pais brigaram! Eu não suporto isso! Quando meus pais estavam prestes a se separar, eu vivia aguentando eles fazendo isso comigo, um me jogando pro outro, fazendo eu pagar pelas brigas deles, e eu não vou tolerar o Geré fazendo isso com minhas filhas! – Disse com os olhos cheios de lágrimas
– Tatiana: Você vai se separar do Geré? – Perguntou assustada
– Roberta: Não sei – Respondi após uns segundos, enxugando as lágrimas que estavam escorrendo pelos meus olhos13h10, cheguei no colégio das meninas, e 13h50 cheguei no Alemão. Deixei a Tati na casa dela e fui pra mansão. Desci do carro, tirei as meninas da cadeirinha e entrei em casa, pronta pra briga, mas o Geré não tava em casa. A Yara tava sozinha na sala, dormindo no tapete do chão, e a televisão tava ligada num desenho, e eu a desliguei. Almocei com as meninas e perguntei à Jaque se a Yara já tinha almoçado, e ela disse que deu almoço à Yara e que o Geré não apareceu em casa desde às 10h. Fiquei doida! Tomei banho com as meninas, ajudei elas a se vestirem depois me vesti; coloquei a Yara no berço dela e pedi pra Jaque olhar ela e as outras meninas, e saí de casa sem elas perceberem, senão iam pedir pra ir, fazer mó escândalo, etc. Fui quase que fumaçando pra boca do FB e quando cheguei lá o Geré não tava.– Roberta: Cadê o Geré? – Perguntei pros caras que tavam lá
– Sapão: Sei não, patroa.
– Roberta: Sabe se ele tá no Alemão?
– Dudu: Sabemo também não.
– Roberta: Cês tão de crocodilagem com a minha cara, né?!? Vocês sabem sim! Tudo que o Geré faz ou deixa de fazer relacionado ao morro vocês sabem! Onde que tá o Rogério, mano?!?Eles se olharam entre si e não responderem. Dei às costas e subi o morro de volta. Fui na central, no paiol, nas casas de endolação, nas casas das cinco tias – as mulheres que guardam parte do dinheiro do tráfico – e nada do Geré. Fui pra casa e fiquei brincando com as meninas. 19h30, o Geré chegou em casa na maior brisa e com cheiro de whisky. Ainda bem que não tava com cheiro de cachorra, nem arranhão, nem marca de batom, nem cueca do avesso ou enrolada. Eu fico quase vesga, mas olho tudo de longe em menos de 1min! As meninas foram abraçá-lo, mas ele empurrou-as e eu peguei a Yara no colo e segurei no cabelo das outras três com a outra mão.

*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆Onde histórias criam vida. Descubra agora