*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆

Capítulo 131

Sorri, entrei no carro e ele chamou o bonde, depois entrou também. Saí à mil em direção à praia e ele falou no radinho com o bonde que a gente ia passar na praia. Aham, passar. Chegamos lá 10min depois, e estacionei. O bonde estacionou atrás, e antes de descermos, olhamos pra todos os lados e não tinha ninguém. Não descemos com armas grandes, só com pistola mesmo, e não deixamos à mostra. O Teco, o responsável por organizar o bonde, colocou dois soldados de cada lado pra olhar a gente, e eu sentei com o RGR na areia da praia. Deitei minha cabeça no ombro dele e fiquei olhando pro mar e pro céu.
– Geré: Tempo do caralho que eu não via a praia.
– Roberta: A gente viu nas férias – Disse rindo
– Geré: Depois disso, nunca mais. Eu vinha pro asfalto todo dia quando meu pai tava vivo ainda.
– Roberta: Ele vinha com você?
– Geré: Às vezes só. Quando era parada no asfalto, ele não vinha comigo sempre, mas fazia comigo o que eu faço com tu: manda o bonde. Quando eu tô brincando com os moleque eu lembro pra caralho dele. Meu pai era mó presentão, Robertinha. Tu ia se amarrar nele – Disse olhando pra frente, enquanto eu olhava pra ele
– Roberta: Meu pai nunca foi presente comigo, sabe? Ele me deixava sair, me levava e me buscava, pagava a pensão e a mesada direitinho, mas de sair comigo, nunca. Só lembro de duas ou três vezes que ele saiu comigo. Ele tá até mais presente agora. Você, apesar de ser irresponsável às vezes, é um ótimo pai, Rogério.
– Geré: Ele dizia que ia ensinar os neto dele desde cedo a matar os alemão – Disse e riu, mas escorreu uma lágrima do olho dele, e eu a enxuguei – Ele me ensinou a atirar com três anos. Comecei matando lagartixa e gato! – Disse e olhou pra mim
– Roberta: Coitados! – Disse rindo – Eu sempre te achava um traste, sabia? Quando os moleque lá do Alemão perguntavam pra mim com quem eu nunca teria um filho, eu dizia na mesma hora o seu nome, porque você era insuportável, RGR! – Disse e a gente riu – Eu nunca pensei que você seria tão carinhoso, atencioso, protetor com alguém como tu é com nossas crias.
– Geré: Por dentro eu sou mó viado, na moral mermo...! Fico te olhando dormir e fico lembrando do nosso casamento, eu começo a chorar – Disse e riu com vergonha – Só tu mermo que conhece esse meu lado. Se pá eu nem conhecia – Disse olhando pra frente
– Roberta: Pára que eu já, já, choro! – Disse rindo, com os olhos cheios de lágrimas
– Geré: Tu chora por tudo! – Disse rindo também
– Roberta: Você me surpreende muito! – Disse ajoelhada na frente dele, enchendo ele de beijo pelo rosto
– Geré: Amo tu! – Disse e me abraçou pela cintura
– Roberta: Também te amo – Disse sorrindo e dei um selinho nele
– Geré: Tô com mó vontade de dar um mergulho! – Disse todo provocativo
– Roberta: Tá frio! – Disse já sabendo que ele ia me levar à força
– Geré: Te esquento, pô!