*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆

CAPÍTULO 34

– Lúcia: O que foi isso na tua cara, Roberta? – Perguntou me encarando, quando o elevador abriu
– Roberta: Depois explico – Disse dando a Helena pra ela
– Lúcia: Foi o Geré que fez isso com tu? – Perguntou enquanto eu dava a Yara também a ela
– Roberta: Sim – Disse e fui buscar a Marina no carroO Geraldo pegou a Heloísa no colo. Entramos no elevador e em seguida no apê que eu ia ficar por uns dias. Coloquei a Mari, Lena e Helô juntinhas numa cama e a Yara em outra cama, depois fui pra sala. Minha mãe e meu padrasto estavam com a cara feia. Sentei do lado deles e contei do começo, mas do começo mesmo, desde quando o Rogério teve a primeira crise de ciúme/possessividade ano passado, até ela de agora, e minha mãe surtou! O Geraldo ficou horrorizado.– Lúcia: Eu acho bom aquele pau no cu não aparecer na minha frente senão eu arrebento a cara dele! Ele acha que ele é quem pra meter o dedo na minha filha e nas minhas netinhas? Ele pode ser o dono do Alemão, pode ser procurado pela polícia, pode ser o Papa, pode até me matar depois, mas antes eu meto a mão na cara dele! – Disse bolada, andando de um lado pelo outro pela sala
– Roberta: Tu andando pra lá e pra cá só me deixa mais nervosa...!
– Geraldo: Ele não te viu saindo do morro?
– Roberta: Não. Depois que ele deu os chutes e o murro em mim, ele saiu de casa. Quando tava saindo do Alemão, não vi ele pelo morro. Ele tava na brisa, então acho que esqueceu de mandar os soldados não deixarem eu sair.
– Lúcia: Ele pode estar na maior brisa do mundo, mas oque ele fez com tu e com minhas netas não vai ficar de graça não!O Geraldo nem eu respondemos. 00h30, eles foram pro apê deles e eu fui dormir.
Acordei no outro dia e ainda estava escuro. Pra quem ainda não sabe, não consigo dormir com alguém me olhando. O Geré tava do lado da cama, com a pistola no meio da minha testa, e as meninas estavam acordadas, com a boca, os braços e as pernas amarradas com lençóis. Não pensei duas vezes e dei um tapa na pistola e pulei na cama que as meninas tava. O Geré riu debochado, pegou a pistola e botou no quadril. Soltei as meninas e elas me abraçaram, com medo.– Roberta: Sai daqui! O que você quer?!? – Perguntei tentando não demonstrar medo
– Geré: Que tu volte pro Alemão.
– Roberta: Eu não sou sua submissa pra te obedecer! Vai embora! – Disse em pé na frente da cama, com as meninas atrás de mim
– Geré: Só saio daqui com tu e com elas.
– Roberta: Eu não vou pra canto nenhum contigo! Sai! – Ele não respondeu – Se tu não sair, eu vou gritar, Rogério!
– Geré: Como se eu tivesse medo – Disse rindo debochado – Bota a cara na janela – Disse e eu coloquei; tava cheio de carro na frente do condomínio – Tá tudo cercado! Num tem como tu sair de jeito nenhum!
– Roberta: EU TE ODEIO, ROGÉ... – Gritei uns segundos depois, começando a chorar de nervoso, e ele deu um tapa na minha cara, sem deixar eu falar a frase toda