*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆

CAPÍTULO 35

As meninas começaram a chorar junto comigo, e eu sentei na cama, abraçando elas. O Rogério ficou na porta do quarto, olhando pra gente. Ele tava com o olhar frio, seco, como eu nunca tinha visto – pelo menos não direcionado pra mim.– Lúcia: É COM TU MESMO QUE EU QUERO TER UMA CONVERSINHA, SEU PALHAÇO! TU ACHA QUE MINHA MÃE E MINHAS NETAS SÃO SACO DE PANCADA PRA TU DESCONTAR TUAS RAIVA?!? – Gritou entrando no apartamento uns minutos depois, e deu um tapa na cara do Geré
– Geré: Rasga daqui que eu num vim atrás de briga, dona Lúcia – Disse olhando pra mim, ainda seco
– Lúcia: TU NÃO, MAS EU SIM! EU NÃO QUERO MAIS TU PERTO DAS MINHAS VIDINHAS! ELAS SÃO AS COISAS MAIS PRECIOSAS QUE EU TENHO, E EU NÃO VOU PERDER ELAS PRA TU!Ele não respondeu, mas percebi que colocou a mão no quadril, e eu fiquei pronta pra voar em cima dele caso ele tirasse a pistola do quadril. Minha mãe deu um monte de tapa na cara dele, e nada dele reagir; fechou até os olhos.– Roberta: Mãe, pára – Disse baixo, pra ela, com os olhos cheios de lágrima; eu tava morrendo de medo dele atirar nela
– Geré: Segue o conselho da tua filha, dona Lúcia... – Disse ainda de olhos fechados
– Lucia: SE EU NÃO QUISER SEGUIR, TU VAI FAZER O QUE COMIGO?!? TU É UM COVARDE, ROGÉRIO! HOMEM QUE BATE EM MULHER PRA MIM É PIOR QUE UM LIXO!Quando ela terminou a frase, ele levantou a mão pra bater nela, e eu voei em cima, segurando a mão dele, e ele respirou fundo.– Geré: Eu volto – Disse me suspendendo pelo pescoçoEle me soltou e eu caí no chão, sentada. Ele saiu do apartamento e fiquei olhando a frente do condomínio pela janela do quarto; não demorou muito pra ele aparecer e sair voado numa Hilux com o bonde de 3 carros. Sentei na cama e fiquei alisando no cabelo das meninas.– Roberta: Mamãe não vai deixar ele tocar nem um fio de cabelo mais em vocês.
– Lúcia: Tu quer que eu fique com tu?
– Roberta: Não. Não precisa. Pode ir trabalhar. Eu vou pra faculdade e deixo elas no colégio. Se eu sumir, tu já sabe onde tô – Respondi após suspirar fundo
– Lúcia: Tão forte, minha filha... – Disse alisando meu cabeloSorri de lado e dei um beijo na mão dela. Ela fez o café da manhã pra mim e foi pro apartamento dela. Olhei no celular e eram 5h25. Como é 5min daqui pro colégio delas e pra minha faculdade, eu deixei as meninas dormirem mais um pouco; eu tentei, mas não consegui. Fui olhar as mensagens e as chamadas perdidas, e eram todas do Geré. 6h, tomei banho com as meninas e me vesti junto com elas. Tomamos café e deixei-as no colégio; a Yara ficou na creche. Cheguei na faculdade 6h50.– Tatiana: Chegou cedo – Disse chegando perto de mim, depois de uns minutos que eu tinha chegado – O que aconteceu? Que cara é essa?
– Roberta: Odeio o Geré – Disse e comecei a contar a história toda
– Marjorie: O que vocês tanto falam aí? – Chegou perguntando quando eu tava quase terminando
– Roberta: Ah não! – Disse rindo – Senta aí.
– Marjorie: Senta que lá vem barraco! – Disse rindo e sentou do meu lado