*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆

CAPÍTULO 33

– Roberta: Onde tu tava?
– Geré: Na rua – Respondeu debochado e foi subindo as escadas
– Roberta: Rogério tu num me irrita!Ele não voltou. Meu sangue foi pros olhos – modo de falar, tá. Botei a Yara no chão e mandei a Helena e a Heloísa não subirem, muito menos deixar as irmãs subirem. Subi as escadas atrás do Geré e entrei no quarto. Ele tava jogado na cama.– Geré: Qual foi? – Perguntou debochado
– Roberta: Por que tu num foi buscar as meninas no colégio?!? – Perguntei batendo com um pé no chão
– Geré: Porque eu num quis! – Respondeu rindo todo debochadoVoei em cima dele e enchi a cara dele de tapa; enfiei as mãos dentro dos olhos dele, mas ele me jogou no chão e caiu com o joelho na minha barriga e eu dei um grito de dor; ele saiu de cima de mim e ficou sentado do meu lado, encostado na parede, rindo. Não demorou muito pras meninas entrarem no quarto e pularem em cima do Geré; encheram ele de arranhão e puxão de orelha, de boca, de narizenquanto xingavam-o, dizendo que não podia bater em mim, que era feio, que era pra ele bater em alguém do tamanho dele, etc. Minha barriga tava doendo pra caralho, mas quando ele deu um chute no peito delas e elas caíram no chão, minha dor sumiu! Peguei a pistola no criado-mudo do meu lado da cama e bati com a coronha nos testículos dele. Só assim ia doer! Mas pegou de mal jeito de tão nervosa que eu fiquei.– Roberta: NÃO BATE NAS MINHAS FILHAS! TU BATE EM MIM, MAS NÃO BATE NELAS! – Gritei chorando de ódio, encarando ele
– Geré: BATO! – Gritou levantando do chãoEle me empurrou e eu caí no chão, e ele começou a chutar minha barriga. As meninas estavam chorando, pedindo pro Geré parar de fazer aquilo, então eu comecei a chorar de verdade – não de ódio – por elas. Ele não passou 2min me chutando e saiu do quarto, mas antes deu um murro na minha cara. Fiquei abraçada com as meninas um tempão. Elas estavam muito assustadas; nunca tinham visto o Geré bater em mim, e ele também nunca bateu nelas. Tomei banho com elas e fomos comer, depois coloquei-as pra dormir. Fiquei conversando com a Marj, a Lays, a Tati e a Fê, e eu tentei não contar oque aconteceu, mas elas perceberam pelos meus áudios que eu não tava bem, então contei, e elas me aconselharam a sair de perto do Geré, pelo menos por um tempo. E é isso que eu vou fazer. 23h, fui tentar dormir, mas não consegui, então liguei pra minha mãe, perguntando se o apartamento ao lado do dela tava vazio – ela comprou um apê do lado do apê do Geraldo, o marido dela –, e ela disse que sim, e eu perguntei se podia ficar lá por uns dias e ela deixou. Tínhamos roupa lá, então eu só entrei no Corolla e saí do Alemão. O Geré não tava na mansão e não o vi enquanto saía. Cheguei no condomínio 23h45 e como as meninas estavam dormindo, pedi pro Geraldo e pra minha mãe me ajudarem a subir com elas, e eles vieram.