*DO ASFALTO PRA VIDA* ☆SEGUNDA TEMPORADA☆

CAPÍTULO 80

Ri e disse às meninas que íamos na rua debaixo, e elas disseram que queriam ir. Como a viela não tinha saída, os soldados que acharam o pivete tavam tudo na entrada. Eu, quando vi o menino, já fui entrando, e quando ele me viu, deu um grito e começou a chorar – voltar a chorar, na verdade, porque ele tava com mó cara de assustado. O Geré me puxou pra fora da viela.
– Geré: Alguém sabe o nome dele? – Perguntou pros soldados
– Teco: Ele não fala nada, patrão! Só grita quando alguém chega perto!
– Helena: Mamãe, eu posso falar com ele?
– Roberta: Vai lá – Ela foi – Quem sabe ela, que é pequena, consiga. Ninguém viu quando deixaram ele? – Perguntei pros soldados e eles fizeram que não, então eu voltei a olhar pro menino
– Helena: Oi, menininho! Tudo bem com você? Eu sou a Helena! Eu tenho uma irmãzinha igual a mim, a Heloísa! – Falou do meio da viela, agachada – HELOÍSA, VEM CÁ!
– Heloísa: Eba – Disse correndo na direção da irmã – Oi, menino! Qual seu nome?
– XXX: Nicolas – Respondeu desconfiado
– Helena: Você tá com frio? Não tem mamãe nem papai? A gente pode chegar perto de você? – Perguntou uma atrás da outra, e o menino respondeu que sim
– Heloísa: Você tem quantos anos? – O menino fez "dois" nos dedos
A Marina e a Yara também pediram pra ir falar com ele e eu deixei. Ficamos olhando, da entrada da viela.
– Helena: Você quer brincar no nosso parquinho?
– Marina: O papai mandou colocar um parquinho deeeeesse tamanho! – Disse abrindo os braços o máximo que podia – Vem brincar com a gente!
– Yara: Você gosta de escorrega? Tem um muito legal, bem grande!
– Nicolas: Sim – Respondeu saindo do caixote
– Helena, Heloísa, Marina e Yara: Vem! – Disseram puxando ele pelos braços
Elas saíram da viela, duas puxando cada braço dele, e entraram na mansão, rindo. Dei um gritinho de felicidade e o Geré e os soldados riram de mim; nós quatro – eu, Geré, Teco e Amarelo – entramos na mansão e fomos pro quintal. As meninas estavam quase que brigando por ele, chamando pra brincar com elas em cada parte do parquinho. Ficamos olhando-o de longe, quase 1hr. O Teco e o Amarelo já tinham ido, e o Geré mandou avisar pra geral tava com o menino. Perguntei ao Geré o que ele achava da gente ir falar com o menino, já que ele não parecia estar mais com medo, e quando eu cheguei perto dele, ele gritou.