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O atraso não era algo típico dele. Andrew sempre foi muito pontual e pontualidade era algo que seus pais prezavam.

- Andrew que bom que você chegou! - sua irmã o recepcionou sentada em sua cama com o seu típico e simpático bom humor - Arrumei sua mala.

- Obrigado Bel. - disse ao lhe dar um beijo na testa - O que seria de mim sem você?

- Absolutamente nada. Mas como foi a noite? - perguntou curiosa em um tom maliciosa que ele estranhou, pois aquela era a sua irmãzinha e ela não usava aquele tom nem com ele e nem com ninguém.

- Foi boa. - respondeu entrando em seu closet.

- Como boa?

- Eu não lhe darei detalhes sobre a minha noite com a minha namorada Belinda. - deixou claro.

Ele nunca faria isso, aquela era a sua irmãzinha. Se ela fosse Robert ou Darren, então tudo bem, mas como ela não era, então ele não lhe diria.

- Você me mágoa. - ela fingiu magoa seguindo-o pelo closet.

- Sinto muito. - respondeu pegando um dos muitos blasés que tinha e uma calça social creme - Agora saia, não quer me ver me trocando não é?

- Eca. - ela falou saindo dali.

Ele se trocou com pressa e voltou para o quarto. Sua irmã estava levando sua mala para fora do quarto quando ele caminhou até ela e pegou a mala.

- Você já fez muito. - ele falou em um tom agradecido.

- Não foi nada. - ela respondeu estudando seu rosto e percebeu uma certa preocupação - Aconteceu alguma coisa?

- Eu saberei daqui a pouco. - sua resposta foi curta, mas foi o suficiente para atiçar a curiosidade da irmã.

Ele passou por ela carregando mala ainda preocupado com Marcella que prometeu que assim que saísse da consulta lhe diria qual era o problema seja grave ou não.

Enquanto iam em direção as escadas, Andrew observou o irmão sair do quarto dele de mãos dadas á Annabelle, neta de Candy a cozinheira e Billy, chefe da segurança do Palácio e e segurança do seu pai.

Ele se surpreendeu ao ver Brandon sorri e ri de algo que a menina falara, tudo bem que o seu irmão sempre agia dessa forma quando estava com a menina, porém ele nunca se acostumaria. Não querendo se meter ou acabar com o momento, ele desceu as escadas seguindo Belinda que estava calada foram para o sala de jantar onde encontram seus pais com expressões muito zangadas e preocupadas.

- Bom dia!

- Andrew Colleman O'Donnell, aonde o Senhor passou a noite? - perguntou sua mãe claramente nervosa e seu pai que estava na cabeceira da mesa segurou sua mão tentando acalmá-la, contudo seus olhos verdes olhavam em questionamento esperando que ele respondesse a pergunta dela.

- Dormi na casa de um amigo. - mentiu e os seus pais pareciam ter engolido a mentira.

- Poderia ter nos ligado. - seu pai sugeriu claramente chateado pela dor de cabeça que o filho mais velho dera aos dois que ficaram muito preocupados.

- Perdoe-me pai. Eu esqueci e quando lembrei já era tarde. - nessa parte ele não mentiu. 

Quando ele estava com Marcella, ele não via as horas e nem percebia que o tempo passava. Só queria estar com ela e aproveitar cada momento que os dois tinham.

- Não importa, precisamos partir. - diz dando um beijo em Edna que segura seu braço.

- Mas ele nem tomou café. - sua esposa argumentou olhando-o do jeito que Regan definia como o adorável jeito de Edna não querer que eles partissem.

- Eu já tomei café sim mãe. - Andrew respondeu e lhe deu um beijo na testa - Amo você.

- Também amo você.

Andrew se aproxima da irmã que assistiu a cena toda calada não querendo se meter na bronca do irmão e lhe deu um beijo na testa.

Brandon entra na sala de jantar com Annabelle no colo e Andrew da um tapinha no ombro do irmão que age com indiferença. Ele então dá um beijo a bochecha da menina que sorrir.

- Bom dia para vocês e até logo. - ele se despede e ouve a irmã dizer o nome da afilhada animada. Ele se vira a tempo de ver Annabelle descer apressada do colo de Brandon e correr para os braços de Belinda.

Brandon faz uma cara de poucos amigos para cena e caminhou chateado até a mesa por ter sido trocado, porém Andrew pode vê ele sorri disfarçadamente para as duas.

Seu irmão as vezes era muito estranho. Ele pensou seguindo o pai para fora da sala de jantar. 

O Rei e o Príncipe se despedem dos empregados e em seguida saem do Palácio. De carro e sendo seguidos pelos seguranças, eles seguem para o heli-porto onde o jato particular os esperava. Ao chegarem eles entram no jato e se preparam para a decolagem.

O jato decola minutos depois e boa parte da viagem eles seguem em silêncio. Mas pela forma como o seu pai olhava pela janela, Andrew pode notar sua inquietação e percebe que algo o incomodava.

- Pai está tudo bem?

- Diga-me você Andrew. - seu pai falou olhando-o com atenção.

- Pai...

- Eu sou seu pai e seu amigo. Saiba que o quê quer que esconda de mim, seja bom ou ruim, eu sempre vou estar ao seu lado. - as palavras do pai o fizeram sorrir e mais do que nunca ele queria lhe contar sobre Marcella, porém esse não era o momento certo.

- Obrigado pai. Saiba que o momento de te contar já está próximo. - seu pai sorri e então fala das questões que serão abordadas na reunião.

Seu celular toca e ele vê o nome de Marcella na tela. Seu corpo fica tenso e ele olha para o pai que o estuda.

- Eu preciso atender. - diz ao pai que assente. Ele se afasta e caminha até o fundo do jato e atende - Está tudo bem? - pergunta ansioso e se preocupa quando ouve um soluço - Marcella fale comigo.

- Estou grávida

Ele não acreditou no que ouviu. Então respirou fundo tentando processar a informação

- Você está grávida? - perguntou apenas para ter certeza que o quê ouvira não era um engano.

- Sim

Ele sorriu, sorriu como um idiota. Sua amada estava gravida.

- Meu Deus! - passou a mão pelo rosto e sorriu como um bobo, mas parou ao ouvi-la chorar - Amor está tudo bem? Por que está chorando?

- Eu não planejei isso Andrew, eu não planejava ter filhos.

- Marcella...

- Eu estou bem. Só preciso de um tempo para processar tudo isso

- Eu vou voltar para nós dois conversamos. - falou já pronto para ir falar com o pai e pedir-lhe que ordenasse que voltassem para Dublim.

- Não precisa.

- Marcella eu...

- Não Andrew! Eu preciso de um tempo para pensar em tudo isso.

Ela desliga o deixando preocupado. Depois de alguns segundo olhando para o celular, ele volta para o lugar emocionado e feliz da vida por saber que será pai.

- Filho está tudo bem? - seu pai peguntou estranhando a expressão do filho que logo o abraçou e sorriu emocionado.

- Estou ótimo.

O celular vibra e ele se afasta do pai que o olhava com curiosidade. Com um sorriso de desculpe-me, ele tira o celular do bolso e vê uma mensagem de Marcella, então rapidamente a abre.

Me desculpe pela reação, são os hormônios. Me liga mais tarde.

Ele lhe respondeu que sim e que a amava.

Sorriu de novo e sentiu-se ainda mais emocionado. Não podia acreditar que seria pai. Nada e nem ninguém poderia lhe tirar essa emoção.


N/A: Desculpem-me os erros, beijos e até a próxima!

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