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Um mês se passou rápido, e os problemas continuavam os mesmo. Ivanov estava agindo de maneira sorrateira e a cada informação que recebia Andrew ficava nervoso e frustrado, ele sabia que precisava agir, mas ainda tinha muito pouco para acusar o homem. Mas por outro lado seu relacionamento com Marissa estava as mil maravilhas. Tudo estava indo perfeitamente bem entre eles, as poucas discussões que eles tinham eram resolvidas pouco depois e Marissa o acalmava de um jeito incomum. E aos poucos ela vinha se mostrando como rainha, agindo e ajudando em problemas que por vezes ele não podia dar atenção, tirando um pouco de todo o peso dos seus ombros e Andrew era grato por isso.

Era uma sexta-feira, o dia estava nublado e Marissa terminava de se arrumar. Olhava-se no espelho embutido em uma das paredes do closet sentindo-se estranha. Sempre se sentia assim quando se olhava no espelho e via suas roupas marcarem a barriga falsa.

Sentia-se tão melancólica, era como se o coração fosse ser arrancado a qualquer momento de seu peito. Repousou a mão na barriga e sentiu a garganta fechar por saber que aquilo era uma farsa. Ela nunca experimentaria aquela emoção.

As mãos fortes e macias de Andrew apertaram seus braços de maneira delicada. Ele beijou a cabeça dela que fechou os olhos sentido um pouco da dor passar.

- Me desculpa. Eu sei que isso é muito difícil para você. - ele falou baixinho - Minha intenção não era te machucar.

- Você não está me machucando. - ela respondeu usando o mesmo tom baixo que ele - É só que...

- É o seu sonho. E isso que está vivendo é um pesadelo.

Ela se virou para ele e olhou em seus olhos azuis. Andrew a conhecia tão bem.

- Sim, é exatamente isso. Mas você faz parecer ficar melhor. Seu apoio me ajuda a passar por isso.

Ele nada respondeu, até porque não encontrou palavras, mas a sua ação respondeu por si. Ele deu um beijo na testa dela e a abraçou. Era como se dissesse que estava ali para ela, para o que ela precisasse e ela sabia disso.

{...}

- A que horas a Dra. Cooper disse que viria para fazer ultrassonografia? - Edna perguntou sem tirar os olhos dos papéis em suas mãos. Ela estava auxiliando o filho em alguns assuntos e Andrew mesmo não dizendo isso estava grato pela ajuda da mãe.

- Às quatro. - respondeu - Tenho uma reunião com McLaren e Gordon hoje.

- Certo. E a Marissa?

- O que tem ela?

- Ela estará aqui para ultra?

- Não. - respondeu apertando a caneta na mão - Ela vai chegar mais tarde hoje.

- É não está ansiosa para saber se vocês terão um menino ou uma menina?

- A senhora poderia ser menos inconveniente. - Ele falou ganhando um olhar duro da mãe - E espero que não faça essa pergunta a ela.

- Por que não? Esse bebê é de vocês dois. - era uma provocação, uma a qual ele não era obrigado a ouvir.

- A senhora sente prazer nisso não é mesmo?

- Ao contrário do que você pensa eu na sinto prazer no sofrimento da sua esposa. Apenas preocupação. Você não se sente mal por ela pelo que a esta fazendo passar?

O Reino da EuropaOnde histórias criam vida. Descubra agora