44

3.8K 363 30
                                    

Camila Cabello point's view

Ao entrar na minha sala de reuniões, sorri para Michael que sorriu de volta.

Olhei para a cabeceira da mesa e lá estava o filho da puta, desgraçado, estuprador.

Sentei na outra cabeceira vagarosamente, encarando seus olhos e suas mãos que estavam algemadas.

-Bom dia, seu merda. -Falei rispidamente.

-Quem é você?. -Ele perfunrou franzindo a testa. -Não sei por que estou aqui, eu não fiz nada. -Cruzei as pernas.

-Luis Santos, certo?. -Perguntei e ele assentiu. -Me dê sua ficha Michael. -Pedi e Michael jogou a ficha pela mesa até mim.

Peguei aquela pasta branca e folheei, duas filhas, uma de sete e a outra de desessete, casado à dois anos, trabalhando, interessante.

-Qual o nome das suas filhas?. -Perguntei largando a ficha.

-A menor se chama Melissa e a maior Maya. -Cruzei os braços.

-Maya. -Saboreei seu nome. -Se eu estuprasse a sua filha, Maya, o que você faria?.

-Eu te mataria, sua canalha. -Rosnou. -O que você quer?. -Perguntou e eu sorri alisando a mesa enquanto encarava seu rosto.

Ergui a mão fazendo-o se erguer na cadeira e o trouxe até mim jogando-o na mesa de qualquer forma. Segurei em seu pescoço, ele estava altamente assustado.

-Então irei matar você. -Rosnei com o rosto colado ao seu.

-O que eu fiz?. -Perguntou gaguejando.

-Lauren, esse nome te lembra alguém?. -Vi confusão e medo passar por seu rosto.

-Foi minha namorada na adolescência. -Disse me encarando. -Você é uma bruxa?. -Perguntou e eu soquei seu rosto com força.

-Seu filho da puta. -Vociferei. -Você vai pagar por ter feito isso com ela. -Segurei a gola da sua camisa puxando-o para me olhar e neguei.

-N-não me mata, eu tenho duas filha. -Pediu choramingando.

-Se você não cuida, outro cuida. -Soquei seu rosto novamente.

-Camila está bom. -Michael interviu e eu soltei sua gola saindo de perto dele.

-Eu devia matar você, devia te matar por causa do que fez à ela, ninguém no mundo merece isso, eu devia te pôr na cadeia, em uma sela cheia de estupradores, pra você sentir o gosto de ser estuprado, seu merda. -Empurrei ele com força fazendo-o cair no chão. -Babaca. -Chutei sua barriga e ajeitei meu terno. -Leve-o Michael. -Ele assentiu rapidamente e deu a volta na mesa pegando Luís com raiva e arrastando-o dali.

[...]

Eu teclava mais um dos relatórios em minha mesa, e meu celular não parava de tocar, revirei os olhos e o peguei, era o número de Lauren.

-Oi amor. -Falei voltando à teclar.

-Te liguei três vezes Karla Camila, três vezes. -Suspirei.

-Amor estou ocupada, estou trabalhando, esqueceu?. -Perguntei colocando no viva-voz.

-Não me importo com isso, estou sozinha. -Suspirei.

-O que você deseja?. -Perguntei arrastando a cadeira para pegar outro relatório.

-Você. -Ela disse arrastadamente e eu travei, olhei para o celular como se pudesse olhar em seus olhos e engoli em seco.

-E-eu?. -Gaguejei pegando o relatório e voltando pra minha posição.

-Você, todinha, dos pés à cabeça. -Sorri.

-Só a noite bebê. -Falei jogando os cabelos para trás.

-Awn, sério?Não vai sair cedo hoje?. -Perguntou quase gemendo.

-Infelizmente não, mas vai passar rápido. -Falei suspirando.

-Mas eu, preciso de você agora. -Disse ofegante e eu franzi a testa encarando o celular.

-Por que está ofegante?Estava treinando?. -Voltei ao relatório.

-Estava, treinando minha masturbação. -Arregalei os olhos.

-Lauren. -Repreendi.

-Eu. -Rosnou e eu passei as mãos na calça.

-Pare já com isso, estou no trabalho. -Falei baixo.

-Vou gozar pra você amo... -Desliguei o telefone em sua cara e me afastei da mesa enfiando as mãos no cabelo.

Não acredito que Lauren fez isso. Dei um tapa na minha ereção mas logo me arrependi por ter sido forte demais.

-Ahm...Camila?Algum problema?. -Olhei para cima vendo Dinah.

-Dei um tapa no meu pau. -Falei caindo de joelhos no chão e ouvi a gargalhada de Dinah me deixando com raiva.

-Por que você fez isso?. -Perguntou rindo e eu mostrei o dedo para ela. -Bom, não importa, quero dizer que seus contratos já assinados estão aqui que Daly mandou te entregar, ela mandou avisar também que foi ao médico, porque está enjoada, e... -Olhou no relógio. -Mani e eu vamos fazer um jantar, apareça, você e Lauren. -Assenti sorrindo fraco e ela riu negando. -Estou no andar andar de cima se precisar de mim. -Piscou e eu mandei um beijo para ela.

Quando ouvi a porta sendo fechada, me joguei no chão, sentindo meu pau doer. Porra, eu dei um tapa ou um soco?.

Meu celular tocava novamente e eu sabia que era Lauren, mas eu não ia atender e correr o risco de gozar na minha calça nova.

[...]

Entrei em casa com as pernas abertas e segurando o saco de gelo no meio delas. Augusta riu negando e eu sorri sem graça.

-Lauren está muito raivosa hoje filha, e ela bebeu dez copos de sangue de uma vez só, te xingando inteira. -Suspirei.

-O que acha que é?. -Perguntei me jogando na poltrona roxa do hall de entrada.

-Hormônios da gravidez. -Augusta disse e eu abri os olhos.

-Uh, é mesmo, eu havia esquecido do meu bebê que estava crescendo ali. -Falei suspirando e ouvi passos.

Augusta saiu do hall rindo e correndo para algum lugar ali e eu me levantei ainda de pernas abertas.

Ao chegar na ponta da escada, Lauren estava no meio, me encarando furiosa, seus olhos estavam quase brancos, meu Deus, isso tudo por que desliguei na cara dela?.

Sorri fraco e ela desceu as escadas numa fúria grande e pegou no meu pescoço quase me erguendo do chão.

-Você desligou na minha cara. -Gritou me fazendo fechar os olhos.

-Eu estava trabalhando, você não podia ter feito isso, olha o que me causou. -Apontei para o meu pau e ela trancou a mandíbula.

-Isso é pouco para o que vou fazer com você. -Soltou meu pescoço fazendo um impulso que quase me fez cair para trás.

-Ih, tá muito agressiva, eu gosto. -Gritei quando ela estava subindo as escadas pisando firme.

-Vai se foder. -Gritou mostrando-me o dedo do meio e ouvi a porta do quarto bater com força.

Suspirei sorrindo e negando e ouvi o risinho de Augusta.

-Ela te ama. -Disse sorrindo e eu sorri abóbada.

-É recíproco mãe. -Ela sorriu terna levando as mãos ao peito e eu ri olhando para o saco de gelo em minhas mãos.

I Want You-Camren G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora