I Want You-Camren G!p

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Camila Cabello point's view

Eu dirigia pelas ruas de Dubai, ouvindo uma música qualquer no rádio, quando avistei Allyson andando e procurando algo em sua bolsa.

Fui parando o carro devagar e buzinei para ela que me olhou pelo vidro do passageiro, me inclinei abrindo a porta.

-Está indo pra onde?. -Perguntei sorrindo.

-Casa do meu pai. -Chamei-à para entrar com a cabeça e me consertei no banco colocando meu cinto novamente.

-Você ia de ônibus?Por que não me ligou?. -Ela riu e eu virei a direção.

-Eu ia de metrô e não te liguei porque você é uma mulher bastante ocupada, não sei quando você se tornou uma mulher tão cheia de obrigações. -Dei risada.

-Acontece quando se tem uma empresa pra cuidar. -Ela riu.

Pulei o quebra mola sem querer e caiu da bolsa de Ally, uma cruz média de madeira marrom. Encarei seu rosto quando paramos no semáforo e ela sorriu sem graça guardando a cruz novamente.

-Desde quando se tornou cristã?Sério?Uma cruz desse tamanho é meio exagerado. -Ela suspirou.

-Não é minha, é para o meu pai, ele gosta de cruzes. -Assenti não dando a mínima.

-O que você achou da Lauren?Ela é incrível. -Falei sorridente voltando a dirigir.

-Bom, eu queria falar com você sobre isso. -Olhei para ela de um jeito rápido. -Ela é encrenca. -Dei risada.

-Ela de fato é uma encrenca, mas é uma das melhores encrencas que eu já entrei. -Allyson negou.

-Não sei como te dizer isso de outra forma então vou ser direta, ela é uma vampira. -Tremi mas ainda assim, dei risada.

-Que ideia maluca Allyson, esses bichos aí não existem. -Soltei um riso nervosa.

-Você é muito burra. -Neguei.

-Como você tem tanta certeza?Não acredito nesses bichos.

-Os olhos dela mudaram de cor quando olhou para você, de verde, eles ficaram amarelos, ela está apaixonada por você, o pior de tudo é que ela vai te transformar, eu tenho certeza. -Engoli em seco.

-Olha, eu acho melhor você procurar um psicólogo. -Parei na frente da casa do seu pai. -Sério, conversa com alguém, isso não é normal. -Ela me encarou e negou.

-Toma cuidado. -Apontou o dedo e saiu do carro. -Obrigada. -Gritou acenando e eu suspirei saindo dali.

[...]

Toquei a campainha da casa dos meus pais, e em dois minutos, uma bolinha gordinha estava correndo em minha direção e passando por debaixo das pernas da empregada.

-Kaki. -Gritou quando pulou em meu colo.

-Oi meu amor, como você está?. -Perguntei entrando na casa.

-Sofi está bem. -Disse sorrindo e eu beijei sua testa antes de colocá-la no chão.

Sofia se refere à ela mesma na terceira pessoa desde que aprendeu a falar corretamente, o que é muito fofo, as vezes me dá vontade de apertar ela até todos os seus ossos partirem.

-Boa tarde. -Falei aparecendo na porta e meus pais me olharam.

-Karla. -Minha mãe sorriu vindo até mim e eu continuei séria olhando para meu pai.

Ela me abraçou e eu retribuí sem tirar os olhos dele, nos separamos do abraço e eu caminhei até meu pai que estava sentado no seu costumeiro banco.

-Oi pai. -Sussurrei por não ter forças o suficiente para falar com ele.

-Hija. -Disse com o lábio tremendo e eu suspirei, eu realmente sou uma péssima filha.

Me inclinei para abraça-lo e ele me capturou mais rápido com força e eu enterrei o rosto na curvatura do seu pescoço, sentindo-me em casa.

[...]

-Então eu disse, ou você me passa a manteiga, ou eu vou passar manteiga em você. -Meu pai dizia e eu ainda gargalhava da última história que ele havia contado.

-Alejandro pare, Camila está vermelha. -Ouvi a voz preocupada da minha mãe enquanto eu gargalhava e Sofia gargalhava junto comigo sem ao menos saber o que era.

-Ai... -Falei suspirando e olhei para ele que me olhava com uma expressão serena o que me fez rir ainda mais. -Droga eu sou uma retardada. -Joguei os cabelos para trás e me recompus.

-Como está você e Ariana?. -Perguntou e eu franzi a testa.

-Papai, Ariana e eu terminamos à dois anos atrás. -Engoli em seco e ele franziu a testa.

-Mas...Você veio apresentar ela para nós ontem. -Olhei para minha mãe que levou as mãos para o rosto e suspirou negando.

-Ale, Camila está solteira. -Ele me encarou.

-Não estou completamente solteira, estou ficando com alguém. -Ele sorriu.

-Ótimo, e quando trará ela para que a gente conheça?. -Perguntou sorrindo e eu suspirei.

-Não sei se é uma boa ideia.

-Ah Kaki, por favorzinho, Sofi quer conhecer a sua namorada. -Sofia disse me sacudindo de leve.

-Eu vou conversar com ela ok?Não se preocupem. -Falei sorrindo de nervoso.

Continuamos ali conversando, até que Sofia disse estar com sono e eu me prontifiquei para colocá-la para dormir.

-Sofi ama a Kaki. -Ela disse sorrindo quando à coloquei na cama.

- Camila ama a Sofi. -Falei e ela riu assentindo.

-Você vai trazer mesmo a sua namorada Kaki?. -Cobri ela com o edredom e sorri sentando na ponta da sua cama.

-Sim meu amor, por você. -Ela sorriu.

-Pode me contar um pouco sobre ela?. -Sorri acariciando seus cabelos.

-Ela é divertida, tem uma pele branquinha, eu acho que ela gosta de crianças eu nunca perguntei, mas ela vai adorar você, ela tem um sorriso lindo, e os olhos verdes.

-Olhos verdes?. -Perguntou fascinada, assenti. -Uau, Sofi adora olhos verdes.

-Eu também, são meus preferidos. -Ela riu.

-Você gosta muito dela?. -Assenti.

-Muito. -Suspirei.

-Então Sofi gosta dela também. -Dei risada.

-Ótimo, é bom saber que você gosta dela. -Ela se deitou um pouco para o lado e bateu ali na cama para que eu deitasse ao seu lado.

-Kaki, você não vai mais morar com a gente?. -Neguei.

-Já conversamos sobre isso Sofi, eu tenho uma vida agora, você vai entender quando for adulta. -Ela riu e eu continuei fazendo carinhos em seus cabelos.

Meu celular vibrou e eu o tirei do bolso vendo uma mensagem piscar na tela com o nome de Lauren.

-Você está falando de mim, eu estou sentindo isso e pode ser estranho, mas eu senti, dorme bem?. -Lauren.

Sorri e respondi rapidamente para que Sofia não reclamasse da falta de carinhos.

-Sim para os dois, mas eu dormiria melhor se você estivesse aqui. -Camila.

Guardei o celular de volta e fiquei encarando minha irmã tentando lutar contra o sono, beijei a ponta do seu nariz e colei nossas testas ficando ali observando-à e acabei dormindo também.