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Camila Cabello point's view

Estava difícil conviver com Lauren e essa greve estúpida de sexo, maldita hora que tive aquele surto.

Ah, vamos lá, eu tenho meus motivos de não estar tão feliz com a chegada desses gêmeos, eu estava adorando essa ideia por um lado, mas pelo outro...

Meu pai estava doente ainda, infelizmente não pude vê-lo, estou enterrada de trabalho e ainda tem o caso de Lauren.

Ah Lauren, maldito dia será que essa greve acabar, eu vou acabar com ela, vou fazer ela sentir o gosto dessa semana insuportável sem sexo.

Agora eu estava na sala de música, encarando as teclas do piano, havia um certo tempo que eu não tocava, e não sentia vontade de tocar.

De repente lembrei de uma música e comecei à procurar a partitura. Quando achei, sorri para ela e coloquei no suporte do piano e limpei as teclas rapidamente antes de concertar minha coluna e estralar a língua.

-You think i'm pretty...Without any makeup on...You think i'm funny, when i tell the punchline wrong...I know you get me, so i let my walls come down, down. -Comecei fechando os olhos e senti minha voz embargar. -Before you met me, i was alright, but...Things were kinda heavy, you brought me to life, now every February, you'll be my valentine, valentine. -Toquei com leveza e quando fui cantar a próxima estrofe da música...

-You, make me feel...Like i'm livin' a, teenage dream, the way you turn me on...I can't sleep, let's run away and, don't ever look back...

-Don't ever look back. -Parei de tocar encostando minha testa no piano e suspirei sentindo o perfume de Lauren.

-Você está bem?. -Perguntou chegando perto, eu podia ouvir o som do seu salto.

-Estou. -Respondi firme.

-Está mentindo. -Sorri e à olhei, ela sorria também.

-Eu vou ficar, bem. -Disse olhando em seus olhos e ela suspirou sentando ao meu lado.

-Eu amo te ver tocar, por que não continua?. -Perguntou deitando a cabeça em meu ombro e pegando minha mão esquerda. -Toca pra mim, e para os gêmeos. -Mordi o lábio.

-Tudo bem, o que você quer ouvir?. -Perguntei olhando-à de canto.

-Uma composição sua. -Pisquei diversas vezes mas pigarreei e posicionei meus dedos nas teclas brancas.

-Stay back, stay long, and you move on, istress, come close, move on, please don't. -Comecei com um toque suave. -Hello, how are you?How you've been?Lately i wonder how it feels to steal your kiss, nothing much, just fine i'm doing well, and you can't read between the lines, but god, i fell. -Comecei a tocar com mais intensidade. -I only told the moon, tonight up on the roof, i told her that i'm scared that all my thoughts they look like you, i only told the moon, about the way you move...I asked her to please tell me if you tell things to her...Too. -Parei de tocar bruscamente quando Lauren pencou a cabeça para frente.

Ai Zeus, ela havia dormido, provavelmente ela esteja demasiadamente cansada, não queria que ela dormisse nos meus braços, não hoje.

Continuei segurando seu corpo para poder sair do banco e à peguei no colo devagar.

Caminhei pela casa como se Lauren fosse uma caixa vazia, ela era muito leve, e eu gostava disso, pelo menos no dia do nosso casamento eu não borraria as calças tentando pega-lá no colo.

Subi as escadas em silêncio, já estava um pouco tarde, o que significava que Augusta já estava dormindo.

Entrei no quarto com Lauren e à coloquei na cama, voltei até a porta fechando a mesma e tirei minha roupa indo direto para o banho.

[...]

Ainda bem que o horário de almoço eu que comando, posso sair se eu quiser e tudo mais, infelizmente quando saí, Lauren não estava acordada.

Entrei em casa sorrindo maravilhosamente e vi Augusta limpando a escada.

-Boa tarde mãe. -Falei sorrindo e ela me olhou.

-Hum, parece que alguém acordou de bom humor. -Sorri beijando sua testa.

-Onde está Lauren?. -Perguntei e vi seu sorriso sumir de leve.

-Ah, Lauren foi ao médico, não estava se sentindo muito bem e foi fazer uma revisão diária, disse que depois ia na casa de um tal de Luan. -Disse confusa.

-Louis?. -Perguntei e ela assentiu rapidamente.

-Isso, esse nome mesmo. -Disse sorrindo e eu cocei a cabeça.

-É, tudo bem, vou espera-lá até as duas hoje. -Beijei sua testa e subi as escadas.

Entrei no meu quarto demasiadamente cansada, estava cansada desse trabalho chato de assinar contratos e blá blá blá, por que eu não posso simplesmente parar de trabalhar?Porque é simples e a resposta todos já sabem, meu pai está doente.

Me joguei na cama de braços abertos, sem me importar que eu ainda estava de terno e sapatos, eu só queria fugir do mundo real por algumas horas.

Lauren Jauregui point's view

-Oi, onde que fica as agulhas daqui?. -Perguntei à uma enfermeira.

-Você não pode ter acesso às agulhas daqui senhorita, precisa de algo?. -Perguntou me encarando.

-Preciso, da agulha. -Falei entre dentes encarando seus olhos e os vi mudar de cor me fazendo sorrir.

-Claro. -Disse andando até um armário e o abrindo. -Aqui está senhorita. -Disse me entregando, assoprei seu rosto fazendo-à piscar rapidamente. -Deseja alguma coisa?. -Perguntou confusa.

-Ah não, é que me perdi, não sei onde fica a saída. -Falei fazendo minha melhor voz inocente.

-Por esse lado senhorita, agora com licença, preciso cuidar do paciente. -Disse fechando a cortina e eu olhei para a agulha sorrindo.

Caminhei pelo corredor dos quartos com um sorriso no rosto e a agulha na minha mão.

Eu tive que hipnotizar aquela enfermeira ou ela não liberaria a agulha pra mim, e isso seria ruim.

Entrei no quarto duzentos e oito onde Alejandro estava e o tranquei rapidamente.

-Você veio. -Ouvi a voz dele e suspirei me virando.

-Eu não o deixaria nessa sozinho. -Falei sorrindo e me aproximei.

-Como está Camila?. -Perguntou.

-Ah, ela está arrasada, mas bem. -Ele sorriu fraco e segurou minha mão.

-Faça isso de uma vez Lauren, preciso da minha filha. -Suspirei.

-Eu posso te salvar Alejandro, mas não os seus neurônios, o meu sangue pode não curar o seu alzheimer.

-Tente. -Esbravejou e eu suspirei.

-Tudo bem. -Falei esticando meu braço e enfiando a agulha na veia ali e puxando até o final.

-Isso querida, agora coloque no meu soro. -Disse olhando para meu braço.

Tirei a agulha e segurei seu soro, coloquei a agulha no lugar onde coloca remédios e empurrei o êmbolo fazendo o sangue correr pelo cilindro até o soro.

Tirei quando acabou e olhei para Alejandro que sorria leve.

-Você vai ficar bem?. -Perguntei segurando sua mão.

-Melhor do que eu possa esperar. -Disse sorrindo e em seguida seu rosto congelou.

-Alejandro. -Chamei apertando sua mão. -Oh meu Deus, eu fiz alguma coisa errada. -Comecei à me desesperar.

Olhei para seu corpo e ele começou à convuncionar, seus batimentos cardíacos passavam do limite e em meu rosto podia se ver o desespero.

A máquina parou de fazer o som estridente para apenas dizer que sua vida havia chegado ao fim.

Ele sugou o ar com força, com os olhos arregalados e quase todo o corpo arqueado da cama.

-Céus. -Murmurei assustada e ele voltou à deitar na cama, seus batimentos cardíacos voltaram ao normal e os meus também.

Ele havia se transformado.

I Want You-Camren G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora